Amnésia, Deficiência ou Perda Absoluta da Memória

Amnésia, Deficiência ou Perda Absoluta da Memória

#Amnésia, Deficiência ou Perda Absoluta da MemóriaA diferenciação entre amnésia, isto é, a deficiência ou a perda absoluta da memória, e o esquecimento, que constitui um processo fisiológico habitual, é determinada pela presença de um transtorno de caráter patológico nem sempre fácil de identificar.

Os quatro elementos fundamentais do esquema da memória são a fixação, a retenção, a evocação e o reconhecimento das lembranças. Mas a estrutura psíquica do organismo também dispõe de mecanismos por meio dos quais o homem se desvincula de seu passado.

Não são raros, por exemplo, os breves episódios de perda de memória os quais, segundo os modernos conhecimentos sobre os mecanismos que regem esse tipo de processo e a atividade dos centros cerebrais, se devem a etapas transitórias em que se registram carências de irrigação cerebral. Tais manifestações desaparecem espontaneamente e, embora em sentido estrito constituam uma síndrome orgânica, não costumam ser consideradas como estados mórbidos.

O fator desencadeador dos processos amnésicos pode obedecer a causas múltiplas, tanto psíquicas quanto orgânicas. As mais comuns são as lesões cerebrais, a senilidade, o abuso do consumo de álcool e fármacos e os transtornos nervosos.

No que se refere a sua evolução, a amnésia pode apresentar duas modalidades: a anterógrada, que se produz quando se perde a memória dos fatos ocorridos depois da primeira manifestação do processo, e a retrógrada, na qual o doente não recorda nem mesmo os acontecimentos anteriores ao início da enfermidade.

Quanto à detecção, os casos de amnésia de caráter orgânico apresentam inconvenientes menores se comparados com os de natureza afetiva (psíquica), embora, muitas vezes, o tratamento de uns e de outros alcance grau semelhante de complexidade. Os primeiros apresentam uma característica de grande significação, que consiste na perda da lembrança de fatos muito recentes, enquanto se conserva uma recordação nítida de ocorrências muito mais antigas. Esse esquema define, com especial precisão, os casos de amnésia degenerativa que afetam as pessoas de idade avançada. As manifestações de natureza afetiva, ao contrário, apresentam como traço característico uma acentuada seletividade: seu efeito se concentra em experiências muito emotivas que são rejeitadas pela memória. A mais frequente dessas modalidades é a chamada amnésia histérica.

A multiplicidade de agentes causais dos processos amnésicos faz com que, além das distinções já estabelecidas, se registrem muitas variedades. Cada tipo se relaciona com os fatos que são o objeto da perda da memória ou com o intervalo de tempo durante o qual se produz o fenômeno. Distinguem-se, entre outras, a amnésia localizada, que abrange um determinado período cronológico; a catatímica, que se circunscreve a um só acontecimento; a lacunar, que se manifesta sobre ocorrências isoladas e separadas entre si; e as amnésias olfativa, auditiva, visual e táctil, que provocam a anulação das lembranças percebidas respectivamente pelo olfato, a audição, a vista ou o tato. Esse último grupo de doenças costuma resultar em deficiências para o órgão sensorial correspondente.

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