Altar (Arquitetura)

Altar (Arquitetura)

Altar (Arquitetura)Superfície que ao longo dos séculos apresentou formas e materiais muito diversos, o altar é o pedestal consagrado que se usa para oferecer sacrifícios ou orações a uma divindade.

Para o primitivo nômade semita, a presença da divindade era indicada por elementos da natureza. Daí sua concepção de que se podia induzir a divindade a habitar num amontoado de pedras: o sangue da vítima lançado sobre elas era uma oferenda ao deus que ali viera residir. A pedra tornou-se assim a mesa onde se devia queimar a vítima.


No templo hebreu havia dois altares: o do sacrifício, construído em ferro, onde se queimavam as vítimas num fogo permanente; e o do incenso, na parte sagrada do tabernáculo, todo recoberto de ouro e que era aceso duas vezes por dia. Na Grécia e em Roma havia dois tipos de altares: um que se erguia diante das imagens sagradas dos templos, meros pedestais baixos, em que os suplicantes se ajoelhavam; e outro, de areia ou pedra, em que se acendia o fogo, porque os sacrifícios eram realizados sobre a terra mesmo.

Na primitiva igreja cristã, administrava-se a comunhão em uma mesa móvel de madeira; nas catacumbas, utilizavam-se os sepulcros. Desde a Idade Média os altares são fixos, constando de mesa, uma pedra lisa, suporte, massa sólida ou quatro colunas, pelo menos, e pequena concavidade, onde se depositam relíquias. Consagrada com óleo pelo bispo, a mesa tem cinco cruzes gregas, uma no centro e uma em cada canto, e é coberta por três toalhas de linho, enquanto outra, geralmente de cor variável segundo a liturgia da festa, ornamenta sua frente.

Desde o século VII são usados altares portáteis, pequenas lousas suficientes apenas para comportar o cálice e a patena. Marcadas com cinco cruzes gregas e consagradas como os altares fixos, podem ser colocadas sobre um suporte qualquer de pedra ou madeira.

Durante o período da Reforma, os altares, considerados símbolos da doutrina católico-romana, foram substituídos por mesas de madeira removíveis. Na Igreja Anglicana, essas mesas de comunhão, desde o século XV até o presente, jamais foram retiradas de seus lugares.

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