Fissão Nuclear

A reação de fissão nuclear foi obtida, pela primeira vez, em 1939, por Otto Hahn e Fritz Strassmann, quando pretendiam sintetizar elementos transurânicos, de número atômico superior a 92.
Urânio 238, urânio 235, plutônio, tório, protactínio, bismuto, chumbo, tálio, ouro e mercúrio são elementos físseis, ou seja, se fragmentam quando atingidos por nêutrons. No bombardeamento do U-235 com nêutrons lentos (cerca de 0,03 elétron-volt de energia), produz-se a reação de fissão, em que de dois elementos, cuja massa atômica fica compreendida entre 72 e 158, obtêm-se também nêutrons secundários, que provocam novas fissões, numa reação em cadeia capaz de produzir energia da ordem de 24.000 kWh para cada grama de U-235. Essa reação pode dar-se de forma controlada, nas usinas termonucleares, ou descontrolada, como no caso da bomba atômica.
Denomina-se massa crítica a menor quantidade de material físsil capaz de
manter uma reação em cadeia. Os materiais físseis, como o urânio 235 e o
plutônio 239, têm a propriedade de, ao absorverem nêutrons,
fragmentarem-se em vários núcleos, simultaneamente, emitindo novos
nêutrons. O processo se verifica com alta produção de energia e, para
ser mantido, requer a presença de um número mínimo de átomos sob o
alcance dos nêutrons de energia compatível.
No processo de fissão, os nêutrons emitidos se classificam em imediatos, por serem produzidos em tempo muito pequeno (possivelmente inferior a 10-4 segundo), os quais constituem mais de 99% do total; e retardados, que não chegam a totalizar um por cento, emitidos com intensidade decrescente durante vários segundos. Ainda que em pequena quantidade, esses nêutrons têm influência sobre o comportamento das reações nucleares mantidas por nêutrons térmicos e por essa razão desempenham importante papel nos sistemas de controle dos reatores, baseados em processos de reação em cadeia.
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