Vírus da Aids, Dengue, DNA e RNA

Vírus da Raiva, Aids, Dengue, DNA e RNA


Raiva
A raiva é uma doença contagiosa, causada por vírus. Essa doença ataca os mamíferos: cães, gatos, morcegos, macacos etc.

O mamífero mais atacado pela raiva é o cão.

Um animal com vírus da raiva pode transmitir a doença ao homem por meio de mordidas, lambidas ou arranhões.

Para combater a raiva devemos:
  • vacinar os animais domésticos todos anos;
  • não deixar os animais soltos pelas ruas;
  • procurar imediatamente um médico em caso de mordidas arranhões por algum mamífero desconhecido.
Vírus da Aids, Dengue, DNA e RNA

O vírus da Aids destrói as celulas do nosso sangue que têm a função de combater os agentes causadores de doença como pneumonia, meningite, encefalite etc. Como seu organismo fica sem defesa, ela morre em pouco tempo.

A Aids é transmitida de uma pessoa para outra. E isso pode acontecer se a pessoa:
  •  receber sangue contagioso através de transfusões;
  •  usar seringa e agulhas de injeção contaminadas;
  •  tiver relações sexuais com alguém que esteja contaminado.
Vírus
Ser vivo microscópico e acelular (não é composto por células) formado por uma molécula de ácido nucleico (DNA ou RNA), envolta por uma cápsula proteica. Apresenta-se sob diferentes formas: oval, esférica, cilíndrica, poliédrica ou de bastonete. Por ser incapaz de realizar todas as funções vitais, é sempre um parasita celular, ou seja, necessita de um animal, planta ou bactéria para multiplicar-se e desenvolver-se. Ao se reproduzir dentro de uma célula, acaba por lesá-la. Na reprodução, qualquer modificação no DNA provoca uma mutação, gerando novos tipos de vírus.

Grande parte das doenças infecciosas e parasitárias é causada por vírus, como a Aids , a catapora, a dengue, a rubéola e o sarampo. A transmissão pode ser feita pelo ar, por contato direto (gotículas de saliva ou muco) e indireto (utensílios, água e alimentos contaminados ou picada de animais). O tratamento de uma infecção viral geralmente é restrito apenas ao alívio dos sintomas, com o uso de analgésicos e antitérmicos para diminuir a dor de cabeça e reduzir a febre. Há poucas drogas que podem ser usadas no combate de uma infecção viral, pois ao destruírem o vírus acabam por destruir também a célula. Quase todas as doenças causadas por vírus podem ser prevenidas com vacinas.

A febre é um sintoma comum a todas as infecções virais. Outros sinais característicos presentes na maioria das infecções são dor de garganta, fadiga, calafrio, dor de cabeça e perda de apetite. Mas grande parte das doenças apresenta uma sintomatologia própria. Por exemplo, a manifestação de pequenas elevações eruptivas avermelhadas na pele caracteriza a rubéola e a catapora ou varicela. No sarampo, são comuns erupções na mucosa bucal e o surgimento de manchas avermelhadas na pele. A inflamação e o inchaço das glândulas salivares são sintomas específicos da caxumba. Na poliomielite ocorre rigidez da nuca e perturbações físicas que podem causar paralisia e atrofia de certas partes do corpo. Na febre amarela e na hepatite infecciosa viral há náuseas e vômitos.

Aids
A sigla Aids (do inglês, Acquired Immunodeficiency Syndrome) significa Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, nome atribuído à doença infecciosa descoberta no início dos anos 80, causada pelo vírus HIV (do inglês, Human Immunodeficiency Virus – Vírus da Imunodeficiência Humana). De acordo com pesquisadores, o HIV teria se hospedado em algumas espécies de macacos africanos e, de alguma forma, por ingestão da carne contaminada ou durante caçadas, teria alcançado a corrente sanguínea humana. O vírus da Aids teria sofrido constantes mutações durante séculos até chegar à forma atual.

Dentro do corpo humano, o HIV infecta e destrói os linfócitos do tipo CD4+, responsáveis pelo sistema imunológico. Sem o seu potencial de defesa, o organismo fica vulnerável a vírus e bactérias e sujeito a todo tipo de infecções oportunistas que levam à morte do portador. O HIV circula por todas as secreções líquidas do corpo. No sangue, no sêmen e nas secreções vaginais ele aparece em grande quantidade. No suor, na lágrima, na urina e na saliva a quantidade é menor e insuficiente para provocar a contaminação.

O HIV é um retrovírus, ou seja, um tipo de vírus capaz de se reproduzir de modo diferente dos tradicionais, ao usar como material genético uma molécula de RNA em vez de DNA (processo chamado de transcrição reversa). Há dois tipos de HIV: o HIV1 e o HIV2. O último é menos agressivo e retarda o aparecimento dos sintomas. Segundo cientistas, isso explica por que determinadas pessoas desenvolvem mais rapidamente a doença do que outras. Há indícios também de que a quantidade de vírus no organismo defina a intensidade da doença.

Contágio – A Aids é transmitida quando o vírus HIV entra em contato com a corrente sanguínea, o que pode acontecer nas relações sexuais (heterossexuais ou homossexuais), nas transfusões sanguíneas e por meio de seringas ou instrumentos cortantes com resíduos de sangue contaminado. A possibilidade de contaminação através do sexo oral é comprovada em 1996, segundo pesquisa do Instituto do Câncer de Boston (EUA) feita com chimpanzés. Devido à quantidade de vírus no sêmen ser muito grande, há o risco de o vírus ser absorvido pela mucosa bucal e não apenas por meio de algum ferimento na boca.

A Aids pode ser transmitida de mãe para filho durante a gravidez, o parto e a amamentação. Estima-se que 30% das mulheres grávidas infectem seus bebês com o vírus. No caso de a mãe tomar AZT (medicação para controlar a doença), o índice cai para 8%. Não há nenhum caso registrado de contágio pela saliva, lágrima, suor ou urina. É descartada a transmissão via picada de insetos, abraços ou apertos de mão.

Prevenção – O uso de preservativo (camisinha, camisa-de-vênus ou condom) é o método mais seguro (97% de segurança) para evitar a contaminação através da relação sexual. Agulhas, seringas e instrumentos cortantes descartáveis ou esterilizados são utilizados para prevenir o contágio pela corrente sanguínea. Nas transfusões, o sangue utilizado passa por testes que identificam o vírus HIV, a fim de evitar a contaminação.

O teste sanguíneo chamado Elisa, criado em 1985, revela se uma pessoa é portadora do HIV (soropositiva). Atualmente, há outros testes em fase de estudo, como o Orasure, que identifica o vírus pela saliva, e o Ampliodor, que mede a quantidade de vírus na circulação sanguínea .

Sintomas – Um indivíduo pode ser portador do vírus da Aids e não apresentar de imediato os sintomas da doença, já que o HIV pode ficar incubado por até dez anos. As primeiras manifestações da doença são diarreias constantes, febre alta, herpes, gânglios duradouros e perda de peso. Depois, é comum o aparecimento de doenças oportunistas, como pneumonia e toxoplasmose, que podem ser fatais. Quando a doença atinge um estágio mais avançado, certos tipos raros de câncer manifestam-se, como o sarcoma de Kaposi (provoca lesões na pele, no estômago e no intestino) e os linfomas (tumores nos gânglios linfáticos), além de distúrbios neurológicos, perda de memória e coordenação motora.

Tratamento – A Aids ainda não tem cura, mas o desenvolvimento e a administração de medicamentos, como o AZT (zidovudina), DDI (didanosina), DDC (zalcitabina), D4T (estavudina) e 3TC (lamividina), aumenta a sobrevida dos pacientes e consegue períodos prolongados de melhora da doença.

Em julho de 1996, os resultados de um novo tratamento revolucionário, chamado “coquetel anti-Aids”, foram apresentados durante a 11ª Conferência Internacional da Aids, em Vancouver, no Canadá. O coquetel de drogas é cem vezes mais potente do que o uso isolado do AZT, até então o único remédio disponível contra o vírus da Aids. Consiste na administração conjunta de três tipos de drogas: o AZT e uma outra droga da mesma família (a mais utilizada é o 3TC), que são os “bloqueadores de transcriptase reversa” (detêm a reprodução do vírus em seu estágio inicial) e um inibidor de protease (impede que o vírus complete a fase final de seu amadurecimento e destrua novas células), que pode ser o Ritonavir, o Saquinavir, o Crixivan e o Indinavir. A administração desse grupo de medicamentos em vários pacientes mostrou um controle na multiplicação do vírus do HIV, reduzindo os sintomas da doença. De um grupo de 21 pacientes que receberam o medicamento durante quatro meses, de outubro de 1995 a fevereiro de 1996, 18 eliminaram 98,9% dos vírus. Porém, o coquetel provoca alguns efeitos colaterais, como náuseas e problemas nos rins e no fígado. Se ministrado a longo prazo, há o risco de causar doenças fatais, como o câncer.

De acordo com o Programa de Aids da ONU, Unaids, menos de 10% do total das pessoas infectadas pelo vírus da Aids em todo o mundo poderá ser beneficiado pelo novo tratamento. Cerca de 92% das vítimas da doença estão nos países mais pobres, onde não há condições de bancar terapias que custam de US$ 12 mil a US$ 18 mil por ano.

Mais de 20 projetos de vacinas contra a Aids estão sendo pesquisados. Uma delas está sendo testada em 5 mil voluntários de todo o mundo. No Brasil ela foi aplicada em 300 pessoas, em julho de 1996. Os resultados desta primeira etapa de vacinação ainda serão avaliados.

Aids no mundo – Segundo dados da Unaids, o número de casos diagnosticados de portadores de HIV no mundo é de 21.898 mil. Deste total, 12.263 mil (56%) são homens, 8.759 mil (40%) mulheres e 876 mil (4%) crianças. Cerca de 94% dos portadores vivem nos países em desenvolvimento. São 4 mil novas infecções diárias na África e 3 mil na Ásia. De acordo com estimativas oficiais, no ano 2000 o vírus HIV infectará 44 milhões de pessoas em todo o mundo.

Aids no Brasil – Desde 1980 já foram diagnosticados 82.852 casos de Aids no país, de acordo com informações de junho de 1996 do Ministério da Saúde. Os homens correspondem a 67.521 (81,5%) dos casos e as mulheres a 15.331 (18,5%). Calcula-se que 36 mil pessoas já tenham morrido em decorrência da Aids, numa média de 20 mortes diárias (ver Saúde em Brasil).

Dengue
Doença infecciosa causada por quatro tipos diferentes de vírus e transmitida pelo mosquito Aedes aegypti e pelo Aedes albopictus (ver Doenças infecciosas). Evolui principalmente em zonas urbanas e, a partir da década de 70, grandes surtos atingem América Latina, África e Ásia. Desde os anos 80, costuma aparecer de forma epidêmica na época do verão, quando as chuvas são mais frequentes, pois os focos de água parada favorecem a reprodução do mosquito transmissor. O índice de mortes da doença é de 15% a 20%. Mas, se identificado a tempo, o dengue é tratável e sua cura é total, sem deixar sequelas.

Existem três formas clínicas da doença: o dengue clássico, o dengue hemorrágico e a síndrome de choque do dengue. Na forma clássica, a doença provoca dores de cabeça e musculares, erupções na pele, comprometimento das vias aéreas superiores, febre e aumento das glândulas linfáticas. O dengue hemorrágico causa, ainda, hemorragias gastrointestinais, cutâneas, gengivais e nasais e, muitas vezes, é fatal. Esse caso ocorre quando a pessoa já teve a doença e é reinfectada por um dos outros tipos de vírus. Se não tratada de imediato, leva à morte em 50% dos casos e pode evoluir para a forma mais grave, a síndrome de choque do dengue. Esta, mais comum entre crianças menores de 15 anos, causa falência circulatória e, na falta de tratamento, o índice de mortes chega a 80%.

Não existe vacina contra o dengue, e a melhor forma de prevenção são os inseticidas e a eliminação de focos de água parada, em que o mosquito transmissor costuma se reproduzir. No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, foram notificados 56.618 casos da doença em 1994. O total notificado até outubro de 1995 foi de 120.487 casos.

DNA e RNA

Substâncias químicas envolvidas na transmissão de caracteres hereditários e na produção de proteínas – compostos que são o principal constituinte dos seres vivos. São ácidos nucleicos encontrados em todas as células e também são conhecidos em português pelas siglas ADN e ARN (ácido desoxirribonucleico e ácido ribonucleico). De acordo com a moderna Biologia , o DNA faz RNA, que faz proteína (embora existam exceções – os retrovírus, como o vírus da Aids).

DNA – O ácido desoxirribonucleico é uma molécula formada por duas cadeias na forma de uma dupla hélice. Essas cadeias são constituídas por um açúcar (desoxirribose), um grupo fosfato e uma base nitrogenada (T timina, A adenina, C citosina ou G guanina). A dupla hélice é um fator essencial na replicação do DNA durante a divisão celular – cada hélice serve de molde para outra nova.

RNA – O ácido ribonucleico (RNA) é uma molécula também formada por um açúcar (ribose), um grupo fosfato e uma base nitrogenada (U uracila, A adenina, C citosina ou G guanina). Um grupo reunindo um açúcar, um fosfato e uma base é um “nucleotídeo”.

Código genético – A informação contida no DNA, o código genético , está registrada na sequência de suas bases na cadeia (timina sempre ligada à adenina, e citosina sempre com guanina). A sequência indica uma outra sequência, a de aminoácidos – substâncias que constituem as proteínas. O DNA não é o fabricante direto das proteínas; para isso ele forma um tipo específico de RNA, o RNA mensageiro, no processo chamado transcrição. O código genético, na forma de unidades conhecidas como genes, está no DNA, no núcleo das células. Já a “fábrica” de proteínas fica no citoplasma celular em estruturas específicas, os ribossomos, para onde se dirige o RNA mensageiro. Na transcrição, apenas os genes relacionados à proteína que se quer produzir são copiados na forma de RNA mensageiro. Cada grupo de três bases (ACC, GAG, CGU etc.) é chamado códon e é específico para um tipo de aminoácido. Um pedaço de ácido nucleico com cerca de mil nucleotídeos de comprimento pode, portanto, ser responsável pela síntese de uma proteína composta por centenas de aminoácidos. Nos ribossomos, o RNA mensageiro é por sua vez lido por moléculas de RNA de transferência, responsável pelo transporte dos aminoácidos até o local onde será montada a cadeia protéica. Essa produção de proteínas com base em um código é a base da Engenharia genética.

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