Literatura Árabe

Literatura Árabe

Literatura ÁrabeA extraordinária riqueza e vivacidade da literatura árabe não foram suficientes para garantir sua difusão no mundo ocidental. Os motivos desse desconhecimento secular são tanto estilísticos -- complexidade de tradução da métrica árabe, cultivo de temas alheios às peculiaridades ocidentais -- como religiosos e políticos, derivados do confronto secular entre cristãos e muçulmanos.

Apesar disso, a importância da cultura árabe, núcleo central do Islã, foi progressivamente reconhecida no transcurso do século XX, durante o qual se produziria também um fértil revivescimento literário em que as técnicas ocidentais se combinaram com os temas tradicionais desenvolvidos pelos autores árabes clássicos.

Origens
Antes do aparecimento de Maomé, com exceção de alguns pequenos porém florescentes centros comerciais como Yathrib (mais tarde Medina) e Meca, a península arábica era povoada por nômades beduínos agrupados em tribos. A literatura desses povos, de tipo oral e que só se conhece por compilações posteriores, constitui a base da produção islâmica subseqüente.

Durante o período pré-islâmico desenvolveram-se dois dos gêneros básicos das letras árabes: a prosa rimada, que parece ter sido empregada sobretudo por adivinhos, curandeiros e magos, e a poesia. Esta concentrava-se nos temas caros aos nômades, que se resumiam na estrofe tradicional da gasida, composta por um prólogo descritivo de caráter lírico e amoroso, um canto de elogio ao chefe do grupo tribal e uma terceira parte dedicada à exaltação guerreira e ao escárnio dos inimigos. Esses motivos, juntamente com o louvor às virtudes da caça e à dura vida do deserto, configuravam a lírica primitiva, cujo representante mais celebrado foi Imru al-Qays.

Maomé e o califado omíada
A pregação de Maomé, que faleceu no ano de 632, conseguiu aglutinar as tribos árabes dispersas, conferindo-lhes unidade política e proporcionando-lhes uma fé monoteísta comum: o Islã. O Alcorão ou Corão (al-Quroan), livro sagrado dessa religião, foi composto com os versículos recitados pelo profeta, graças, segundo a tradição muçulmana, a revelações diretas de Alá, ou Deus. Formado por 114 suras, ou capítulos, o Alcorão começava narrando a peregrinação de Maomé pelo deserto e suas convicções religiosas em um estilo de prosa rimada que mais tarde caiu em desuso por considerar-se herético tentar imitar o profeta. As últimas suras abandonavam esse tom inicial para desenvolver uma prosa mais concisa, cujo propósito se destinava principalmente a estabelecer os princípios morais e administrativos que deviam reger a comunidade islâmica.

Em seguida às convulsões internas que sucederam à morte de Maomé, no ano de 661 instaurou-se o califado omíada que, continuador da expansão pelo Oriente e norte da África, estabeleceria sua capital em Damasco. A importância do período omíada na literatura árabe reside não tanto na produção de seus autores como no fato de que, durante esse tempo, fixaram-se as formas e tendências dominantes em séculos posteriores.

No campo da lírica, gênero predominante de expressão artística na cultura árabe, continuaram a prevalecer os motivos tradicionais beduínos por intermédio de autores como Jarir e al-Farazdaq. O auge da vida cortesã, afastada das duras condições da existência no deserto, propiciou o surgimento de uma poesia sensual, centrada na descrição dos prazeres do amor e do vinho. Seus principais expoentes foram Ibn Abi-Rabina e Ibn Yazid.

A literatura popular, inspirada em temas cotidianos e festivos, lendas etc., com emprego de uma métrica menos estrita, começou a se consolidar nesse período. Importante nesse aspecto foi a tradução que Ibn al-Muqafa realizou, por volta de 745, da coleção de fábulas e apólogos Kalila e Dimna, de origem indiana. Esse texto serviu de inspiração a toda uma série de compilações posteriores e exerceu grande influência no Ocidente a partir de suas traduções medievais.

O acontecimento mais destacado da literatura omíada foi a aparição do terceiro gênero clássico, a prosa, que, embora em estado ainda incipiente, foi empregada nos textos referentes ao hadith, ou tradição islâmica, e nos documentos administrativos.

Esplendor e decadência: dos abássidas ao império otomano. 
A instauração, no ano 750, do califado abássida, com sede em Bagdá, significou o autêntico começo da literatura árabe clássica, que alcançou seu auge por volta do século X. Para esse desenvolvimento foi decisivo o trabalho das escolas lingüísticas de Kufa e Bassora, cujos avanços constituiriam a base da lexicografia árabe. O progressivo desmembramento do califado, a crescente influência dos turcos seldjúcidas desde o século XI, as invasões mongóis do século XIII e, por último, a consolidação do império otomano nos séculos XIV e XV foram os motivos primordiais do ofuscamento das letras árabes.

Poesia
A poesia árabe do fim do século VIII e primeira metade do século IX foi dominada pelo confronto entre a escola antiga e a moderna. A primeira delas, que teve como mais conhecido representante Abu al-Atahiya, mantinha uma fiel submissão aos preceitos islâmicos e tratava de temas fundamentalmente religiosos.

A escola moderna, ao contrário, inclinava-se para os motivos báquicos e sensuais, iniciados já no período omíada e que eram os preferidos da corte de Bagdá. A crescente influência dos elementos persas na capital foi um dos fatores que impulsionaram a nova tendência. Entre os que a cultivaram destacaram-se Bachchar ibn Burd, Abbas ibn al-Ahnaf e, sobretudo, Abu Nuwas, que em seus últimos anos voltou-se para uma poesia de grande profundidade filosófica.

A reação islâmica ante o abandono das virtudes tradicionais desembocou em fins do século IX na chamada poesia "neoclássica", cuja influência se prolongou durante o século seguinte. Essa era uma lírica extremamente cuidadosa com a forma, que alternava os temas religiosos com os "modernos", de uma perspectiva pouco comprometida. Nomes destacados foram os do príncipe Abu Firas e do califa Ibn al-Mutaz, que combinou a vertente ligeira e nostálgica com a recuperação dos motivos cinegéticos e guerreiros pré-islâmicos. O poeta mais célebre da época -- e talvez de toda a literatura árabe -- foi porém o sírio al-Mutanabi. Dominando todos os estilos, sua obra caracteriza-se pelo vigoroso poder das metáforas e pelas evocadoras descrições da natureza. Ele foi, além disso, o principal representante da chamada "poesia partidarista", de tom satírico e polêmico, cujo objetivo era favorecer as aspirações de determinados grupos políticos.

A partir do século XI a poesia do Oriente começou a dar mostras de esgotamento. Exceções foram a revitalização da muqama, gênero narrativo em prosa rimada que teve notáveis cultivadores em al-Hamadani e al-Hariri, e a obra de Abu al-Maari. Este autor deu à literatura árabe uma de suas obras mais originais, o poema filosófico Epístola do perdão, em que se descrevia uma viagem pelo céu e pelo inferno com a aparição de escritores já falecidos, o que levou os arabistas do século XX a apontá-lo como um dos precursores da Divina comédia de Dante.

Foram os reinos independentes ocidentais que deram a esse período literário suas obras mais brilhantes, principalmente na Espanha muçulmana. O primeiro grande poeta andaluz foi paradoxalmente um teólogo, Ibn Hazm, cujo tratado sobre o amor O colar da pomba, de corte autobiográfico, introduziu uma série de poemas em que a relação entre homem e mulher era tratada com singular delicadeza expressiva. Al-Mutamid conferiu a sua obra um caráter muito mais sensual, baseado em modelos orientais, enquanto Ibn Zaidun foi o principal cultivador da lírica neoclássica, rica em descrições da vida na Espanha muçulmana e de suas férteis várzeas.

A decadência e a afetação em que desde o século XII caiu a poesia amorosa, com exceções como o andaluz Ibn Sahl, determinou que os criadores mais destacados fossem místicos (sufis) como al-Sustari e principalmente Ibn al-Arabi, teólogo de origem espanhola que desenvolveu sua obra em Damasco. Tughra-i no Oriente e Ibn Guzman na Espanha aproximaram-se de uma incipiente tentativa de crítica social, que não chegou a consolidar-se. O último grande poeta clássico árabe foi provavelmente o egípcio Ibn al-Farid, cuja obra constituiu uma síntese peculiar entre profundidade mística e imagens sensuais, em clara antecipação de autores como são João da Cruz.

Prosa
O trabalho de fixação lingüística levado a cabo pelos letrados omíadas começou a dar frutos já nos primeiros decênios da dinastia abássida, com o surgimento do gênero adab, um tipo de literatura erudita em prosa, de origem persa, que tentava combinar a clareza didática e o entretenimento. Seu grande impulsionador no século IX foi al-Djahiz, natural de Bassora, cujos Livros da eloqüência e da clara exposição e Livro dos animais, conjunto de agudas reflexões sobre a sociedade islâmica, foram os modelos de outros cultivadores do gênero. Entre eles é preciso destacar, no mesmo século, Ibn Qutaiba, um dos grandes educadores do pensamento árabe.

O período de transição entre os séculos IX e X trouxe consigo a cristalização dos esforços realizados para consolidar a língua árabe por parte das escolas de Kufa e Bassora, cujo expoente máximo foi o iraniano Sibawaihi, e o desenvolvimento da historiografia. Esta achava-se ainda estreitamente vinculada a questões religiosas e sua preocupação principal era a reconstrução dos fatos da vida de Maomé e a expansão posterior do Islã. Tal trabalho, que contou com notáveis representantes em al-Baladuri, autor do Livro das conquistas, e Ibn Abd al-Hakam, alcançou a culminância com os monumentais Anais, de al-Tabari. Nos 15 volumes que compunham essa enorme obra, o autor legou à posteridade uma compilação de documentos tradicionais, com citação precisa das fontes e uma objetividade de que careciam seus predecessores.

Seria no terreno das ciências e da filosofia que o gênio árabe sobressairia com maior pujança. A conquista dos antigos territórios bizantinos permitiu que os pensadores islâmicos se familiarizassem com a obra dos filósofos gregos. As numerosas traduções que deles se fizeram constituiriam mais tarde, em boa medida graças ao papel de intermediário desempenhado pela Espanha muçulmana, uma das fontes básicas do redescobrimento de Platão e Aristóteles na escolástica européia.

Os grandes filósofos árabes foram antes de tudo eruditos universais, preocupados com todos os ramos do saber. Assim, al-Kindi, al-Farabi e al-Biruni promoveram o estudo das idéias e concepções gregas e escreveram diversos tratados sobre matemática, geografia, astronomia e ciências naturais. O mestre do pensamento árabe, porém, foi sem dúvida Avicena (Ibn Sina), que nasceu em 980 em Bukhara, atualmente parte do Usbequistão. Cientista excepcional, cujo Cânon de medicina exerceu decisiva influência no desenvolvimento dessa disciplina, Avicena tentou em sua obra filosófica conjugar os ensinamentos da doutrina aristotélica com a ortodoxia islâmica. Embora nunca tenha desejado abandonar esta última, seu esforço para harmonizar razão e fé provocou nos séculos seguintes, como reação, o surgimento do sufismo, ou misticismo islâmico, que alguns estudiosos no entanto associam a certas teses do próprio Avicena. O principal representante desse movimento foi al-Gazali, autor de A incoerência dos filósofos.

Igualmente ao que ocorrera na lírica, o centro da especulação filosófica árabe deslocou-se de forma paulatina em direção aos reinos islâmicos da África e Espanha. Durante os séculos XII e XIII, neles surgiram místicos como os anteriormente citados Ibn al-Arabi e Ibn al-Farid, e os filósofos andaluzes Abentofail (Ibn Tufail) e Averroés (Ibn Ruchd). Este último, considerado o principal pensador árabe depois de Avicena, levou a cabo uma interpretação de Aristóteles que, recolhida por estudiosos europeus, se converteria em foco de polêmica da filosofia medieval e renascentista no Ocidente.

O século XIV, dominado pela decadência da cultura árabe, proporcionou paradoxalmente uma de suas maiores contribuições ao saber universal: o desenvolvimento da ciência histórica. Seus primeiros impulsionadores foram o egípcio Ibn al-Atir e o marroquino Ibn Batuta, cujas Viagens permaneceram como preciosa fonte de informação sobre o mundo muçulmano. O gênero alcançaria a culminância com o magrebe de origem andaluza Ibn Khaldun, autor de uma extraordinária História universal inacabada. Destacam-se nela duas partes: o prólogo em três volumes, em que pela primeira vez se efetuava uma profunda reflexão sobre a filosofia da história, e a História dos berberes, em que, com critério inteiramente novo, abordava-se o estudo de uma sociedade concreta a partir de perspectivas científicas e sociológicas. Pouco compreendido em sua época, Ibn Khaldun passou a ser considerado desde o início do século XX um dos grandes nomes do pensamento medieval. Notável continuador da tradição historiográfica foi o egípcio al-Maqari.

Literatura popular
Junto aos gêneros "cultos" mencionados, a literatura árabe sempre possuiu uma vertente popular de grande riqueza, em forma de relatos escritos em prosa e em prosa rimada, que de certa forma compensaram a inexistência do romance. A culminância e resumo dessas narrativas foram as célebres Mil e uma noites, cujo núcleo original achava-se em uma coleção persa de contos, traduzida por volta do século X. Nos séculos seguintes acrescentaram-se a ela diversas histórias, oriundas de textos indianos e persas ou de caráter nitidamente árabe, como as referentes à corte de Harun al-Rachid em Bagdá. A primeira fixação do texto só ocorreu no século XV, em boa parte devido ao fato de que os estudiosos não consideravam a obra literatura autêntica por seu tom coloquial, distanciado do estilo clássico. O êxito que as diferentes edições da obra alcançaram no Ocidente fez, contudo, com que os autores árabes concedessem às Mil e uma noites um lugar privilegiado em sua literatura, plenamente justificável pela magia e vivo frescor de seus relatos.

Obscuridade e renascimento
A imposição generalizada da língua turca pelo império otomano e a preponderância de outros grupos étnicos foram a causa principal do amplo declínio da literatura árabe, que durante séculos limitou-se a repetir de maneira estereotipada os temas tradicionais.

Alguns eruditos isolados contribuíram, porém, para a manutenção do legado do saber clássico. Assim, no século XVII o otomano Hayi Kalfa escreveu em árabe uma história universal, enquanto o iraquiano al-Bagdadi desenvolvia importante trabalho enciclopédico em seu Celeiro da literatura. Já no século seguinte o iemenita Murtada al-Zabid revitalizou os estudos lingüísticos.

A campanha napoleônica no Egito é tradicionalmente considerada o início da abertura árabe para o Ocidente, que determinaria, fosse pela rejeição ou assimilação das novas idéias, o curso da chamada literatura neo-árabe. O palestino Marun al-Naqas, por exemplo, difundiu o teatro nas letras árabes mediante a reelaboração de obras italianas e francesas, e os poetas sírios Francis Marras e Adib Ishaq adotaram a estética romântica, enquanto pensadores como o egípcio Gamal ad-Din al-Afghani propugnavam um "pan-islamismo" que combinava a reivindicação da fé tradicional com a influência do liberalismo ideológico europeu.

Só em fins do século XIX, no entanto, os escritores árabes começariam a expressar-se com voz própria e poderosa, centrada de início na denúncia do colonialismo e posteriormente nos problemas das novas nações independentes.

No campo da lírica, o grande artífice da recuperação foi o egípcio Ahmed Sawqi, que residiu muito tempo na Europa e faleceu em 1932. Cantor por excelência de seu país natal, Sawqi devolveu à poesia árabe o brilho da época neoclássica, matizado pela influência do romantismo e do simbolismo europeus. Seu trabalho foi continuado pelo "grupo libanês", que desenvolveu a maior parte de sua obra como emigrados e cuja figura central seria Gibran Khalil Gibran. Embora desde 1923 tenha começado a escrever em inglês, Gibran foi sempre um autor admirado no mundo árabe e alcançou grande popularidade no Ocidente, ainda que a aguçada sensibilidade de seus poemas e contos nem sempre fosse bem compreendida.

A breve vida do iraquiano Abd al-Wahab al-Bayati não o impediu de desenvolver uma obra fundamental na poesia árabe contemporânea. Cultivador inicial de uma lírica de tipo social e comprometido, com obras como As armas e os meninos, Bayati posteriormente acrescentou a essa temática uma preocupação filosófica e existencial que alcançaria a culminância no extenso canto O hino da chuva e na coletânea A morte na vida. Os outros dois grandes nomes da renovação poética do século XX foram o sírio Ali Ahmad Said, chamado Adonis, que deu ao verso livre um tratamento hermético próximo ao surrealismo, e o egípcio Abas Mahmud al-Aqad, que em sua prolífica obra poética e ensaística soube combinar as preocupações sociais com a exigência da depuração estética.

A eclosão das guerras entre árabes e israelenses e o crescente nacionalismo marcaram de forma decisiva a obra dos poetas surgidos após 1950, entre os quais se destacaram os palestinos Mahmud Darwis e Samih al-Quasim.

A aparição e o desenvolvimento da novela constituíram o traço mais original da nova literatura. A consolidação do gênero teve lugar no Egito, graças à obra de dois autores que foram também, ao lado de seu compatriota Salama Musa, mestres do pensamento árabe: Tawfiq al-Hakim, que em O despertar de um povo, inspirado nas revoltas anticolonialistas de 1919, pesquisou as fontes profundas do nacionalismo árabe, e Taha Husain, escritor cego cuja autobiografia Os dias uniu as ressonâncias clássicas a uma profunda análise psicológica. O próprio al-Hakim proporcionaria seus melhores momentos ao novo gênero teatral, em que também se destacou seu versátil compatriota Yusuf Idris.

Outro egípcio, Nagib Mahfuz, elevou a narrativa a uma altura excepcional com obras como sua célebre Trilogia, publicada na década de 1950, e A taberna do gato preto, tentativa de fusão do teatro e da novela. A Trilogia, considerada por muitos críticos a maior obra da literatura árabe do século XX, constitui uma ambiciosa tentativa de refletir, sob o prisma da vida cotidiana no Cairo, as transformações da sociedade egípcia desde os começos da primeira guerra mundial, com um estilo realista que não renunciava, no entanto, à inclusão de elementos simbólicos e experimentos lingüísticos. Em 1988 Mahfuz tornou-se o primeiro árabe a receber o Prêmio Nobel de literatura.

A marca da obra de Mahfuz se tornaria perceptível em quase todos os romancistas posteriores, entre os quais cabe destacar o sudanês al-Tayib Salih, autor do excelente Época de emigração para o norte, o libanês Suhayl Idris e o sírio Zakariya Tamir. A grave crise surgida com a questão palestina e as contradições entre o pujante nacionalismo e a necessidade de renovar as estruturas tradicionais seriam as preocupações básicas desses autores como, em suma, de toda a literatura árabe da segunda metade do século XX.

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