Montes Apalaches nos Estados Unidos da América
Os Montes Apalaches se estendem no sentido nordeste-sudoeste, paralelamente à costa atlântica, desde as proximidades de Québec, no Canadá, até o estado do Alabama, nos Estados Unidos. O sistema tem uma extensão de 1.900km, e sua largura varia de 200 a 300km.
A barreira natural formada pelos Apalaches, entre a costa leste dos Estados Unidos e as vastas planícies interiores, constituiu um importante fator histórico na colonização do país.
Surgidos na era paleozoica, numa série de dobramentos, os montes foram trabalhados mais tarde por ciclos de erosão. Em terrenos calcários foram escavados vales, ao passo que cristas salientes iriam corresponder às rochas mais duras. Essa sucessão de vales e cristas paralelas, com rios a cortá-los transversalmente, caracteriza esse tipo de relevo. Em outras partes do mundo, como no Brasil, relevos semelhantes são classificados como de tipo apalachiano.

Não se registram no sistema altitudes muito elevadas. A parte mais alta localiza-se ao sul, ainda que seu ponto culminante, o monte Mitchell (ou Black Dome), nas montanhas Azuis, mal ultrapasse 2.037m. A área de maior pluviosidade é a das montanhas Azuis; a de menor, a do Grande Vale, onde predominam as atividades agrícolas, com destaque para o vale do Shenandoah.
Na época do povoamento, o Grande Vale era a via de circulação mais utilizada, através de gargantas, o que possibilitou a penetração até a bacia do Ohio, no interior, via de passagem também aproveitada, mais tarde, por ferrovias, como a Baltimore-Ohio. Em 1933, a Tennessee Valley Authority (TVA) iniciou grandes obras na região dos Apalaches, voltadas para o melhor aproveitamento do rio Tennessee e seus afluentes.
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