Barbitúrico
Barbitúrico é um composto químico orgânico sintético derivado do ácido
barbitúrico, descoberto por Adolf von Baeyer em 1864. Essa substância,
também chamada maloniluréia ou hidropirimidina, é formada pela união do
ácido malônico com a uréia, e dela são extraídos numerosos derivados de
uso terapêutico. O primeiro deles, o barbital ou veronal, foi
sintetizado em 1903. Depois sintetizaram-se cerca de 2.500 barbitúricos
hipnóticos, cinqüenta dos quais podem ter indicação terapêutica; um
número bem menor é de uso corrente.
Empregados em medicina por seus efeitos sedantes e hipnóticos e por suas propriedades anestésicas, os barbitúricos são freqüentemente associados às toxicomanias e aos suicídios, pois se utilizados de forma inadequada podem conduzir à morte.
Utilizam-se os barbitúricos em medicina por sua ação depressora do
sistema nervoso central, efeito que, de acordo com a dose e a natureza
do composto ministrado, será sedante, hipnótico ou narcótico. Podem ser
de ação prolongada, como o barbital, empregado no tratamento da
epilepsia; de ação intermediária, como o amobarbital e o aprobarbital,
cujo efeito dura de três a seis horas e é usado contra a insônia; ou de
ação curta, que são anestésicos administrados por via intravenosa.
Excetuando-se os de duração prolongada, os demais são metabolizados rapidamente pelo fígado e excretados pelos rins. Conforme a dose, a intensidade do efeito varia desde discreta hipnose até o coma profundo e a morte. Esta geralmente ocorre, quando precoce, por paralisia respiratória; quando retardada, por complicações cardíacas, choque e pneumonia. No caso da intoxicação aguda, com depressão do sistema respiratório, recomenda-se uma lavagem de estômago, para expulsão do produto, e uso de oxigênio. A intoxicação crônica, ou barbiturismo, decorrente da ingestão continuada de tais substâncias, dá causa à adicção e à síndrome de abstinência, conjunto de sintomas que se manifestam quando se deixa de proporcionar o barbitúrico ao indivíduo dependente.
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