Revolução Russa de 1917
Em 1914, os países imperialista começaram uma guerra pela disputa de territórios e novos mercados. A Rússia era aliada da França e da Inglaterra e formava com elas a Tríplice Entente. Porém, o país não estava preparado para enfrentar o poderio militar da Alemanha e começou a sofrer uma derrota atrás da outra. “Os primeiros meses de luta já haviam revelado que a economia russa não seria capaz de satisfazer às demandas impostos pelo conflito armado. Ela foi afetada de imediato pela convocação militar que, ao longo da guerra afastou 15 milhões de homem produtivos da indústria e agricultura. Rapidamente, os estoques de armas e munições dos depósitos militares foram consumido e a indústria não conseguiu superar as perdas.’’ (Rússia na Guerra - A. Grunt) O fato de a Rússia Ter entrada na I Guerra Mundial acelerou o colapso da estrutura e econômica e social que levaria o povo a se revoltar. Em fevereiro de 1917, a crescente miséria levou o povo a se amotinar nas cidades, nos campos e nas frentes de batalha. A princípio, o Exército se manteve fiel czar, reprimindo os manifestantes nas ruas. Mas logo os próprios soldados aderiram à causa popular. Em março de 1917, o czar Nicolau II foi deposto. Setores liberais da burguesia russa tomaram o poder, apoiados pelos mencheviques, que defendiam a aliança dos proletários com a burguesia. Formou –se um governo Provisório, liderado por Lvov, um príncipe liberal , e por Kerenski, trabalhista ligado mencheviques. Com a revolução de Fevereiro, os exilados que estavam na Sibéria e no exterior começaram a chegar em massa à cidade de Petrogrado, onde encontraram um soviete já organizado com várias plataformas políticas. O Governo Provisório que os sovietes representaram uma ameaça. Nos primeiros das, os sovietes não chegara a entrar em choque aberto com o governa. Com a maioria dos delegados era marxista, eles acreditavam que estavam passando pela fase burguesa da revolução. Poucos julgavam ser possível uma revolução proletária naquele momento. E por isso muitos membros dos partidos empenharam-se em colaborar com o Governo Provisório, que representava os interesses da burguesia liberal. Essa, por exemplo, era opinião de Stálin, importante membro dos bolcheviques. Em abril, essa tendência começou a mudar devido descontentamento dos sovietes e à chegada de Lênin a Petrogrado. Assumindo a causa dos trabalhadores, Lênin passou criticar o governo. Lvov e Kerenski insistiram em manter a Rússia na guerra e não pensavam em fazer reforma. Quando emitiam uma ordem, os sovietes a discutiam e não obedeciam. Nas ruas das principais cidades da Rússia e principalmente em Petrogrado se perguntava quem realmente manda: o Governo Provisório ou os sovietes de soldado, marinheiros e operários. Em julho, os chefes da facção tentaram tomar o poder mas foram derrotados. Kerenski assumiu o controle do governo e continuou com a política impopular de manter a Rússia na guerra e não fazer a reforma agrária. Enquanto isso, líderes como Lênin, Trotsky e outros organizaram os sovietes para derrubar o governo. O Partido Bolchevique tornava-se cada vez mais popular, pois propunha que a Rússia saísse imediatamente da guerra, implantasse a reforma agrária e distribuísse alimentos para a população. O governo de Kerenski aos poucos foi podendo as bases de apoio. Enquanto isso, Trotsky organizava um exército popular ( a Guarda Vermelha) para tomar o poder e Lênin se encarregava de organizar um novo governo. No dia 7 de novembro (25 de outubro pelo antigo calendário ortodoxo russo), trabalhadores, marinheiro e soldados da cidade de Petrogrado tomaram de assalto os prédios do governo. Kerenski consegui fugir. Era preciso formar imediatamente um órgão que representasse os interesses da maioria e substituísse o antigo governo. Então, por inspiração de Lênin, formou-se o Conselho dos Sovietes, que tomou medidas rígidas para defender os interesses da maioria contra possível reação de elementos ligados ao antigo regime.
O Conselho dos sovietes propôs o programa bolchevique:
· saída da Rússia do conflito mundial:
“A questão da paz é a questão primordial, a questão mais premente destes momento” (Lênin). Para concretizar a paz foi enviada uma delegação de soldados comissários à cidade de Brest-Litovski, onde em março de 1918, assinou-se um armistício através do qual a Rússia se comprometia a fazer vário concessões de territórios à Alemanha em troca do cessar-fogo;
· confisco de terras pertencentes a grandes proprietário e nobres, que foram distribuídas entre os camponeses pobres. Foram, assim, abolidos os direitos de propriedade latifundiária, imediatamente e sem quaisquer compensações (Decreto da terra). Toda terra foi declarada propriedade do povo .
· concessão de autodeterminação aos povos que até essa época haviam sido dominados pela Rússia czarista (Finlândia, Geórgia, Armênia etc.);
· nacionalização das grande indústria, que passaram a ser dirigidas por seu operários.
Em julho de 1918 foi promulgada uma constituição provisória estabelecendo o regime socialista no país, que depois passou chamar –se União das República Socialista Soviética.
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