O Galo e a Raposa | Esopo

O Galo e a Raposa | Esopo

O Galo e a Raposa | Esopo(Circa 550 a.C. Grécia)
As fábulas de antigamente pertencem à infância do conto. Ao dar voz aos animais, e finalizar com uma "moral do história", elas tinham um inegável valor didático (ou de auto-ajuda da épocci?). E o mar era quase sempre um desdobramento inevitável, ou um componente intrínseco da grande sabedoria popular que estas histórias mínimas encerram. O que talvez explique a permanência das fábulas de Esopo como um patrimônio do humanidade.

Na copa de uma elevada azinheira, um Galo dava ao vento seus cantares, como quem pede divertimento e um momento de conversa. Certa Raposa faminta, que não tinha inconveniente em almoçar carne com penas, chegou rapidamente ao local do concerto. Mas notando que o cantor estava num ponto alto demais, onde ela não poderia subir, disse-lhe assim:

- Por que não desces para junto de mim, meu amigo? Trago-te boas notícias. Não lestes a última proclama, a que estabelece a paz e a concórdia entre as bestas e as aves? Acabou-se o tempo de nos caçar e nos devorar mutuamente: só o amor e a harmonia presidem agora os destinos do mundo. Desce, portanto, e falaremos de coisas tão gratas a nós.

O Galo, como quem não quer nada, quis antes de descer colocar a Raposa em prova, e por isso disse a ela:

- Vou, amiga, vou, sim; mas espera só que cheguem aqui aqueles dois cachorros que estão correndo na nossa direção.

Ao ouvir isso, a Raposa respondeu:

- Sinto muito por não poder esperar. Preciso seguir em frente!

- Mas por que vais tão cedo assim? - disse o Galo. - Por acaso está com medo dos cachorros? Mas não existe paz agora entre todos nós?

- Sim, mas acho que esses cachorros que estão vindo para cá não leram as proclamas.

E foi acabar de falar e a Raposa desapareceu sem mais delongas.

É preciso viver sempre prevenido. Nossos inimigos muitas vezes vâo querer nos enganar com palavras enganosas.

www.megatimes.com.br
www.klimanaturali.org
lumepa.blogspot.com
Postagem Anterior Próxima Postagem