Saúde no Mundo

Saúde no Mundo

Saúde no MundoOs avanços na medicina e o crescente acesso a recursos básicos, como água tratada e redes de esgoto, aumentaram a expectativa de vida no planeta. Mas as disparidades regionais ainda são imensas. A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que um terço da população mundial não tem acesso a medicamentos essenciais para o tratamento das principais doenças. A grande maioria mora nos países em desenvolvimento. Nessas regiões, as principais causas de morte são as doenças infecciosas, como Aids, tuberculose, malária e diarreia. Nos países industrializados, as causas de morte são outras. Neles, vida sedentária, consumo elevado de álcool, obesidade e tabagismo transformam as doenças cardiovasculares e o câncer nos principais fatores de óbito. Em conjunto, as doenças respondem por 91% das mortes no mundo.

Crianças - No período entre 2000 e 2011, estima-se que de cada mil crianças nascidas vivas todo ano, 75 irão morrer antes de completar 5 anos. Cinco anos antes, a relação era de 81 por mil. Há ainda enormes disparidades regionais. Enquanto nos países desenvolvidos a taxa é de 10 óbitos para mil nascimentos, nos países em desenvolvimento é de 89 mortes por mil nascidos vivos. Pneumonia, diarreia, sarampo e malária são algumas das principais causas da mortalidade infantil, além dos problemas relacionados com a gestação ou o parto, como tétano neonatal, septicemia e Aids. A desnutrição é considerada o principal fator de risco das doenças contraídas por crianças. A maioria das mortes de crianças poderia ser evitada com medidas simples, como planejamento familiar, acompanhamento de pré-natal, melhoria da alimentação e vacinação. A redução de dois terços da mortalidade infantil entre 1990 e 2015 é uma das Metas do Milênio da ONU. Porém, de acordo com as estimativas, apenas a região da América Latina e do Caribe deve atingir a meta proposta.

Mulher - As complicações decorrentes da gravidez são a principal causa de morte entre as mulheres em idade reprodutiva nos países em desenvolvimento. São cerca de 530 mil mortes anuais. Cerca de 80% da mortalidade materna decorre diretamente de complicações da gravidez ou do parto. Outros 20% são devido a causas como anemia, malária, hepatite e Aids, agravadas pela gestação. De acordo com a OMS, os fatores responsáveis pela alta mortalidade materna são a demora na busca por atendimento, a dificuldade no acesso aos centros médicos e a própria qualidade dos serviços de saúde. A redução da mortalidade materna é uma das Metas do Milênio estabelecidas pela ONU. O objetivo é reduzi-la em três quartos entre 1990 e 2015. Entretanto, estima-se que nenhuma região do mundo consiga atingir a meta proposta.

A eclâmpsia, hipertensão específica da gravidez, é a principal causa de morte materna no país. Em seguida aparecem as infecções que ocorrem após o parto ou o aborto e as hemorragias. Por causa do grande número de mortes não-notificadas no país, especialistas acreditam que para cada caso de óbito materno exista outro não registrado.

Aborto - A interrupção voluntária da gravidez é responsável por 13% da mortalidade materna no mundo. Cerca de 50 milhões de abortos são realizados todos os anos – 20 milhões dos quais em condições precárias. Falta de informação ou de recursos para evitar a gravidez, estupro ou mudança na situação do casal após a concepção são alguns dos fatores que levam as mulheres a recorrer ao aborto. Em mais de 60% dos países existem leis que garantem sua prática. A legislação brasileira permite a interrupção da gravidez somente em caso de estupro ou risco de vida para a gestante, e a taxa de abortos feitos legalmente não chega a 1% do total – estima-se que seja realizado cerca de 1 milhão de abortos clandestinos por ano. A grande maioria dessas intervenções ocorre em clínicas que não oferecem condições adequadas, o que coloca em risco a saúde da mulher.

Saúde Mental - A OMS estima que cerca de 25% da população mundial sofra de algum tipo de desordem neurológica ou psíquica em algum momento da vida. Na origem dessas doenças, há fatores de natureza biológica, social e psicológica. Embora as doenças neuropsiquiátricas estejam entre as principais causas de invalidez, os gastos com tratamentos são proporcionalmente pequenos. Os principais distúrbios neurológicos ou psíquicos são a depressão, a dependência do álcool e das drogas, a epilepsia, a esquizofrenia e o Alzheimer. A depressão, doença psíquica mais comum, está associada a 80% dos casos de suicídio no mundo. Em 2011, 1,2 milhão pessoas tiraram a própria vida. Esse número é maior do que o de mortes por violência ou guerra.

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