Poema Sinfônico
Poema sinfônico é a composição musical para orquestra inspirada em tema extramusical, chamado programa, geralmente mencionado no título da obra. Estruturado frequentemente num único movimento, sua forma musical é livre. Tanto o gênero quanto o termo "poema sinfônico" foram criados por Franz Liszt que, em obras como Les Préludes (1848; Os prelúdios) - sobre o tema das Méditations poétiques, de Alphonse de Lamartine - tencionava produzir paráfrases musicais das ideias, sentimentos e atmosfera transmitidos pelo texto poético. Liszt acreditava que o impulso criador do compositor produziria espontaneamente uma forma musical compatível com as características de cada obra poética, ou seja, que a forma seria determinada pelo conteúdo e não por um modelo.
As composições musicais associadas a um assunto enquadram-se em duas categorias principais: a sinfonia programática, que preserva a maior parte das regras da forma sinfônica; e o poema sinfônico, forma orquestral em que o assunto determina a estrutura musical da composição.
A literatura foi a principal inspiração de Tchaikovski em Francesca da Rimini (1876); o pensamento de Nietzsche foi o ponto de partida de Also sprach Zarathustra (1896; Assim falava Zaratustra), de Richard Strauss; e o nacionalismo motivou Jean Sibelius em Finlandia (1900). Strauss levou às últimas consequências a imitação musical da narrativa literária, reproduzindo em Don Juan (1889) o último batimento do coração do protagonista agonizante e, por meio de sons incidentais, o balir de um carneiro. Do poema sinfônico nasceu o balé sinfônico: Igor Stravinski concebeu para a dança inúmeras obras baseadas em histórias russas.
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