No tabuleiro geopolítico, não existe fidelidade cega — só interesses concretos. A China sabe disso melhor que ninguém. Por mais que o BRICS seja vendido como a grande aposta para um mundo multipolar, a verdade é que Pequim não hesitaria em ‘sacrificar’ o bloco num piscar de olhos se os Estados Unidos oferecerem acordos bilaterais vantajosos.
Tecnologia, comércio, estabilidade política — esses são os verdadeiros parâmetros que definem alianças hoje, não discursos vazios ou blocos simbólicos. Enquanto muitos ainda vivem o sonho ingênuo de um BRICS como contraponto ao Ocidente, a China joga no tabuleiro da realpolitik, ajustando suas peças conforme o interesse do momento.
Lula apostou alto numa fantasia geopolítica, mas o jogo de verdade está longe de ser tão simples. Quem entende isso, sabe: o poder não se conquista com pose, e sim com estratégia.