Revolução Gloriosa na Inglaterra (1688)

Uma rebelião na Escócia, em 1640, faz com que Charles I convoque novamente o Parlamento, que se recusa a votar recursos para reprimir o movimento. O resultado é uma guerra civil entre as forças monárquicas – os chamados cavaleiros –, e os defensores do Parlamento, liderados por Oliver Cromwell, denominados cabeças redondas.
O exército de Cromwell vence as tropas do rei na Batalha de Naseby, em 1645, obrigando Charles I a refugiar-se na Escócia. A vitória de Cromwell leva à proclamação da República em 1649 e à execução do rei. Durante a chamada República Puritana, sob o governo de Cromwell, é suprimida a Câmara de Lordes. Em 1651 são promulgados os Atos de Navegação, pelos quais fica estabelecido que todas as mercadorias importadas deveriam ir para a Inglaterra em navios ingleses ou em navios de seus países de origem. A partir de 1653, Cromwell dissolve o Parlamento e exerce uma ditadura pessoal até sua morte, em 1658. Ricardo, seu filho e sucessor, não consegue manter a República unida e abdica em favor dos chefes militares, abrindo caminho para a restauração monárquica.
O Parlamento inglês, reconvocado em 1660, proclama Charles II, da família Stuart, o novo rei. O monarca passa a seguir o modelo francês de absolutismo, inicia a perseguição aos puritanos e restaura a supremacia da Igreja Anglicana. Seu sucessor, Jaime II, sobe ao trono em 1685. Católico, o novo rei tenta tornar seu credo a religião oficial da Inglaterra, indicando seus partidários para importantes cargos públicos. O nascimento de um herdeiro masculino do rei inquieta o Parlamento, que vê nele a ameaça de consolidação de uma dinastia católica na Inglaterra.
O Parlamento decide então depor o rei, oferecendo a Coroa a Guilherme de Orange, holandês, casado com a filha protestante do primeiro casamento de Jaime II. A ida de Guilherme com seus exércitos para a Inglaterra, em 1688, provoca a fuga de Jaime II para a França. Esse conflito sem batalhas é chamado de Revolução Gloriosa, ou Revolução sem Sangue. Guilherme de Orange torna-se rei da Inglaterra com o nome de Guilherme III, depois de assinar a Bill of Rights (Declaração de Direitos), em 16 de dezembro de 1689, que institui o governo parlamentar inglês. Na declaração estão os limites de atuação do monarca. Ele é obrigado a submeter ao Parlamento a aprovação de qualquer aumento de impostos e deve garantir a liberdade de imprensa, a liberdade individual e da propriedade privada. O anglicanismo é confirmado como religião oficial e toleram-se todos os credos, menos o católico. O ministério, além disso, deve observar uma alternância entre a nobreza latifundiária e a burguesia urbana. Dessa forma, a monarquia absoluta inglesa é substituída pela monarquia constitucional.
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