Cirurgia Plástica

Cirurgia Plástica

Cirurgia Plástica

Cirurgia plástica é a especialidade cirúrgica que trata da correção dos defeitos físicos causados por lesão traumática ou congênita, bem como por alterações deformantes em virtude da progressão de enfermidades. Destina-se à reestruturação e reparação de tecidos superficiais danificados. A cirurgia estética, uma de suas ramificações, visa à melhoria da aparência física do paciente. Submetem-se a ela as vítimas de lesão acidental e pessoas insatisfeitas com alguma parte de seu corpo.

A cirurgia plástica, além da função reparadora dos defeitos físicos, dedica-se também a solucionar problemas relacionados à "função de aparência", de importância crescente na sociedade contemporânea.

HistóricoNo Egito e na Índia antiga já era conhecida a cirurgia plástica. O papiro de Erebs, do século XV a.C., menciona transplantes de pele. Textos sagrados indianos, dos séculos VI e V a.C., referem-se à restauração de narizes daqueles que os tiveram decepados por inimigos ou como castigo por adultério. Os médicos transplantavam o tecido muscular da face para a ferida da fossa nasal. Foi Gaspare Tagliacozzo, professor de anatomia da Universidade de Bolonha, o primeiro autor de uma obra científica sobre a cirurgia plástica, em 1597. No século XIX acelerou-se o processo de cicatrização nos transplantes de pele com o uso de pele de espessura total.

Na primeira guerra mundial, devido ao acúmulo de mutilações e queimaduras, surgiram equipes de ortopedistas-dentistas-cirurgiões, que acompanhavam de modo sistemático o comportamento dos tecidos transplantados. A segunda guerra mundial forçou o surgimento de novas técnicas no tratamento de homens gravemente desfigurados em combate. O I Congresso Internacional de Cirurgia Plástica e Reparadora realizou-se em 1955 e logo depois foi fundada a International Society of Aesthetic-Plastic Surgery, associação internacional dos especialistas no ramo. No século XX, a cirurgia plástica voltou a atenção para o tratamento de queimaduras e a cirurgia maxilofacial.

Princípios e técnicasAs operações e técnicas empregadas pelos especialistas em cirurgia plástica são basicamente as mesmas utilizadas pelos outros cirurgiões. Todavia, as características singulares dessa especialidade exigem maior preocupação com as cicatrizes, que devem ser pouco perceptíveis, o que implica incisões de preferência em local não visível e costuras cirúrgicas ou suturas delicadas.

O fundamento da cirurgia plástica é o implante ou enxerto de materiais obtidos de tecidos vivos de pele, cartilagem, mucosa ou osso para reparação ou substituição da parte danificada, ou daquela que se deseja extirpar por razões estéticas. O reimplante deve ser realizado com materiais afins ao tecido primário para que permaneça vivo. É conveniente que o doador seja o próprio paciente, caso em que a técnica recebe o nome de auto-enxerto ou enxerto autógeno. Em caso de necessidade, é substituída pelo homo-enxerto ou enxerto homógeno, cujo sucesso depende do máximo grau de afinidade biológica entre doador e receptor.

Em lesões como amputações traumáticas ou queimaduras, em que regiões extensas são afetadas, recorre-se a enxertos dérmicos ou epidérmicos com material retirado das costas ou dos músculos, locais dos quais se pode retirar tecido sem maiores danos. No entanto, em caso de reconstituição de órgãos que possuem forma, relevo e textura definidos, não basta apenas repor o tecido cutâneo. Em operações como as reparações de nariz, pavilhão auditivo, lábio etc., empregam-se colágenos, massas de tecido constituídas em geral de células epidérmicas e subcutâneas que mantêm o pedículo nutriente e que são aplicadas a uma zona lesada adjacente. Nas últimas décadas do século XX tornou-se comum também a lipoaspiração, processo pelo qual a gordura subcutânea é aspirada por meio de uma cânula ligada a bomba de sucção.

Indicações de cirurgia plástica Entre os processos patológicos submetidos com maior frequência à cirurgia plástica cabe assinalar malformações congênitas, queimaduras, sequelas da extirpação de tumores malignos e consequências de vários tipos de traumatismo. São comuns as reparações das fissuras congênitas do lábio (lábio leporino), do palato (goela-de-lobo), assim como reconstruções de ossos da face, mandíbula, couro cabeludo, caixa craniana etc., danificados por traumatismo.

No âmbito da cirurgia estética também é elevada a incidência das intervenções para estiramento da pele e para modificações do nariz, mama, abdome etc. Na pele, as intervenções plásticas mais habituais destinam-se à reconstituição de tecido queimado. As cirurgias mais frequentes nas extremidades são as relacionadas à reparação de lesões congênitas, ou de alterações deformantes produzidas por processos como artrite reumatoide. Tronco e órgãos genitais são objeto de cirurgia plástica em casos como lipectomia ou excisão de tecido adiposo dos quadris e correção de deformações penianas ou vaginais.

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