Absorção, em Química, Física e Biologia

Absorção, em Química, Física e Biologia

Absorção, em Química, Física e BiologiaUma esponja imersa em água aumenta de peso, um objeto exposto à luz solar registra elevação de temperatura e uma quantidade de sal diluída em água confere sabor aos alimentos cozidos na mistura. Essas alterações se devem ao fenômeno da absorção, que se verifica em processos físicos e biológicos.

De modo geral a absorção consiste na atração exercida por uma substância sobre outra substância ou energia, seguida de retenção. Em química, as reações por meio das quais duas substâncias se combinam são exemplos de absorção. Na física, a passagem de um feixe luminoso através de um corpo provoca absorção de parte da energia luminosa pelo corpo. Os aparelhos digestivo e respiratório dos seres vivos têm por função a absorção de nutrientes extraídos do mundo exterior.

Absorção de energia - O processo de transferência energética ocorre quando uma onda luminosa ou eletromagnética atravessa um corpo. A magnitude da absorção depende das características físico-químicas do corpo absorvente e de sua espessura. No caso das radiações luminosas, os corpos que absorvem a maior parte da luz que sobre eles incide chamam-se opacos, enquanto os que se deixam atravessar sem que ocorra absorção alguma, recebem o nome de transparentes. O conceito teórico de corpo negro refere-se ao material capaz de absorver toda a radiação luminosa que sobre ele incide. As substâncias absorvem, seletivamente, apenas radiações de determinados comprimentos de onda. Assim, o vidro verde é transparente à luz verde e opaco à luz azul ou vermelha. Nesse princípio é que se baseiam os filtros ópticos.

Absorção biológica - Nos seres vivos, a absorção ocorre principalmente nos processos de assimilação de nutrientes. A matéria que constitui os organismos vivos é delimitada por paredes cuja função é evitar que eles se misturem livremente com o ambiente. Nenhum ser vivo, no entanto, pode manter-se ativo sem trocar substâncias com o meio circundante. Esses dois imperativos se satisfazem pela interferência de membranas absorventes seletivas, que permitem a passagem das substâncias adequadas, e dos órgãos excretores, que provocam a eliminação dos elementos desnecessários ou prejudiciais.

Os seres aquáticos mais simples absorvem água e nutrientes através da superfície de todo o corpo. Organismos mais complexos possuem zonas absorventes, formadas por membranas geralmente protegidas por cavidades ou canais. Nos vertebrados e na maioria dos invertebrados existem dois tipos de membranas absorventes: as que revestem o intestino e absorvem os alimentos digeridos e as que envolvem os alvéolos pulmonares ou branquiais, pelas quais o oxigênio é absorvido. Essa divisão de trabalho determinou a especialização evolutiva dos aparelhos digestivo e respiratório.

O oxigênio se encontra na atmosfera em condições de ser absorvido sem transformações. Por esse motivo, as células que constituem as paredes dos alvéolos são muito mais simples do que as do revestimento do intestino, adequadas à absorção de substâncias alimentares. Os nutrientes introduzidos no organismo devem sofrer um processo químico preparatório e para sua absorção requerem células dotadas de uma membrana externa diferenciada. Os tecidos do intestino assim constituídos formam uma superfície absorvente denominada planura estriada.

Nas plantas terrestres, o ar entra através de minúsculos orifícios, os estômatos, na superfície das folhas, e o oxigênio é absorvido pelo parênquima clorofiliano. Esse conjunto desempenha um papel equivalente ao dos pulmões. A água e os sais minerais do solo são retirados por pêlos absorventes existentes nas raízes, sendo seu papel comparável ao do revestimento do intestino dos animais superiores.

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