Branqueamento, Processo Químico Pelo Qual Elimina a Cor Natural das Fibras Têxteis

Branqueamento, Processo Químico Pelo Qual Elimina a Cor Natural das Fibras Têxteis

#Branqueamento, Processo Químico Pelo Qual Elimina a Cor Natural das Fibras Têxteis

Branqueamento é o processo químico pelo qual elimina-se a cor natural das fibras têxteis ou de qualquer outro material, para alvejá-los. Antes de serem tingidos, é preciso eliminar as impurezas que contenham, como gorduras, gomas e pó. Até a metade do século XVIII o branqueamento do linho cru demorava seis meses. Em 1785, o químico francês Claude-Louis Berthollet reduziu esse tempo a poucas semanas. Quatorze anos depois, o escocês Charles Tennant passou a usar o cloridrato de cal (mais conhecido como hipoclorito de cálcio), que, muito mais fácil de utilizar, até hoje é um dos mais importantes agentes branqueadores.

Os egípcios e fenícios envolviam as múmias com linho branco como a neve. Crê-se que esse branqueamento era feito estendendo-se os tecidos úmidos sobre a grama de coradouros, molhando-os frequentemente.

O branco ideal apresenta um grau de reflexão  igual a um, correspondente a uma reflexão total da radiação visível. O branco de uma superfície de neve corresponde a 0,8. No alvejamento dos têxteis de algodão consegue-se um valor bem próximo desse.

Para descolorir papel, algodão, cânhamo e outros materiais usa-se o cloridrato de cal. Para branquear penas de ave, palha ou juta, emprega-se água oxigenada, peróxido de sódio ou permanganato de potássio. Alguns alimentos, como a farinha e o açúcar, também costumam ser branqueados, para adquirirem melhor aparência.

Para alvejamento das fibras celulósicas são bastante utilizados os alvejantes não clorados, destacando-se a água oxigenada. As fibras proteicas (lã e seda) em geral são alvejadas por agentes não clorados ou por redutores. O alvejamento pode se feito com anidrido sulfuroso, peróxido de sódio ou permanganato de potássio.

Os principais alvejantes das fibras sintéticas são o hidrossulfito de sódio e formaldeído-sulfoxilato, o hipoclorito de cálcio ou de sódio, a água oxigenada ou peróxidos, o clorito de sódio e perderivados (ácido peracético, persulfatos, percloratos e permanganatos). Para o branqueamento de fibras poliamídicas, os alvejantes mais utilizados são o clorito de sódio em presença do ácido acético ou fórmico entre 80 e 98o C, o permanganato de potássio em ácido sulfúrico a 35o C e, após a lavagem, um outro banho com ácidos sulfúrico e oxálico a 75o C. Para alvejar o poliéster usam-se o clorito de sódio e o ácido fosfórico, entre 70 e 100o C.

O alvejamento óptico é um efeito provocado por produtos que têm a capacidade de refletir, por fluorescência, maior quantidade de luz visível. À diferença dos alvejantes químicos, os ópticos têm afinidade pelas fibras, fixando-se a elas por meio de forças de interação molecular.

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