The Dry Salvages | T.S. Eliot


The Dry Salvages | T.S. Eliot

The Dry Salvages | T.S. Eliot
"Não sei muito acerca de deuses; mas penso que o rio
É um robusto deus castanho – taciturno, selvagem e intratável,
Paciente até certo ponto, reconhecido primeiro como fronteira;
Útil, indigno de confiança, como veículo de comércio;
Depois um simples problema para o construtor de pontes.
Uma vez resolvido o problema, o deus castanho é quase esquecido
Pelos habitantes das cidades – sempre, contudo, implacável,
Conservando as suas estações e as suas fúrias, destruidor, lembrando
Aos homens o que eles decidem esquecer. Sem honras, desfavorecido
Pelos adoradores da máquina, mas esperando, vigiando e esperando.
O seu ritmo estava presente no quarto das crianças,
No viçoso ailanto do antepátio de Abril,
No cheiro das uvas sobre a mesa de outono,
E no serão à luz do gás de inverno.

O rio está dentro de nós, o mar cerca-nos totalmente;
O mar é também o fim da terra, o granito
Onde se enterra, as praias onde agita
Os vestígios de uma mais antiga e outra criação:
A estrela do mar, o límulo, a espinha dorsal da baleia;
(...) O sino a dobrar
Mede o tempo não o nosso tempo, tocado pela vagarosa
Volta de mar, um tempo
Mais velho que o tempo dos cronometros, mais velho
Que o tempo contado por mulheres ansiosas e inquietas
Que ficam acordadas, calculando o futuro,
Tentando desfazer, desenrolar, destrinçar
E reunir o passado e o futuro,
Entre a meia-noite e a madrugada, quando o passado é todo decepção,
O futuro sem futuro, antes da vigia da manhã
Quando o tempo pára e o tempo nunca acaba;
E a volta de mar, que é e era desde o princípio,
Toca
O sino."


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