Desenvolvimento da Engenharia de Sistemas

Engenharia de Sistemas, Desenvolvimento da Engenharia de Sistemas

engenharia de sistemasEngenharia de sistemas é uma técnica que combina elementos das diferentes especialidades da engenharia e de outras ciências com a finalidade de aplicar inovações tecnológicas ao planejamento e à integração das etapas de um sistema. Opera de maneira semelhante à engenharia de produção mas, enquanto esta se ocupa basicamente de administrar recursos dados, a engenharia de sistemas está mais voltada para a determinação de quais sejam esses recursos. Aplica métodos científicos a problemas organizacionais relativos ao planejamento e à programação de novas funções, frequentemente com a inserção de tecnologias recentemente descobertas. Assim, é por meio da engenharia de sistemas que as novas máquinas e métodos passam a ser usados num sistema de produção.

A divisão técnica do trabalho, que se aprofunda à medida que os produtos industriais se tornam mais complexos, obrigou as grandes empresas a buscar formas de integrar as diferentes etapas do processo de produção, o que levou à engenharia de sistemas.

Em geral, os engenheiros de sistemas têm formação em eletrônica, informática ou telecomunicações e usam bastante a tecnologia dessas áreas, com as quais, no entanto, a engenharia de sistemas não deve ser confundida. Sendo não propriamente uma especialização da engenharia, mas um ponto de vista ou método de abordagem, a engenharia de sistemas não se identifica com nenhuma área específica. Sua natureza é interdisciplinar, com técnicas e conhecimentos teóricos de vários campos.

Desenvolvimento da engenharia de sistemas

O estudo dos sistemas pode ser visto como uma simples extensão da metodologia científica. É procedimento corrente em todas as ciências listar os fatores que incidem sobre certo processo e selecionar dessa relação aqueles que se mostram críticos. O modelo matemático, o mais elementar instrumento da engenharia de sistemas, é usado por toda disciplina cujo objeto seja passível de quantificação. Nesse sentido, portanto, o estudo dos sistemas é tão antigo quanto o método científico.

Na história recente, encontram-se antecedentes do estudo dos sistemas especialmente em duas áreas: nas telecomunicações, particularmente no que se refere à telefonia comercial, em que a engenharia de sistemas apareceu pela primeira vez como disciplina; e a pesquisa militar, que, durante a segunda guerra mundial, dedicou-se a buscar formas mais eficazes de empregar equipamentos militares. Depois da guerra, os resultados encontraram aplicação também em projetos civis. Um marco importante para a evolução da engenharia de sistemas foi a introdução da programação linear, em 1947.

Em 1957 publicou-se o primeiro tratado geral de engenharia de sistemas, a que se seguiram numerosas publicações que definiram os limites da nova disciplina científica. Posteriormente, desenvolveram-se métodos que combinavam a engenharia de sistemas e a gestão financeira, com o intuito de obter técnicas de planejamento, programação e orçamento para operações nessa área.

Instrumentos e procedimentos

O instrumento básico de trabalho da engenharia de sistemas é o fluxograma, gráfico que consiste numa série de retângulos, que representam componentes ou subsistemas de um sistema, ligados por setas que indicam como os subsistemas interagem. Essa representação, muito útil no início de um estudo, é essencialmente qualitativa. Assim, o passo seguinte consiste em construir um modelo matemático, conjunto de equações ou, simplesmente, quadros e curvas que descrevem as interações no interior do sistema em termos quantitativos. O modelo matemático não deve obrigatoriamente fornecer dados exatos, mas sempre apresenta a vantagem de oferecer uma expressão linear de situações não-lineares.

As disciplinas de apoio à engenharia de sistemas são, principalmente, a teoria da probabilidade, a estatística, a teoria da informação, a cibernética, a econometria, a dinâmica de grupo e a teoria da comunicação. Habitualmente, os procedimentos da engenharia de sistemas classificam-se em cinco etapas: a exploração de objetivos, o exame de outros sistemas possíveis, a coleta dos dados, a organização das equipes de trabalho, e a fase de revisão e implementação.

Aplicações

Entre os projetos em que mais frequentemente se aplicou a engenharia de sistemas em seus primórdios citam-se os programas de fabricação de mísseis, de análise de radiofrequências na atmosfera e no espaço, e os sistemas de apoio às decisões governamentais. Dada sua utilidade para enfrentar questões nas quais intervêm fatores procedentes de campos diversos de conhecimento, a engenharia de sistemas é também especialmente aplicável à resolução de problemas econômicos.

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