Butão | Aspectos Geográficos e Socioeconômicos do Reino do Butão
Geografia: Área: 47.000 km². Hora local: +8h30. Clima: de montanha. Capital: Timfu. Cidades: Timfu (45.000), Phuntsholing (45.000).
População: 658 mil; nacionalidade: butanesa; composição: butaneses 60%, nepaleses 25%, charchopes 15%. Idioma: zoncá (oficial). Religião: budismo 74%, hinduísmo 20,5%, crenças tradicionais 3,8%, outras 1,5%, sem religião 0,2%.
Relações Exteriores: Organizações: Banco Mundial, FMI, ONU. Embaixada: Missão Permanente do Butão junto às Nações Unidas. 2, United Nations Plaza, 27th Floor, New York, NY 10017, EUA; e-mail: bhutan@un.int.
Governo - Monarquia. Div. administrativa: 20 distritos. Chefe de Estado: rei Jigme Singye Wangchuk (desde 1972, coroado em 1974). Primeiro-ministro: Lyonpo Yeshey Zimba (desde 2004; cargo rotativo com mandato de um ano no Conselho de Ministros). Partidos: não há. Legislativo: unicameral – Assembleia Nacional, com 150 membros. Constituição: não há.
Situado na cordilheira do Himalaia, entre a China e a Índia, o Butão mantém, no decorrer dos séculos, grande isolamento. Até 1974 esteve fechado aos estrangeiros, e a entrada de turistas ainda é controlada de forma rigorosa. Isso contribui para a preservação do meio ambiente. O primeiro canal de TV é inaugurado em 1999, juntamente com o acesso à internet. O telefone celular chega em 2003. A agricultura, essencialmente de subsistência, emprega a maioria da população. A Índia acolhe mais de 90% das exportações do país, em particular de eletricidade, pois o Butão consome apenas pequena parte da energia elétrica que produz. A religião predominante, da doutrina drukpa, é uma derivação do budismo tibetano. Em 2002, o governo lança uma proposta preliminar de Constituição. No ano seguinte, porém, o projeto é modificado e sua apresentação final foi adiada e aprovada em 2005.
História do Butão
Dominado pelos tibetanos no século XVII, o Butão passa, no século XIX, para o controle britânico, cujo domínio colonial já era sólido na Índia. A administração britânica preserva o sistema de governo butanês, uma monarquia teocrática em que o poder é exercido pela seita budista drukpa. Em 1907, esse sistema é substituído por uma monarquia hereditária encabeçada por sir Ugyen Wangchuk. Em 1949, o país obtém a independência. O governo da Índia, porém, exerce influência oficial sobre sua defesa e relações externas até 1983, substituindo os britânicos nesse papel. Quando a China ocupa o Tibet, nos anos 1950, reivindica também o Butão, o que acirra os ânimos com a Índia. O reinado de Jigme Dorji Wangchuk, entre 1952 e 1972, introduz eleições parlamentares. O rei, entretanto, acumula o cargo de primeiro-ministro. Em 1971, a nação é admitida na Organização das Nações Unidas (ONU). Com a morte do rei, em 1972, assume o trono seu filho Jigme Singye.
Grupos internacionais de defesa dos direitos humanos condenam o Butão, em junho de 2003, por dificultar o retorno dos butaneses que se exilaram no Nepal. Em outubro, os dois países anunciam acordo para permitir a volta dos refugiados, mas até setembro de 2004 a situação não se modifica. Entre dezembro de 2003 e janeiro de 2004, o Exército ataca três grupos separatistas indianos instalados no sul do Butão. Segundo o governo, os campos rebeldes são totalmente desmantelados. Não há informação sobre mortos e feridos.
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