Sinfonias do Acaso | João da Cruz e Sousa

"Musselinosas, como brumas diurnas,
descem do Ocaso as sombras harmoniosas,
sombras veladas e musselinosas
para as profundas solidões noturnas.
Sacrários virgens, sacrossantas urnas,
os céus resplendem de sidéreas rosas
da Lua e das Estrelas majestosas
iluminando a escuridão das furnas.
Ah! por estes sinfônicos ocasos
a terra exala aromas de áureos vasos,
incensos de turíbulos divinos.
Os plenilúricos mórbidos vaporam...
E como que no Azul plangem e choram
cítaras, harpas, bandolins e violinos."
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