Hepatite - Sintomas, Contágio, Prevenção e Tratamento

Sintomas – Não existem sintomas no início da fase aguda. Após um período de incubação de duração variável, aparecem febre, dor de cabeça, mal-estar, cansaço, falta de apetite, enjoo, vômito, desconforto na parte superior do abdome, escurecimento da urina e amarelamento do branco dos olhos e da pele (icterícia). Entre duas e quatro semanas há uma melhora progressiva, até a cura completa. Nas formas agudas graves podem ocorrer distúrbio de comportamento e até coma. Mais raramente pode haver sangramento na gengiva e no nariz, além da presença de sangue na urina, nos vômitos e nas fezes.
Contágio – Os vírus dos três tipos de hepatite são diferentes entre si. O da hepatite A é um hepatovírus, transmitido pela ingestão de água ou alimentos contaminados, pelo contato direto com doentes na fase aguda e, mais raramente, por transfusão de sangue. O vírus da hepatite B é um hepadnavírus, transmitido pelo sangue – por meio de relações sexuais, transfusões, uso de seringas e agulhas contaminadas. Esse vírus é 100 vezes mais transmissível que o HIV, causador da Aids. Cerca de 10% dos doentes não conseguem eliminar o vírus e desenvolvem hepatite crônica, cirrose ou câncer e, dos doentes crônicos, 30% tem câncer de fígado. O vírus da hepatite C, que pertence à família Flaviviridae, é transmitido por transfusão de sangue ou derivados (gamaglobulina, glóbulos vermelhos, plasma e plaquetas, entre outros) e pelo uso de agulhas e seringas contaminadas. Com menor frequência, a transmissão pode dar-se de mãe para filho durante o parto, pelas relações sexuais e pelo contato direto com o doente. Até 80% dos casos evoluem para a infecção crônica, que, num prazo de dez a 15 anos, pode provocar cirrose e câncer de fígado.
Prevenção e tratamento – Existem vacinas contra a hepatite A e a B; a vacina contra a hepatite C ainda está em fase de estudo. Em 1999, chega ao mercado brasileiro a primeira vacina contra hepatite B indicada a pacientes com insuficiência renal crônica, que precisam fazer diálise e são mais vulneráveis ao contágio. Nesse caso, a vacina aumenta de 50% para 86% a cobertura. A proteção de pessoas não vacinadas que sofrem acidentes com materiais contaminados, que têm relação sexual com portador crônico do VHB ou contato com pacientes da hepatite A é feita com o uso de gamaglobulina (para o VHA) e imunoglobulina (para o VHB) após a exposição ao vírus. Os cuidados para evitar a hepatite B e a C são os mesmos adotados para a Aids: uso de preservativo nas relações sexuais e de seringas e agulhas descartáveis. As crianças nascidas de mães portadoras crônicas do VHB devem ser vacinadas e receber a imunoglobulina imediatamente após o parto, para evitar a transmissão.
Na fase aguda, o tratamento consiste em repouso absoluto e dieta sem gordura. As bebidas alcoólicas são proibidas por um ano. Nas fases crônicas, os doentes são tratados com o interferon-alfa, droga que atua como antiviral e fortalece o sistema imunológico. O tratamento é longo, caro e há melhora em 25% a 40% dos casos. Estão sendo realizadas pesquisas que associam outras drogas antivirais ao interferon, como a ribavirina para a hepatite C e a lamivudina para a B.
Em 2001, os médicos passam a usar o peg-interferon, que é bem tolerado pelo organismo e pode ser aplicado apenas uma vez por semana. Atualmente, os outros medicamentos à base de interferon, disponíveis para o tratamento das hepatites B e C, apresentam efeitos colaterais e precisam ser empregados três vezes por semana.
www.klimanaturali.org
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