Medicina Preventiva

Medicina Preventiva

Medicina PreventivaMedicina preventiva ou profilaxia é o conjunto de práticas destinadas a evitar o aparecimento e disseminação das doenças, em escala individual ou coletiva, e corrigir deficiências sanitárias que possam influir negativamente na saúde pública. Ao contrário da higiene, que compete a médicos e à população em geral, a medicina preventiva é função exclusiva dos médicos e agentes de saúde que atuam diretamente para garantir a boa saúde de uma pessoa ou comunidade.

Com o progresso da medicina, doenças que antes assolavam grandes áreas foram erradicadas ou controladas, o saneamento público avançou notavelmente e a detecção precoce de numerosas doenças possibilitou a intervenção rápida e eficaz para deter sua evolução. Grande parte do êxito da medicina deve-se ao desenvolvimento e à consolidação de processos clínicos preventivos.

Campos de aplicação As principais tarefas da medicina preventiva são: (1) melhoria das condições sanitárias gerais de uma população, em tudo o que diz respeito à salubridade -- saneamento de residências e lugares públicos, controle de qualidade dos alimentos etc.; (2) pesquisa e previsão de epidemias; (3) prevenção de doenças infecciosas; (4) imunização preventiva e vacinação da população. Também fazem parte da medicina preventiva a luta para impedir a propagação de parasitos; o controle das doenças degenerativas, intoxicações, toxicomanias e doenças ocasionadas pelo trabalho; o estudo da incidência de agentes contaminadores de ar, água e solo sobre a saúde coletiva; detecção das alterações genéticas e da transmissão de doenças hereditárias etc.

Áreas de estudoSão numerosos e diversos os campos da medicina preventiva. Higiene, epidemiologia, parasitologia, saúde pública, toxicologia, ecologia humana, medicina social (inclusive medicina do trabalho, rural, escolar etc.) e educação sanitária são ramos estreitamente vinculados à medicina preventiva.

O progresso da medicina preventiva acelerou-se a partir do século XIX, com os avanços da bacteriologia e da microbiologia, que isolaram microrganismos patogênicos responsáveis por doenças como raiva, tifo e tuberculose. Destacam-se também os progressos em higiene e saúde pública. Pouco a pouco, os métodos de desinfecção, assepsia e esterilização descobertos pelos bacteriologistas passaram a ser aplicados a instalações sanitárias, hospitais e lugares públicos, o que permitiu prevenir a ocorrência de epidemias e a propagação de doenças.

Ao longo do século XX, a racionalização na distribuição de recursos humanos e materiais, a melhoria dos sistemas de gestão, a ampliação da rede hospitalar e de saúde pública, a instituição da previdência social e os progressos da medicina e da assistência social configuraram, principalmente nos países industrializados, sistemas eficazes de saúde pública. Erradicaram-se assim doenças endêmicas e focos permanentes de insalubridade etc.

O diagnóstico precoce e preciso de processos patológicos infecciosos, sobretudo os de maior incidência social por suas características e tipo de propagação, como é o caso das doenças sexualmente transmissíveis, degenerativas, câncer etc., converteu-se numa das armas mais eficazes da medicina preventiva. Exames periódicos permitem, hoje, um controle sanitário e preventivo muito mais rigoroso que no passado, uma vez que os recursos técnicos da medicina são muito maiores.

A prescrição de dietas saudáveis, que ganhou importância nos países desenvolvidos, onde se arraigaram maus hábitos alimentares, é uma das áreas mais ativas da medicina preventiva, sobretudo em relação à obesidade, diabetes, hipertensão arterial, doenças vasculares etc. Também derivam em grande parte de regime alimentar inadequado os problemas que ocupam a odontologia sanitária preventiva, cuja ação é fundamental para prevenir o surgimento de cáries e outros processos patológicos que destroem os dentes e prejudicam a saúde geral do corpo.

A proteção contra doenças e acidentes de trabalho é também parte da medicina preventiva. Doenças decorrentes da inalação de matérias pulverulentas como sílica (silicose), carvão (antracose), amianto (asbestose), alumínio (aluminose), assim como pela respiração de vapores e gases tóxicos ou a intoxicação por metais (mercúrio, chumbo, arsênico, alumínio etc.), podem ser prevenidas, parcial ou totalmente, pela verificação das condições sanitárias dos locais de trabalho, pelo exame sistemático e periódico dos trabalhadores e a adoção de medidas de proteção. Deve-se também utilizar mecanismos semelhantes para prevenir de forma efetiva os acidentes, tanto de trabalho, como os que são consequência do trânsito, do trabalho doméstico etc.

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