Chade | Aspectos Geográficos e Socioeconômicos do Chade

Chade | Aspectos Geográficos e Socioeconômicos do Chade


Geografia: Área: 1.284.000 km². Hora local: +4h. Clima: tropical (S) e árido tropical (N). Capital: Ndjamena. Cidades: Ndjamena (550.000), Mondou (300.000), Bongor (210.000), Sarh (200.000), Abéché (190.000).

População: 11 milhões; nacionalidade: chadiana; composição: saras 58%, hauçás 29%, tubus 13% (tuaregues berberes). Idiomas: árabe, francês (oficiais), línguas regionais. Religião: islamismo 59,1%, cristianismo 22,8% (protestantes 10,2%, católicos 6,6%, outros 6%), crenças tradicionais 17%, bahaísmo 1,1%, sem religião 0,1%.

Relações Exteriores: Organizações: Banco Mundial, FMI, OMC, ONU, UA. Embaixada: 2002, R Street NW, Washington D.C. 20009, EUA; e-mail: info@chadembassy.org, site na internet: www.chadembassy.org.

Governo: República com forma mista de governo. Div. administrativa: 28 departamentos. Partidos: Movimento Patriótico de Salvação (MPS), União pela Renovação e pela Democracia (URD), União Nacional pelo Desenvolvimento e pela Renovação (UNDR). Legislativo: bicameral – Assembléia Nacional, com 125 membros; Senado (até o início de 2005 não havia sido estabelecido). Constituição: 1996.

Ex-colônia francesa no centro-norte africano, o Chade situa-se na área de transição entre a África árabe, ao norte, e a negra, ao sul. Essa diversidade alimenta os conflitos internos iniciados na década de 1960. Apesar de o país abrigar reservas de ouro e petróleo, seu povo é um dos mais pobres do mundo. A maioria vive ao redor da capital, Ndjamena, e no sul, onde estão as terras cultiváveis. O Chade exporta algodão. Com o início da produção de petróleo, em 2003, prevê-se grande impulso à economia. O deserto do Saara, no norte, ocupa três quartos do território, que não tem saída para o mar.

Chade, Aspectos Geográficos e Socioeconômicos do Chade

História do Chade

A região em torno do lago Chade, ocupada desde o período neolítico, é o berço do reino Kenen. O reino se islamiza no século XII e cresce. A partir do século XVI, a região é dominada por traficantes de escravos. Em 1885, a Conferência de Berlim define as fronteiras do país e a França o ocupa em 1900. A produção de algodão, iniciada em 1930, destrói a agricultura de subsistência, o que provoca fome e pobreza na região. A luta anticolonial inicia-se após a II Guerra Mundial, com a formação do Partido Progressista do Chade (PPT). Em 1960, o país obtém a independência e François Tombalbaye, do PPT, torna-se o primeiro presidente. Os habitantes do norte rebelam-se contra seu autoritarismo e, em 1966, organizam a Frente de Libertação Nacional (Frolinat), iniciando a guerrilha. Tombalbaye é assassinado em 1975, em um golpe liderado por Félix Malloum, com o apoio da França. Goukouni Oueddei lidera a Frolinat, com ajuda da Líbia.
Bandeira do ChadeGuerra civil - Em 1978, temendo o avanço de Oueddei, Malloum instala Hissène Habré, líder de uma das facções da Frolinat, no cargo de primeiro-ministro. No ano seguinte, o presidente renuncia. Grupos guerrilheiros unem-se no Governo Provisório de Unidade Nacional, liderado por Oueddei. Em 1980, desavenças entre os grupos conduzem o país à guerra civil. As forças de Habré, baseadas no sul, têm o auxílio da França. As de Oueddei, no norte, recebem o apoio da Líbia. Em 1985, Habré derrota Oueddei e toma o poder.

Governo de transição - Com o apoio dos franceses, o coronel Idriss Deby, líder do Movimento Patriótico de Salvação (MPS), depõe Habré, em 1990, e institui um governo de transição. Em 1994, a faixa de Aozou, ocupada pela Líbia, é restituída por decisão da Corte Internacional de Justiça, em Haia. Governo e forças beligerantes acertam um cessar-fogo, em 1996. No mesmo ano, Deby vence as eleições presidenciais, com 47% dos votos. Em 1998, surge o Movimento pela Democracia e Justiça no Chade (MDJT), grupo armado no norte do país.

Em 2002, o governo assina o primeiro acordo de paz com o MDJT, rompido meses depois. Nas eleições, o partido governista MPS conquista 110 das 155 cadeiras do Parlamento. No fim de 2003, o MDJT firma novo acordo com o governo. O entendimento é rejeitado por parte do MDJT, que forma com grupos armados a União das Forças por Mudanças, para derrubar o governo. Sob protesto da oposição, o Parlamento aprova, em 2004, uma emenda que permite ao presidente Deby concorrer, em 2006, ao terceiro mandato.

Ndjamena, Capital do Chade
Ndjamena, Capital do Chade
Crise em Darfur - Em 2004, 200 mil refugiados entram no Chade fugindo do massacre na região fronteiriça de Darfur, no Sudão. O Exército combate milícias sudanesas que invadem o país. Tropas franceses reforçam a segurança na fronteira.

Chade começa a produzir petróleo

Em outubro de 2003, o presidente Idriss Deby dá início à produção de petróleo no Chade, com a inauguração do oleoduto de 1.050 quilômetros que liga a bacia petrolífera de Doba, no sul do país, ao porto marítimo de Kribi, em Camarões. Estima-se que em 25 anos 900 milhões de barris sejam exportados por ali.As reservas de petróleo são conhecidas desde a década de 1970, mas a guerra civil não permitia sua exploração. O Banco Mundial apoiou o projeto, com a participação de multinacionais do petróleo, como ExxonMobil, ChevronTexaco e Petronas. Os ganhos anuais do Chade estão previstos em 200 milhões de dólares, mais de 10% do Produto Interno Bruto. Pelo acordo com o Banco Mundial, 70% da receita tem de ir para saúde, educação, infra-estrutura e agricultura do país.

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