Costa do Marfim | Aspectos Geográficos e Socioeconômicos da Costa do Marfim
Geografia: Área: 322.463 km². Hora local: +3h. Clima: subequatorial de floresta (S), tropical úmido (NO), tropical seco (NE - savana e floresta clara). Capitais: Abidjan (sede do governo), Yamoussoukro (administrativa). Cidades: Abidjan (3.000.000), Bouaké (492.600), Yamoussoukro (390.000), Daloa (195.100), Korhogo (160.000).
Populacão: 20 milhões; nacionalidade: marfinense; composição: bauleses 23%, betes 18%, senufus 15%, mandingas 11%, outros 33%. Idiomas: francês (oficial), diula, baulê. Religião: crenças tradicionais 37,6%, cristianismo 31,8% (católicos 14,8%, independentes 9,3%, outros 7,7%), islamismo 30,1%, sem religião 0,3%, outras 0,3%.
Relações Exteriores: Organizações: Banco Mundial, FMI, OMC, ONU, UA. Embaixada: Tel. (61) 321-4656, fax (61) 321-1306 – Brasília (DF); site na internet: www.embaixadadacostadomarfim.org.br.
Governo: República presidencialista. Div. administrativa: 19 regiões subdivididas em departamentos. Partidos: Frente Popular Marfinense (FPI), Democrático da Costa do Marfim (PDCI), União dos Republicanos (RDR), Marfinense dos Trabalhadores (PIT). Legislativo: Assembleia Nacional, com 225 membros. Constituição: 2000.
O nome da Costa do Marfim, nação no oeste da África, é uma referência ao grande número de elefantes que existia na região. Hoje, eles podem ser vistos no Parque Nacional Comoé, patrimônio natural da humanidade. Convivem no território marfinense mais de 60 grupos étnicos, de maioria religiosa animista. A capital administrativa, Yamoussoukro, diferencia-se da maioria das cidades africanas pela moderna arquitetura. A Costa do Marfim tornou-se uma das nações mais prósperas do oeste africano graças à agricultura, sobretudo café e cacau – fruta da qual o país é o maior produtor mundial. A indústria alimentícia e a têxtil, bem como a exploração de petróleo e gás natural, estão em crescimento. Com relativa estabilidade política nas últimas décadas, a Costa do Marfim entra em guerra civil em setembro de 2002. Negociações de paz levam a um acordo em 2003.
Os portugueses são os primeiros europeus a chegar à região, no século XVI, inaugurando o comércio de marfim. No século XVII surgem pequenos Estados, entre os quais se destaca o dos bauleses. Nessa época, os franceses instalam entrepostos comerciais na região. Vários reinos, temendo a expansão baulesa, colocam-se sob a proteção da França. Isso facilita o domínio da região, que em 1893 se torna protetorado francês. Inicia-se a exploração de cacau, café e produtos da floresta.
Independência - Em 1946, começa o processo de emancipação com a fundação da União Democrática Africana (RDA), o primeiro partido anticolonial do continente, liderado por Félix Houphouët-Boigny. A independência ocorre em 1960, fruto de negociações entre a França e Houphouët, eleito presidente, tendo a RDA como partido único. O país progride com o setor agrícola. A queda nos preços internacionais dos produtos tropicais, em 1989, traz uma grave crise. A insatisfação popular leva ao reconhecimento de novos partidos. Nas eleições de 1990, Houphouët é reeleito pela sétima vez. Com sua morte, em 1993, o cargo é ocupado pelo presidente da Assembleia Nacional, Aimé Henri Konan Bédié, que mantém o regime ditatorial. A oposição boicota o pleito presidencial de 1995, no qual Bédié obtém 95% dos votos.
Abidjan, Maior Cidade e Sede do Governo da Costa do Marfim |
Revolta popular - As eleições presidenciais ocorrem no segundo semestre de 2000, mas Guei se autoproclama vencedor ao constatar que o oposicionista Laurent Gbagbo havia ganho. O golpe desencadeia um levante popular. Com a adesão de parte do Exército aos protestos, Guei foge para o Benin e Gbagbo assume a Presidência.
Em 2002, Gbagbo comunica a entrada da RDR de Ouattara no governo. Em setembro, soldados iniciam um motim em Abidjan. O governo culpa Guei, que morre no tiroteio. O conflito se estende pelo país. Em poucas semanas, rebeldes conquistam a metade norte da nação.
Acordo de paz - Em janeiro de 2003, sob coordenação da França, o governo e os grupos rebeldes fecham acordo para formar um governo de união nacional e acabar com leis de discriminação étnica. O novo governo integra os três principais grupos armados: Movimento Patriótico da Costa do Marfim (MPCI, que controla o norte), Movimento por Justiça e Paz (MJP) e Movimento Popular Marfinês do Extremo Oeste (MPIGO). Em fevereiro de 2004, a ONU aprova uma nova força de paz para a Costa do Marfim, com 6.240 militares, recebendo o apoio de mais 4 mil soldados franceses. Os principais objetivos são monitorar o cessar-fogo, impulsionar o desarmamento e apoiar o processo de paz.
Novos conflitos - Em março, porém, uma manifestação de rua da oposição é violentamente reprimida pelo governo em Abidjan, causando mais de 120 mortes. Em consequência, os rebeldes anunciam a saída do governo de união nacional e, em junho, retomam os combates. A situação se agrava em novembro, quando aviões governamentais bombardeiam o norte do país, matando nove soldados franceses. A Força Aérea da França, então, destrói aviões e helicópteros do governo em Abidjan, provocando revolta na população, que ataca cidadãos e propriedades francesas no país. A Organização das Nações Unidas (ONU) coloca a Costa do Marfim sob embargo de armamentos. Sob forte pressão internacional, Gbagbo então impulsiona em dezembro as reformas previstas no acordo de paz. O Parlamento acaba com a exigência de que um futuro presidente tenha pais marfinenses.
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