Albânia | Aspectos Geográficos e Socioeconômicos da Albânia

Albânia | Aspectos Geográficos e Socioeconômicos da Albânia

Mapa da Albânia

Geografia: Área: 28.748 km². Hora local: +4h. Clima: mediterrâneo. Capital: Tirana. Cidades: Tirana (350.000), Durrës (110.500), Elbasan (90.700), Shkodër (85.400) (2017).

População: 3,8 milhões (2017); nacionalidade: albanesa; composição: albaneses 90%, gregos 8%, outros 2% (2017). Idiomas: albanês (oficial), dialetos regionais (principais: guegue, tosco). Religião: islamismo 38,8%, cristianismo 35,4% (católicos 16,8%, ortodoxos 16,1%, outros 2,6%), sem religião 16,6%, ateísmo 9%, bahaísmo 0,2%.

Relações Exteriores: Organizações: Banco Mundial, FMI, OMC, ONU. Consulado Honorário: Tel. (11) 3875-6922, fax (11) 3875-5344 – São Paulo (SP); e-mail: thomasamaral@hotmail.com.br

Governo: República parlamentarista. Div. administrativa: 12 regiões subdivididas em comunas e municipalidades. Presidente: Alfred Moisiu (desde 2002). Primeiro-ministro: Fatos Nano (PSS) (desde 2002). Partidos: Socialista da Albânia (PSS), coalizão União para a Vitória (Democrático da Albânia-PDS, Frente Nacional Albanesa-PBK, entre outros). Legislativo: unicameral – Assembleia do Povo, com 140 deputados. Constituição: 1998.

Situada na península Balcânica, a Albânia faz fronteira com a Grécia, a Macedônia e a Sérvia e Montenegro, países com os quais partilha três grandes lagos. O principal deles é o Ohrid, alimentado pelo rio Drin, cujas barragens fornecem 80% da energia elétrica do país. Após 40 anos de isolamento sob regime comunista, emerge como a nação mais pobre da Europa. A crise econômica tem levado milhares de albaneses a emigrar. Fora da Albânia existem albaneses étnicos na Macedônia e na província sérvia de Kosovo.

Bandeira da AlbâniaHistória da Albânia - A Albânia atual corresponde à antiga Ilíria, região litorânea ocupada por povos de língua indo-europeia por volta do século X a.C. Conquistada pelos macedônios no século IV a.C. e pelos romanos em 168 a.C., é incorporada ao Império Bizantino em 395. No século XV cai em poder dos turcos, que convertem a população ao islamismo e adotam uma política despótica. Isso desperta, no fim do século XIX, o nacionalismo albanês, duramente reprimido. Após as Guerras Balcânicas, em 1912, o país alcança a independência, ficando sob proteção das grandes potências. A província de Kosovo, contudo, permanece com a Sérvia, embora possuísse população de 800 mil albaneses. Depois de breve experiência republicana, torna-se uma monarquia conservadora, liderada por Ahmet Beg Zogu, proclamado rei em 1928 com o nome de Zog I.

Regime comunista – Invadida pela Itália em 1939, a Albânia torna-se comunista com o fim da II Guerra Mundial, sob o comando de Enver Hoxha, que havia liderado a resistência. Ele governa ditatorialmente até morrer, em 1985. Nesse período, distingue-se pelo rompimento sucessivo com antigos aliados. O primeiro é a Iugoslávia, em 1948: os albaneses apóiam o ditador soviético Josef Stálin no conflito com o iugoslavo Josip Broz Tito. Em 1961, Hoxha corta relações com a União Soviética e alia-se à China de Mao Tsé-tung. Em 1981 rompe com os chineses.

Tirana
Tirana
Abertura política – O sucessor de Hoxha, Ramiz Alia, promove a abertura. O regime admite os partidos oposicionistas e restitui a liberdade religiosa. As eleições de 1992 conduzem Sali Berisha, do Partido Democrático da Albânia (PDS), à Presidência. Em 1997, a falência de um esquema financeiro fraudulento respaldado pelo Estado, que prometia lucros anuais de até 300%, causa prejuízos à população. O Partido Socialista da Albânia (PSS), ex-comunista, lidera protestos em Tirana. Há confrontos, nos quais morre pelo menos 1,5 mil pessoas. Mais de 15 mil se refugiam na Itália. Para pôr fim à crise, as eleições parlamentares são antecipadas. O PSS vence, e Sali Berisha renuncia. O Parlamento elege para a Presidência o líder do PSS, Rexhep Mejdani. Fatos Nano, também do PSS, é o novo primeiro-ministro.

Conflito em Kosovo – Em 1998, o assassinato do deputado Azem Hajdari, líder do PDS, gera distúrbios na capital. Acusado de envolvimento no crime, Nano renuncia e é substituído como premiê por Pandeli Majko (PSS). No mesmo ano, a escalada de violência na província iugoslava de Kosovo leva milhares de kosovares de etnia albanesa a se refugiar na Albânia. A eclosão desses conflitos traz à tona o projeto de uma "Grande Albânia", país que encerraria em suas fronteiras os albaneses da região. Os bombardeios da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) na Iugoslávia, em março de 1999, aumentam o fluxo de albaneses kosovares para o país.

Nas eleições de 2001, o PSS obtém 73 cadeiras no Parlamento, contra 46 da coalizão União para a Vitória, liderada pelo PDS. Em 2002, PSS e PDS elegem o general da reserva Alfred Moisiu como presidente. Moisiu indica Fatos Nano (PSS) para primeiro-ministro. A oposição realiza manifestação, em fevereiro de 2004, na qual milhares de pessoas pedem a renúncia de Nano, acusado de não haver melhorado o padrão de vida da população.

Rei Zog IRei Zog I - Ahmet Bey Zogu foi o primeiro presidente da Albânia, depois da sua independência. Governou desde 31 de Janeiro de 1925 até 1 de Setembro de 1928, quando se auto-proclamou rei. Governou como rei Zog I desde 1 de Setembro de 1928 até 12 de Abril de 1939, quando foi sucedido pelo rei Xhafer Ypi.

Ahmet Zogolli era filho de Xhemal Paşa Zogolli e de sua segunda esposa, Sadijé Toptani. Sua família, formada por grandes proprietários de terras, governava um Beylik e tinha autoridade feudal sobre a região de Mat. A família de sua mãe, os Toptani, dizia-se descendente da irmã do maior herói albanês, um general do século XV chamado Skanderbeg.

Foi educado na academia militar do Lycée Impérial de Galatasaray, em Constantinopla , então sede do decadente Império Otomano que, tecnicamente, governava a Albânia. Logo após a Primeira Guerra Balcânica, que deu uma precária independência ao país sob influência da Áustria, transfere-se para o Imperial e Régio Exército Austro-Húngaro, onde alcançou a patente de coronel. A dissolução do Império Austro-Húngaro, causada pela derrota na Primeira Guerra Mundial, força Ahmet a voltar para casa em 1919, após passar alguns meses em Roma. Após a morte de seu pai, em 1911, ele foi apontado por seu irmão mais velho, Xhelal Bey Zogu, como Bey de Mat  e chefe do clã Gheg, embora o destino da família e da cidadela estivessem a cargo de suas três irmãs mais velhas, que tiveram um importância fundamental na vida do futuro rei Zog.

Xhafer Bej Ypi Xhafer Bej Ypi (IPA: [dʒafɛɾ yp bɛj]; 1880, Starje - Dezembro de 1940), era um Bektashis muçulmano e político albanês.

Seus pais eram Asilan (um fazendeiro) e Zavalani, e Ypi licenciou-se na universidade de Istambul.
Em 1920-1921, ele foi ministro da Administração Interna e Ministro da Justiça. Ocupou também o cargo de Ministro da Instrução Pública.

Como líder do Partido Popular, em finais de dezembro de 1921, formou um governo onde Fan S. Noli foi o ministro dos Negócios Estrangeiros e Ahmed Zogu era o ministro da Administração Interna. Ypi foi primeiro-ministro até 4 de dezembro de 1922 e, em 1922, após a renúncia de Noli, acumulou, interinamente, as funções de ministro das Relações Exteriores.

De 2 de dezembro de 1922 até 31 de janeiro de 1925, Ypi foi membro do Conselho Superior (entidade colegial que chefiava o Estado colegial, posição anteriormente detida por Guilherme de Wied). Em junho de 1924, deixa a Albânia por causa da revolta de Noli mas, oficialmente, continuou a manter o cargo.
Durante o reinado Zog, Ypi era inspetor-chefe da Corte Real.

Quando teve início a ocupação italiana, Ypi saudou os italianos que tinham "libertado" a Albânia "da pesada escravidão do sanguinário Zogu". Depois do rei Zog ter fugido, de 9 abril a 12 abril Ypi foi presidente e Plenipotenciário da Justiça da Administração de Comissão Provisória e, assim, agindo como chefe de Estado. A partir 12 de abril, ele foi o Ministro da Justiça no governo de Shefqet Verlaci. Foi morto por um bombardeamento aérea.

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