Continentes - Aspectos Geográficos dos Continentes

Continentes - Aspectos Geográficos dos Continentes

#Continentes - Aspectos Geográficos dos Continentes

Os continentes são grandes extensões de terra emersas, limitadas pelas águas de mares e oceanos. Cobrem 150.157.348 quilômetros quadrados, dimensão que corresponde a 29,3% da superfície total do planeta. A atual configuração da superfície terrestre foi estabelecida há cerca de 60 milhões de anos, por um processo de deslocamento da crosta. Em decorrência dele, constituíram-se os seis continentes existentes. As superfícies continentais distribuem-se de forma bastante desigual no globo, correspondendo a 40,4% da área do Hemisfério Norte e a apenas 14,4% da área do Hemisfério Sul. As regiões polares também são distintas: no norte, existe uma grande depressão, coberta pelo mar Glacial Ártico; no sul, um continente, coberto por espessa camada de gelo, a Antártica.

A Ásia é o maior e mais populoso dos continentes; a África, aquele que apresenta os problemas sociais mais agudos da atualidade: na região ao sul do deserto do Saara (a África Subsaariana), a incidência de Aids fez a expectativa de vida cair cerca de 30 anos nos países mais afetados, como Botsuana e Zimbábue. Existem também concentrações de miséria na maior parte da Ásia e nas porções central e sul da América. Essas regiões registram altas taxas de mortalidade infantil. A produção de riquezas concentra-se principalmente na América do Norte e na Europa. A soma do Produto Interno Bruto (PIB) dos países dessas duas regiões equivale a quase 68% do total do planeta em 2002. Na Ásia destaca-se o Japão, dono de uma das mais prósperas economias do mundo.

África

#África

Continente que abriga as mais antigas evidências da presença do homem moderno no planeta, a África é seguidamente pilhada, dividida e ocupada pelas potências da Europa a partir do século XV. Milhões de africanos são escravizados por essas potências, que mantêm a exploração dos recursos naturais da região, mesmo após o fim da escravidão. As lutas anticoloniais se desenvolvem na segunda metade do século XX e se misturam aos conflitos da Guerra Fria. Persistem rivalidades étnicas entre populações de países cujas fronteiras foram criadas artificialmente pelas nações europeias no século XIX. Esse legado histórico explica por que a África responde por menos de 2% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial, tem quase metade da população vivendo abaixo da linha de pobreza (com renda inferior a 1 dólar por dia) e está sendo devastada por uma epidemia de Aids. A despeito do fim de algumas guerras civis sangrentas (como em Moçambique e Angola), disputas por recursos minerais e rivalidades étnicas, regionais e religiosas continuam a fomentar conflitos armados, que matam milhões de pessoas e causam migrações maciças.

Inspirados na União Europeia (UE), os países do continente criam, em 2002, a União Africana, prevendo a implementação de programas de desenvolvimento e uma possível eliminação das fronteiras. Nos últimos anos, a África tem atraído cada vez mais o interesse dos Estados Unidos (EUA), que aumentam sua presença militar no continente e procuram garantir acesso aos recursos naturais, principalmente petróleo. Além disso, os EUA buscam aliados para reforçar suas posições nos organismos multilaterais, como o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) e a Organização Mundial do Comércio (OMC).

Geografia física – O relevo africano caracteriza-se pelo predomínio de imensos tabuleiros (planaltos pouco elevados). No sudeste tornam-se mais altos, formando grandes picos, como o monte Kilimanjaro (5.895 metros), na Tanzânia. O deserto do Saara ocupa um terço do território africano. Ali são registradas temperaturas superiores a 40 ºC. Curiosamente, uma das faixas de terra mais férteis do globo fica nessa área, ao longo das margens do rio Nilo. A África tem quatro quintos do território entre o trópico de Câncer e o de Capricórnio, o que faz com que o clima seja predominantemente equatorial ou tropical, exceto nas extremidades norte e sul, onde é temperado. A vegetação obedece aos fatores climáticos: na porção equatorial úmida, há florestas tropicais, que vão perdendo densidade e se transformando em savanas à medida que avançam para as regiões mais secas, ao norte e ao sul. Segundo o World Resources Institute, cerca de dois terços das florestas originais do continente foram desmatados.

População – Enquanto os desertos são praticamente despovoados, o vale do rio Nilo, por exemplo, apresenta densidade média superior a 800 habitantes por quilômetro quadrado. Há centros urbanos intensamente povoados, como Cairo, Argel e Cidade do Cabo. Verifica-se o predomínio das religiões nativas (aparentadas com o candomblé do Brasil) nos países ao sul do Saara e do islamismo nas nações do norte. Existem também importantes centros cristãos, como a Etiópia (uma das nações de cristianização mais antiga no mundo) e outros decorrentes da colonização europeia. Há enorme diversidade linguística: as línguas e os dialetos locais, do tronco africano, convivem com os idiomas introduzidos pelos europeus, em especial o inglês, o francês e o africâner, derivado do holandês falado no século XVII.

Economia – A África é o continente menos desenvolvido do mundo. Os poucos polos de desenvolvimento se devem à exploração mineral (África do Sul, Líbia, Nigéria e Argélia) e, em menor escala, à industrialização (África do Sul). A mineração responde por 90% da receita total de exportação. Nessa atividade, destaca-se a África do Sul, país que detém, sozinho, mais de um quinto do PIB africano. O continente continua a ser essencialmente agrícola. Monoculturas de exportação (café, cacau, algodão, amendoim etc.) alternam-se com lavouras de subsistência. Na extração de petróleo e gás natural, os principais produtores são a Líbia, a Nigéria e a Argélia. É o único continente onde diminuiu a renda per capita (de -0,8% a -1,2%) entre 1970 e 1995, de acordo com dados do Banco Mundial.

Países– Total: 54. África do Sul, Angola, Argélia, Benin, Botsuana, Burkina Fasso, Burundi, Cabo Verde, Camarões, Chade, Comores, Congo, Costa do Marfim, Djibuti, Egito, Eritreia, Etiópia, Gabão, Gâmbia, Gana, Guiné, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Lesoto, Libéria, Líbia, Madagáscar, Malauí, Mali, Marrocos, Maurício, Mauritânia, Moçambique, Namíbia, Níger, Nigéria, Quênia, República Centro-Africana, República Democrática do Congo, Ruanda, São Tomé e Príncipe, Seicheles, Senegal, Serra Leoa, Somália, Suazilândia, Sudão, Sudão do Sul, Tanzânia, Togo, Tunísia, Uganda, Zâmbia e Zimbábue.

As duas Áfricas
O continente africano tem duas sub-regiões claramente delimitadas: a África Setentrional e a Subsaariana. O limite natural entre ambas é o deserto do Saara.Os seis países da África Setentrional têm características físicas e humanas semelhantes às do Oriente Médio. Seu clima é desértico, e a região é majoritariamente ocupada, desde o século VII, por povos árabes, que difundiram o islamismo, a língua e a cultura árabes. A porção mais ocidental, conhecida como Magreb ("poente", em árabe), compreende o Marrocos, a Argélia e a Tunísia. Os outros três países são Líbia, Egito e Djibuti. A África Subsaariana, bem mais extensa, reúne a maioria da população, predominantemente negra. Essa região concentra alguns dos principais problemas econômicos e sociais do planeta, somados a guerras civis que opõem diferentes grupos étnicos e ciclos de golpes e contragolpes de Estado. Índices altíssimos de desnutrição são registrados na República Democrática do Congo (73%), na Somália (71%) e no Burundi (69%). Lá também vivem cerca de 70% dos portadores do vírus HIV no mundo em 2002. No ranking do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), feito pela Organização das Nações Unidas (ONU), nações subsaarianas ocupam 32 das 35 piores posições.

América

#América

Nenhum outro continente apresenta tamanho desequilíbrio regional quanto a América. Ao norte do rio Grande, os Estados Unidos (EUA) e o Canadá são duas das mais desenvolvidas nações do planeta. Os outros 33 países, que compõem a América Latina, estão num nível de desenvolvimento econômico e social bem inferior. Em 2011 a América tinha um Produto Interno Bruto (PIB) de 21,5 trilhões de dólares. A Área de Livre Comércio das Américas (Alca) pretende liberar o comércio no continente, exceto Cuba, de barreiras comerciais. Os EUA estão particularmente interessados em efetivar o bloco econômico, como forma de expandir a venda de produtos e serviços para outros mercados e diminuir seu déficit comercial anual de 450 bilhões de dólares. A implantação da Alca, porém, tem sido consecutivamente adiada, esbarrando em difíceis negociações.

O que é a América Latina
Os países latino-americanos distribuem-se pelas três regiões geográficas do continente americano – o México, na América do Norte, e todas as nações da América Central e do Sul. Com enormes problemas, mas grande potencial em recursos naturais e humanos, essas nações possuem fortes laços históricos e culturais. A maior parte foi colonizada por potências europeias de língua latina (espanhol, português e francês). Mas são também consideradas latino-americanas algumas antigas possessões inglesas ou holandesas. O que aproxima esses Estados, além da língua, são as profundas desigualdades sociais e a instabilidade política e econômica. Por essas razões, o termo América Latina corresponde também a critérios geopolíticos e econômicos. De acordo com o Banco Mundial, cerca de 10% dos latino-americanos viviam em 2001 com menos de 1 dólar por dia. Depois de dois anos de recessão, a economia da região cresce 1,7% em 2003. Em 2011, o Produto Interno Bruto (PIB) da região aumenta 6,5%, segundo a Comissão Econômica para a América Latina (Cepal), que prevê crescimento de 7% para 2012.

América Central

#América Central

A região, que responde por 1% do Produto Interno Bruto (PIB) da América, sobrevive basicamente da agricultura e do turismo. Abriga também paraísos fiscais – países ou territórios que não cobram impostos e garantem anonimato aos investidores, como forma de atrair capitais. Pelo Canal do Panamá, a principal passagem entre o oceano Atlântico e o Pacífico, circulam 5% de todo o comércio marítimo mundial. A única nação comunista do continente – Cuba – fica na região, assim como vários territórios (Estados não independentes), como Aruba (pertencente à Holanda), Porto Rico (EUA) e Montserrat (Reino Unido).

Geografia física – A América Central é formada pelo istmo que une a América do Norte à América do Sul e pelas ilhas do mar do Caribe. A porção insular é composta de quatro ilhas maiores, Grandes Antilhas – Cuba, Porto Rico, Jamaica e Hispaniola (que abriga Haiti e República Dominicana) –, além de incontáveis ilhotas. O território centro-americano possui relevo montanhoso, com vários vulcões ativos. No verão, o Caribe é assolado por furacões, com ventos de até 300 quilômetros por hora. Quase metade das florestas tropicais da região já foram derrubadas, segundo o World Resources Institute.

População – A densidade demográfica apresenta-se alta nas ilhas do Caribe e, no continente, ao longo da costa do Pacífico, nos planaltos de clima temperado e em núcleos urbanos, como Manágua, Guatemala e Cidade do Panamá. A região é povoada em grande parte por mestiços, descendentes de índios, africanos e colonizadores europeus.

Economia – A agricultura emprega a maioria da população. Alguns produtos, como banana, cana-de-açúcar, algodão e tabaco, são cultivados de forma intensiva e destinados à exportação. A industrialização é incipiente e limita-se ao processamento de produtos agrícolas. Nos últimos anos, ocorreu uma expansão do turismo na região do Caribe.

Países – Total: 20. Antígua e Barbuda, Bahamas, Barbados, Belize, Costa Rica, Cuba, Dominica, El Salvador, Granada, Guatemala, Haiti, Honduras, Jamaica, Nicarágua, Panamá, República Dominicana, Santa Lúcia, São Cristóvão e Névis, São Vicente e Granadinas e Trinidad e Tobago.

América do Norte

#América do Norte

A América do Norte é ocupada por três grandes países: Canadá, Estados Unidos (EUA) e México. Os dois primeiros oferecem à população elevado padrão de vida. O México apresenta perfil de desenvolvimento semelhante ao das demais nações latino-americanas, mas sua economia está cada vez mais integrada à dos EUA e à do Canadá, graças ao Acordo de Livre Comércio da América do Norte (Nafta), que reúne os três países.

Geografia física – A América do Norte é uma vasta extensão de terra de formato triangular. Suas principais elevações – a cordilheira do Alasca e as Montanhas Rochosas – localizam-se a oeste, enquanto a maior bacia hidrográfica – a do Mississippi-Missouri – se situa leste. Na fronteira do Canadá com os EUA, encontram-se os Grandes Lagos. Na porção norte, de clima continental frio, predominam as florestas de coníferas; o centro e o sudeste, de clima continental, são ocupados por florestas temperadas e pradarias; no sudoeste, há desertos. Segundo o World Resources Institute, a América do Norte conserva três quartos de suas matas originais.

População – Por causa do clima muito frio, a concentração populacional é baixa no Alasca, na Groenlândia e no norte do Canadá. Aumenta em direção ao sul, apresentando-se altamente densa em centros urbanos, como Cidade do México, Nova York e Los Angeles. A maioria dos habitantes descende de colonizadores ingleses, franceses e espanhóis; de africanos, trazidos como escravos; e de diferentes grupos de imigrantes (italianos, irlandeses etc.).

Economia – Encontra-se plenamente industrializada nos EUA e no Canadá e, em menor grau, no México. Graças aos EUA, a região lidera a produção industrial global em quase todos os setores. A agricultura é altamente mecanizada, respondendo por boa parte da produção mundial de alimentos, com destaque para os cereais, o milho, a soja e a laranja. A América do Norte possui também vastas reservas de combustíveis fósseis e minérios. E abriga, na cidade de Nova York, o principal centro financeiro do planeta.

Países – Total: 3. Canadá, EUA e México.

América do Sul

#América do Sul

A América do Sul possui vastos recursos naturais e graves problemas econômicos e sociais. Na década de 1970, a maior parte dos países sul-americanos estava submetida a ditaduras militares, geralmente apoiadas pelos Estados Unidos (EUA). Turbulências políticas continuam, a despeito da democratização iniciada na década de 1980. Em razão do alto endividamento externo e interno, vários países sul-americanos aplicam as políticas do Fundo Monetário Internacional (FMI), que comprimem as contas públicas. Isso não impede graves crises, como na Argentina, nem elimina as dificuldades para o desenvolvimento da região.

Geografia física – A América do Sul une-se à América do Norte pelo istmo central e separa-se da Antártica pelo estreito de Drake. A porção oeste é ocupada pela cordilheira dos Andes, cujo ponto mais alto é o pico Aconcágua (6.960 metros). As planícies centrais abrigam a bacia hidrográfica do Orinoco, a Amazônica e a do Prata. Na região norte, onde o clima é equatorial, encontram-se florestas tropicais úmidas. Nas áreas mais secas do centro, localiza-se o cerrado. O sul possui faixas áridas, como o deserto de Atacama, e uma zona temperada, ocupada por florestas subtropicais e pelos pampas argentinos. Segundo o World Resources Institute, a América do Sul preserva quase 70% de suas florestas. A maior mata nativa é a da Amazônia.

População – Vazios demográficos (como as densas florestas tropicais, o deserto de Atacama e as porções geladas da Patagônia) convivem com regiões de alta densidade populacional, como os centros urbanos de São Paulo, Rio de Janeiro, Buenos Aires, Lima e Santiago. A população é formada principalmente por descendentes de europeus (em especial, espanhóis e portugueses), africanos e indígenas e apresenta alta porcentagem de mestiços.

Economia – A indústria está centrada no beneficiamento de produtos agrícolas e na produção de bens de consumo. No Brasil e na Argentina, encontra-se mais diversificada, abrangendo setores como extração e refino de petróleo, siderurgia, metalurgia, química e automobilística, entre outras. O Brasil é responsável por cerca de três quintos da produção industrial sul-americana. A mineração inclui a extração de petróleo (com destaque para a Venezuela), cobre, estanho, manganês, ferro, zinco, chumbo, alumínio, prata e ouro. A agricultura é intensiva nas áreas tropicais, onde há culturas voltadas para a exportação (café, cacau, banana, cana-de-açúcar, algodão e cereais). A pecuária é praticada em larga escala no sul e no centro.

Países – Total: 12. Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Paraguai, Peru, Suriname, Uruguai e Venezuela.

Antarctica

#Antarctica

A Antártica é coberta por uma enorme camada de gelo, com espessura média de 2 quilômetros e volume de 30 milhões de quilômetros cúbicos. No inverno, em virtude do congelamento dos oceanos, a superfície do continente, de 14.108.000 quilômetros quadrados, dobra de tamanho. A única exceção nesse cenário glacial é a península Antártica, que não permanece gelada o ano inteiro. Essa massa de gelo é de extrema importância para o equilíbrio ambiental do planeta, pois, além de concentrar cerca de 70% das reservas de água doce da Terra, interfere no nível dos oceanos, por causa das variações em sua extensão e espessura. O fato de a Antártica não ser habitada (exceto pelos pesquisadores que ocupam temporariamente as bases científicas mantidas por 27 países) não a protege das agressões ambientais. O buraco na camada de ozônio, causado pela presença de clorofluorcarbonetos (CFCs) e de outros poluentes na atmosfera, localiza-se em cima do continente e ameaça a sobrevivência de suas geleiras (90% das existentes no planeta), em virtude da maior exposição à radiação solar. Cientistas da Organização Meteorológica Mundial (OMM) acreditam que a camada continuará frágil por, no mínimo, uma década.

Geografia física – A Antártica é cercada pelas águas confluentes dos oceanos Atlântico, Pacífico e Índico. Possui várias ilhas adjacentes e abriga o Polo Geográfico Sul, a 90º de latitude Sul, além do Polo Magnético Sul, cuja localização não é fixa. O continente antártico é o lugar mais frio do globo, com temperaturas inferiores a 0 °C no verão e podendo alcançar 80 °C negativos no inverno. Sob a grossa camada de gelo, estende-se o lago Vostok, um dos maiores do mundo, com 10 mil quilômetros quadrados de extensão e enorme volume de água doce.

Economia – As atividades humanas no continente restringem-se à pesca, regulamentada desde 1982, e à investigação científica . Em 1961 entrou em vigor o Tratado da Antártica, que internacionalizou a região e regulamentou seu uso exclusivamente para pesquisas com fins pacíficos. Não são permitidos exercícios militares, testes nucleares nem depósitos de lixo radioativo. O tratado foi ratificado por 45 países signatários, entre os quais o Brasil. Ainda que esse documento tenha suspendido as disputas pela posse de terras no continente, sete nações continuam reivindicando áreas: Argentina, Austrália, Chile, França, Noruega, Nova Zelândia e Reino Unido.

Ásia

#Ásia

A Ásia é o maior e o mais populoso continente. Na cordilheira do Himalaia estão os pontos mais altos do planeta, em especial o monte Everest, de 8.848 metros, na fronteira entre o Nepal e a China. Abriga paisagens inóspitas, como o deserto quente da Arábia e o deserto frio de Gobi, além da gelada Sibéria. Conta com algumas das maiores concentrações humanas, em megacidades como Tóquio (Japão), Mumbai (ex-Bombaim, na Índia), Xangai (China) e Daca (Bangladesh). Além disso, é o berço de algumas das mais antigas civilizações e das principais religiões do planeta. Seus recursos naturais são imensos. Produz quase metade do petróleo do mundo, possuindo as maiores reservas conhecidas, nos países do golfo Pérsico, e jazidas com enorme potencial na Ásia Central.Ao lado do Japão, a principal nação industrial do continente, e de países em acelerado processo de desenvolvimento, como China e Coreia do Sul, há várias regiões atrasadas, com graves problemas sociais, principalmente na Ásia Central. Superado o colonialismo europeu e a oposição ideológica entre capitalistas e comunistas, que alimentou as guerras da Coreia (1950/1953) e do Vietnã (1959/1975), o fundamentalismo religioso e os antagonismos étnicos, sempre associados a disputas territoriais, transformaram-se nos principais obstáculos à paz no continente. Assim, opõem-se israelenses e palestinos no Oriente Médio, e a Índia e o Paquistão na região da Caxemira, entre outros conflitos. Em 2011, mais da metade das forças militares dos Estados Unidos (EUA) pelo mundo estão concentradas no continente, cerca de um terço só no Afeganistão e Iraque, que, sob a acusação de apoiar organizações terroristas e de desenvolver armas de destruição em massa, são atacados e militarmente ocupados por tropas lideradas pelos EUA. Países do sul do continente são duramente atingidos, em dezembro de 2004, pela catástrofe natural do tsunami, o maremoto que causa a morte de mais de 175 mil pessoas. Nas regiões mais castigadas, o fenômeno chega a submergir ou deslocar ilhas, além de arrasar cidades e vilas em poucos minutos. O epicentro do terremoto que provocou as ondas gigantes localizou-se próximo à ilha indonésia de Sumatra, e os países que mais sofrem seus efeitos são Indonésia, Sri Lanka, Índia e Tailândia.

Em março de 2011 um maremoto causa a maior catástrofe natural do Japão deixando centenas de milhares de mortos no nordeste do país, causando, também, o maior desastre nuclear do Japão.

Vários Continentes em Um - A extensão do território, o tamanho da população e as peculiaridades do relevo fazem da Ásia um verdadeiro continente de continentes. Ali, encontram-se a maior nação em extensão de terra (Federação Russa) e o país mais populoso (China). Entre sua porção mais ocidental, no Oriente Médio, e a mais oriental, no Japão, estende-se um mundo de paisagens e culturas diferentes:

• o Oriente Médio, berço das três grandes religiões monoteístas (judaísmo, cristianismo e islamismo), com sua abundância de petróleo, escassez de água e permanente tensão provocada pelo conflito árabe-israelense;

• a Ásia Central, reunindo países desmembrados da antiga União Soviética, com sua diversidade étnica e predominância do islamismo;

• o Subcontinente Indiano, com enorme população e profundas desigualdades sociais, riquíssima cultura e agudas contradições religiosas, que opõem a Índia (de maioria hindu) ao Paquistão (de maioria muçulmana sunita);

• o sudeste da Ásia, com economia fortemente apoiada no setor eletroeletrônico, vem se recuperando da crise financeira iniciada na região e disseminada por todo o globo em 1997;

• o Extremo Oriente, sub-região que, com o Japão, a Coreia do Sul e a China, é a maior força industrial da Ásia.Além dessas regiões, ainda há o norte do continente, por onde se estende a parte asiática da Federação Russa, porção mais vasta, menos populosa e industrializada do país.

Geografia física – A Ásia, que inclui a maior parte dos territórios da Federação Russa e da Turquia, corresponde a quase um terço das terras emersas do globo. Ásia e Europa formam uma única massa continental, e a fronteira convencional entre ambas é determinada pelos montes Urais, pelo rio Ural, pelo mar Cáspio, pelas montanhas do Cáucaso e pelo mar Negro. O fim da União Soviética e outras mudanças políticas e econômicas nos dois continentes vêm submetendo essas fronteiras tradicionais a revisões . A Ásia une-se à África pelo istmo de Suez, comunica-se com a Oceania pelas ilhas da Indonésia e separa-se da América pelo estreito de Bering.

O litoral do continente estende-se por cerca de 250 mil quilômetros. O relevo asiático apresenta a maior altitude média da Terra (960 metros), em razão da presença de grandes cadeias montanhosas, entre as quais a cordilheira do Himalaia e a do Kunlun, que contornam o planalto do Tibete, conhecido como o teto do mundo. Em virtude da vastidão de seu território, da diversidade de relevos e do regime de monções (vento periódico que no verão sopra do mar para o continente e no inverno, do continente para o mar), existem muitos tipos de clima na Ásia: polar, continental frio, continental árido, continental, montanhoso, mediterrâneo, tropical árido, tropical e equatorial. Como consequência, há também grande variedade de vegetação: tundra, estepes, florestas de coníferas, florestas temperadas e florestas tropicais. Segundo o World Resources Institute, aproximadamente 70% das florestas asiáticas foram desmatadas. Esse índice é o maior entre todos os continentes. Países como Camboja, Federação Russa, Indonésia, Laos e Myanmar contêm boa parte da vegetação nativa remanescente.

População – O continente asiático é o mais populoso. Depois da explosão populacional ocorrida entre as décadas de 1950 e 1970, porém, sua taxa de crescimento demográfico vem diminuindo: 1,2% entre 2000 e 2005, de acordo com projeção do Fundo de População das Nações Unidas (Fnuap). A distribuição da população é bastante desigual. Mais da metade se concentra na China e na Índia . Em contraste com cidades superpovoadas, como Tóquio, Mumbai e Calcutá, existem regiões praticamente despovoadas, entre elas a Sibéria, o Tibete e a península Arábica.

O continente exibe enorme diversidade religiosa: animismo (Sibéria), hinduísmo (Índia), taoismo e confucionismo (China), xintoísmo (Japão), budismo (Ásia Centro-Oriental e Sudeste Asiático), judaísmo (Israel), cristianismo (Federação Russa, Oriente Médio e Filipinas) e islamismo (Oriente Médio, Ásia Centro-Ocidental e Indonésia). Diferentes comunidades religiosas convivem nos mesmos espaços, reverenciando frequentemente os mesmos lugares, como a cidade de Jerusalém, no Oriente Médio, cultuada por judeus, cristãos e muçulmanos; ou a aldeia de Katirgama, no Sri Lanka, cultuada por hinduístas, budistas e muçulmanos. Há também grande riqueza étnica e linguística, com idiomas de todos os troncos, exceto o ameríndio e o africano. O mandarim, o bengali, o hindi, o russo e o japonês, presentes no continente, integram o grupo das dez línguas mais faladas do mundo.

Economia – A Ásia apresenta contrastes econômicos extremos. A porção mais desenvolvida – que inclui o Japão e parte dos países do sudeste – registra renda per capita quase 100 vezes maior que a das regiões pobres. No sul do continente, a pobreza atinge proporções alarmantes: cerca de 30% da população vive com menos de 1 dólar por dia, segundo dados relativos a 2001 do Banco Mundial. A China e a Índia exibem acelerado crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), de 10,3% e 6%, respectivamente, na década de 1990. A China foi a nação que mais se industrializou, com a abertura econômica iniciada no fim dos anos 1970. A implantação do bloco econômico Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico (Apec) tem propiciado maior integração entre países asiáticos e americanos.

A extração mineral é a principal fonte de divisas dos prósperos países do golfo Pérsico, que detêm quase 70% das jazidas mundiais de petróleo e vastas reservas de gás natural. O petróleo começa a ser explorado também na Ásia Central. Em 2001 é inaugurado um oleoduto que liga a jazida cazaque de Tengiz, no mar Cáspio, ao porto russo de Novorossiisk, no mar Negro. O fim do regime do Taliban no Afeganistão, em 2001, oferece às grandes empresas petrolíferas a possibilidade de retomarem seus ambiciosos planos de construção de oleodutos, passando pelo país e pelo Paquistão, para escoar a produção da Ásia Central no mar da Arábia. A atividade extrativista é intensa também na Federação Russa (que detém cerca de um terço do gás natural do planeta e grandes reservas de petróleo, carvão, ferro, ouro e diamante, a maior parte na Sibéria) e na China (uma das maiores produtoras de carvão e petróleo). O desmatamento e a atividade industrial descontrolada vêm provocando graves problemas ambientais na Ásia, como a enorme nuvem marrom de poluição de 3 quilômetros de espessura, que, em 2002, se estendia do Japão ao Afeganistão, no sentido leste-oeste, e da China à Indonésia, no sentido norte-sul. Algumas de suas causas são as emissões das indústrias e dos automóveis nas regiões altamente industrializadas e urbanizadas, as queimadas agrícolas e a combustão de madeira e material plástico a que recorrem as famílias pobres para se aquecer e cozinhar. Apesar da intensa modernização econômica, mais de 50% da força de trabalho asiática está empregada na agricultura, especialmente nas nações do Subcontinente Indiano (Índia, Paquistão e Bangladesh). A Ásia responde por quase um terço da produção mundial de cereais, com destaque para o arroz (90% do que se produz no planeta). Mas, ainda assim, precisa importá-los para suprir a demanda interna. Entre os principais produtos exportados estão o chá, a borracha e a cana-de-açúcar.

PAÍSES – Total: 45. Afeganistão, Arábia Saudita, Bangladesh, Barein, Brunei, Butão, Camboja, Catar, Cazaquistão, China, Cingapura, Coreia do Norte, Coreia do Sul, Emirados Árabes Unidos, parte asiática da Federação Russa, Filipinas, Iêmen, Índia, Indonésia, Irã, Iraque, Israel, Japão, Jordânia, Kuweit, Laos, Líbano, Malásia, Maldivas, Myanmar, Mongólia, Nepal, Omã, Paquistão, Quirguistão, Síria, Sri Lanka, Tadjiquistão, Tailândia, Taiwan (Formosa), Timor-Leste, Turcomenistão, parte asiática da Turquia, Uzbequistão e Vietnã.

Europa

#Europa

A pequena extensão da Europa – que do ponto de vista geográfico pode ser considerada uma península do grande continente asiático – contrasta com sua enorme importância histórica. O continente foi o berço da civilização ocidental. Ali se desenvolveram o Renascimento, a Revolução Industrial e a Revolução Francesa, eventos que moldaram a fisionomia das sociedades modernas, baseadas na cultura humanista, no modo de produção capitalista e na democracia liberal. A necessidade de matérias-primas, mão-de-obra e mercados impulsionou as potências europeias a conquistar o mundo, o que acabou tornando seus valores universais. Porém, a competição entre essas nações fez da Europa o principal cenário das duas guerras mundiais ocorridas na primeira metade do século XX. E a correlação de forças resultante do segundo conflito dividiu por décadas seu território em dois blocos hostis, capitalista e socialista, na chamada Guerra Fria. A criação da Comunidade Econômica Europeia, atual União Europeia (UE), em 1957, e o encerramento da Guerra Fria, nos anos 1990, inauguram nova fase na história da Europa, marcada por tentativas de cooperação entre os antigos países rivais. Principal bloco econômico do mundo, a UE reúne atualmente 25 nações do continente, inclusive oito ex-comunistas. Doze dos primeiros países membros adotaram uma moeda única, o euro. Com Produto Interno Bruto (PIB) de 8,6 trilhões de dólares em 2002, o bloco é a única força econômica capaz de fazer frente aos Estados Unidos (que têm Produto Interno Bruto de 10,3 trilhões de dólares).

Geografia física – A Europa é banhada por mares ao norte, oeste e sul. A leste, a fronteira com a Ásia atravessa a Federação Russa e a Turquia. Esse limite é determinado pelos montes Urais, pelo rio Ural, pelo mar Cáspio, pelas montanhas do Cáucaso e pelo mar Negro. Três nações transcaucasianas (Armênia, Azerbaidjão e Geórgia), cujos territórios se estendem até a Ásia, são consideradas integrantes do continente europeu. O litoral europeu apresenta cinco grandes penínsulas (Ibérica, Itálica, Balcânica, Escandinava e da Jutlândia) e várias ilhas e arquipélagos (entre os quais as Ilhas Britânicas, a Islândia, a Córsega, a Sicília e Creta). A maior parte do território europeu é formada por vasta planície central. O relevo montanhoso prevalece nas porções norte (onde se localizam os montes Escandinavos e as cadeias das Ilhas Britânicas) e sul (cortada pelos Pirineus, Alpes, Cárpatos e Bálcãs). Predomina o clima temperado, mas há variações determinadas pela latitude e pela influência do oceano e da massa continental asiática. O sul apresenta clima mediterrâneo e vegetação de arbustos. No centro e no leste, o clima é continental, tornando-se cada vez mais frio à medida que se avança para o interior. Essa faixa é ocupada por florestas temperadas e de coníferas. No noroeste, prevalece o clima oceânico. O extremo norte tem clima polar e sua vegetação típica é a tundra. De acordo com o World Resources Institute, cerca de 40% das florestas europeias foram desmatadas.

População – A Europa é o único continente onde a população diminui. Segundo o Fundo de População das Nações Unidas (Fnuap), ela encolherá a uma taxa de -0,09% ao ano entre 2001 e 2015. O envelhecimento da população exige a absorção de imigrantes (principalmente profissionais especialistas em tecnologia). Por outro lado, o crescimento do desemprego e o aumento da concorrência no mercado de trabalho vêm impondo obstáculos à entrada de mão de obra não qualificada.

A concentração populacional é alta no centro e no oeste e menor nas porções norte e leste. Metade dos europeus vive em cidades pequenas, com até 5 mil habitantes. Grandes cidades, como Berlim, Londres, Madri, Moscou, Paris, Roma e São Petersburgo, concentram um quarto da população. A maioria dos habitantes fala idiomas do tronco indo-europeu, sendo as línguas mais difundidas as do ramo latino (francês, italiano, espanhol, romeno, português, catalão), germânico (alemão, inglês, holandês, sueco, dinamarquês) e eslavo (russo, ucraniano, polonês, servo-croata, tcheco, búlgaro). Há também idiomas de outras famílias linguísticas, como o húngaro, o finlandês e o basco.

Economia – O parque industrial europeu é um dos mais avançados do mundo. Sua agropecuária utiliza intensivamente tecnologia de ponta, e o continente vem registrando progressiva expansão e modernização dos serviços. Na indústria, destacam-se os setores automobilístico, têxtil, químico, siderúrgico e de telecomunicações; na agropecuária, a produção de leite, carne e derivados e o cultivo de centeio, batata, aveia e trigo. Na mineração, sobressai a extração de carvão e minério de ferro. A Europa Ocidental concentra cerca de 90% do PIB do continente em 2002, mas os países do antigo bloco socialista, que aderiram à economia de mercado nos anos 1990, têm apresentado crescimento nos últimos anos. A maioria das nações depende da importação de petróleo, mas a Federação Russa lidera a produção mundial de gás natural. Maior polo turístico do planeta, a Europa atrai anualmente cerca de 600 milhões de visitantes. Em 2011 o bloco europeu entra em crise devido aos problemas econômicos com parte dos países que compõem o bloco, pricipalmete com a queda no crescimento do PIB como Portugal, Irlanda, Espanha, Itália e o colapso da economia grega.

Países – Total: 50. Europa Ocidental: Alemanha, Andorra, Áustria, Bélgica, Chipre, Dinamarca, Espanha, Finlândia, França, Grécia, Holanda (Países Baixos), Irlanda, Islândia, Itália, Liechtenstein, Luxemburgo, Malta, Mônaco, Noruega, Portugal, Reino Unido, San Marino, Suécia, Suíça e Vaticano. Europa Oriental: Albânia, Armênia, Azerbaidjão, Belarus, Bósnia-Herzegóvina, Bulgária, Croácia, Eslováquia, Eslovênia, Estônia, a parte europeia da Federação Russa, Geórgia, Hungria, Kosovo, Letônia, Lituânia, Macedônia, Moldávia, Montenegro, Polônia, República Tcheca, Romênia, Sérvia, Ucrânia e a parte europeia da Turquia.

Entre dois continentes
Encravadas entre dois mares, o Negro e o Cáspio, as repúblicas da Armênia, do Azerbaidjão e da Geórgia espalham-se na região limítrofe entre Europa e Ásia, que vai das montanhas do Cáucaso às fronteiras da Turquia e do Irã, servindo de ponte física e cultural entre os dois continentes. Isso divide especialistas quanto à classificação dos três países: seriam eles europeus ou asiáticos?

Do ponto de vista geográfico, estão mais ligados à Ásia, mas, por razões políticas e econômicas, são associados à Europa. Independentes desde a desagregação da União Soviética (URSS), no início dos anos 1990, as três nações transcaucasianas integraram-se à Comunidade dos Estados Independentes (CEI), com a Federação Russa. Em 1992, Armênia, Azerbaidjão e Geórgia são admitidos na Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE). Entre 1999 e 2001 passam a fazer parte do Conselho da Europa.

Crise Econômica
Em 2011 o bloco europeu entra em crise devido aos problemas econômicos com parte dos países que compõem o bloco, principalmete com a queda no crescimento do PIB como Portugal, Irlanda, Espanha, Itália e o colapso da economia grega.

Oceania

#Oceania
A Oceania é formada por uma massa continental (a Austrália), duas ilhas maiores (Nova Zelândia e Nova Guiné) e incontáveis pequenas ilhas e atóis que se espalham pelo oceano Pacífico. Essas ilhas menores estão divididas em três grupos geográficos: a Polinésia, no extremo leste, a Melanésia, na região central, e a Micronésia, situada ao norte.

A extensão dos domínios oceânicos do continente equivale à da Ásia, mas a área de suas terras emersas é inferior à do Brasil. Há diferenças marcantes entre os países que a compõem. A Austrália e a Nova Zelândia são nações desenvolvidas. Os demais países possuem economia frágil e dependem de ajuda externa. Nos últimos anos, alguns procuram afirmar-se como destinos turísticos ou paraísos fiscais (locais que não cobram impostos e garantem anonimato aos investidores, como forma de atrair capitais).Além de destaque econômico, a Austrália consolida-se como força militar e política da região, intervindo em conflitos internos de países como Ilhas Salomão, Nauru e Papua Nova Guiné, e ampliando sua esfera de influência até o Sudeste Asiático, no Timor-Leste e em parte da Indonésia. A Oceania enfrenta graves problemas ambientais. Projeções indicam que dentro de um século a elevação do nível do mar, causada pelo aquecimento global, poderá submergir várias ilhas e atóis da região, como os que formam Kiribati, Tuvalu e Ilhas Marshall. É preocupante, também, a existência em seus mares de toneladas de resíduos tóxicos (óleo, pesticidas e fertilizantes), bem como a contaminação radioativa produzida pelos testes nucleares norte-americanos e franceses realizados na região.

Geografia física – A Austrália corresponde a cerca de 90% da área emersa da Oceania, com enormes desertos secos estendendo-se pelo interior, enquanto na costa do Pacífico ocorrem chuvas abundantes. No norte da Austrália e em Papua Nova Guiné, o clima é quente, com predomínio de florestas tropicais; já o sul do território australiano e a Nova Zelândia apresentam clima temperado. A maioria das ilhas que compõem o restante da Oceania é de origem vulcânica, com clima quente e úmido e florestas tropicais.

População – A Oceania é o menos populoso dos continentes. Cerca de 63% dos habitantes vivem na Austrália, concentrando-se em cidades da costa leste. Os descendentes de europeus (principalmente britânicos) são a grande maioria na Austrália e na Nova Zelândia. Nos dois países, as minorias indígenas (aborígines australianos e maoris neozelandeses) lutam por sua preservação étnica e cultural. As ilhas do Pacífico contam com número maior de povos indígenas.

Economia – A Austrália destaca-se pelo parque industrial avançado e pela extração mineral (carvão, ferro e ouro). A Nova Zelândia lidera a exportação mundial de lã e apresenta bom desempenho na produção de carne, leite e derivados. A economia das ilhas do Pacífico é essencialmente agrícola, com plantações de subsistência e monoculturas de exportação, principalmente de coco.

Países – Total: 14. Austrália, Fiji, Ilhas Marshall, Ilhas Salomão, Kiribati, Micronésia, Nauru, Nova Zelândia, Palau, Papua Nova Guiné, Samoa, Tonga, Tuvalu e Vanuatu.

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