Febre Tifoide no Mundo
Febre Tifoide é uma doença infecciosa aguda provocada pelo bacilo de
Eberth (Salmonella typhi). O contágio ocorre por ingestão de água ou
alimentos contaminados pela bactéria, que atravessa as paredes
intestinais e se multiplica no tecido linfático. Após um período de
incubação de 10 a 14 dias, aparecem os primeiros sintomas: dor de
cabeça, fadiga, dores contínuas, febre e uma agitação que pode perturbar
o sono. Pode haver também perda de apetite, hemorragias nasais, tosse e
diarreia ou constipação. Durante a segunda semana de febre, quando o
bacilo está presente em grandes quantidades na corrente sanguínea, uma
erupção cutânea rosada surge no tronco e desaparece depois de quatro a
cinco dias.
O homem é o único portador do bacilo de Eberth, agente causador da febre tifoide, que foi isolado, no século XIX, pelo médico alemão Karl Joseph Eberth. As fezes e a urina de pessoas infectadas são as principais fontes de contaminação.
As principais complicações da doença são hemorragia intestinal,
inflamação aguda da vesícula biliar, colapso circulatório, pneumonia,
osteomielite, encefalite e meningite. Em formas benignas da doença, no
início da quarta semana, a febre começa a declinar, os sintomas
desaparecem gradualmente e a temperatura volta aos poucos ao normal. Se
não tratada, a febre tifoide é fatal em 25% dos casos.
A maioria das grandes epidemias de febre tifoide foi causada por contaminação das reservas de água potável. Alimentos e leite também podem ser contaminados por um transmissor da doença que se ocupe de sua manipulação ou processamento; por moscas; ou pelo uso de água poluída para fins de limpeza. A prevenção da febre tifoide depende, principalmente, do tratamento adequado do esgoto, da filtragem e da cloração da água, e do afastamento de pessoas contaminadas das indústrias alimentícias e restaurantes.
Após 1948, mostrou-se eficiente o tratamento da febre tifoide com antibióticos, particularmente com cloranfenicol, que baixa a febre do paciente em três ou quatro dias após o início do tratamento. Segue-se então uma melhora gradual, mas a droga deve ser administrada por várias semanas para prevenir recaídas. A ampicilina, geralmente combinada com outros medicamentos, também é uma eficaz alternativa terapêutica.
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