Kuwait | Aspectos Geográficos e Socioeconômicos do Kuwait
Geografia: Área: 17.818 km². Hora local: +6h. Clima: árido subtropical. Capital: Cidade do Kuwait. Cidades: As-Salimiyah (140.000), Qalib ash Shuyukh (110.000), Hawalli (85.000), Cidade do Kuweit (40.000).
População: 2,7 milhões; nacionalidade: kuweitiana; composição: árabes kuweitianos 31,5%, outros árabes 48,5%, sul-asiáticos 9%, iranianos 4%, outros 7%. Idioma: árabe (oficial). Religião: islamismo 83%, cristianismo 12,7% (católicos 8,9%, outros 3,9%), outras 3,3%, sem religião 1,1%. Moeda: dinar kuweitiano.
Relações Exteriores: Organizações: Banco Mundial, FMI, OMC, ONU, Opep. Embaixada: Tel. (61) 248-2323, fax (61) 248-0969 – Brasília (DF); e-mail: kuwait@opendf.com.br, site na internet: www.embaixadadokuwait.org.br.
Governo: Monarquia islâmica (emirado). Div. administrativa: 6 governadorias. Chefe de Estado: emir Jaber al-Ahmad al-Sabah (desde 1977). Partidos: não há. Legislativo: unicameral – Assembléia Nacional, com 50 membros. Constituição: 1962.
Pequeno país na península Arábica, entre o Iraque e a Arábia Saudita, o Kuwait ou Kuweit tem a maior parte do território coberta por um deserto pedregoso. A população concentra-se na faixa costeira do golfo Pérsico. A nação abriga cerca de um décimo das reservas de petróleo do mundo. Nos últimos 50 anos, a exploração das imensas jazidas trouxe riqueza e atraiu estrangeiros. Hoje, a maioria da população é constituída de trabalhadores de outros países: palestinos, egípcios, jordanianos, iranianos e paquistaneses. Há ainda uma minoria de beduínos. O regime mantém forte censura sobre o rádio e a TV, e as mulheres não têm direitos políticos.
No sítio arqueológico da ilha de Faylakah, no golfo Pérsico, há sinais de povos primitivos que datam de 2500 a.C. A região permanece vinculada às civilizações mesopotâmicas durante séculos e só adquire relativa autonomia no século XVIII, com a queda do califado de Bagdá. O chefe da tribo anaiza, Sabah Abdul Rahaim, é então designado para o posto de xeque pelas tribos locais, fundando uma dinastia que ainda se mantém no poder. Para se defender dos turco-otomanos, aos quais estava nominalmente submetido, o emirado dos Al-Sabah pede proteção ao Reino Unido em 1899. Em troca, compromete-se a não ceder nem alienar terras sem a aprovação britânica.
Domínio externo - Ao fim da I Guerra Mundial, com a desagregação do Império Turco-Otomano, o país se torna protetorado britânico, assim permanecendo até 1961. As prospecções de petróleo, interrompidas durante a II Guerra Mundial, são retomadas na década de 1950, quando se constata o grande potencial petrolífero do país. A descoberta das jazidas reaviva a antiga reivindicação do Iraque de soberania sobre a região, que considera parte de seu território histórico.
Independência - Em 1961, o tratado com o Reino Unido expira, o que leva à declaração formal de independência do Kuweit. O xeque se autoproclama emir. No ano seguinte, uma Constituição cria uma Assembleia Nacional, composta de 50 membros eleitos individualmente (os partidos políticos não são permitidos). O Iraque tenta anexar o país, mas é barrado pelo desembarque de tropas britânicas. Segue-se período de grande prosperidade, graças ao capital obtido com a exploração do petróleo. O país se urbaniza e recebe imigrantes. Politicamente, no entanto, o regime continua fechado. Em 1977, sobe ao trono o emir Jaber al-Ahmad al-Sabah, que convoca eleições parlamentares em 1981. A partir de 1985, a Assembleia Nacional opõe-se a várias iniciativas do governo e em 1986 é dissolvida pelo emir.
Cidade do Kuwait |
Pós-guerra - O conflito causa a fuga de mais de meio milhão de habitantes. Há drástica redução na produção de petróleo – de 1,5 milhão de barris por dia, antes da guerra, para 600 mil diários. Os prejuízos chegam a 170 bilhões de dólares. Em 1992, sob pressão interna e externa, o emir decide convocar eleições, mas os partidos continuam proibidos e só 15% da população masculina adulta pode votar. No pleito, os oposicionistas obtêm maioria na Assembleia Nacional. Nas eleições seguintes, em 1999, os grupos de oposição ampliam a bancada, enquanto os governistas ficam com apenas 12 cadeiras, de um total de 50. Em novembro desse ano, o Parlamento rejeita nova legislação que concedia direitos políticos às mulheres.
Em janeiro de 2001, a instabilidade institucional do Kuweit – provocada pelas brigas na família real e pela falta de lideranças – leva à renúncia do governo. Um gabinete mais jovem e pró-ocidental toma posse em fevereiro. Após os atentados de 11 de setembro, o Kuweit oferece apoio aos EUA na ação militar para atacar o Afeganistão.
Novo primeiro-ministro - Vários soldados e civis norte-americanos são assassinados no país, entre o fim de 2002 e o início de 2003, em ações atribuídas à rede terrorista Al Qaeda, de Osama bin Laden. Em março de 2003, 140 mil soldados norte-americanos partem do Kuweit para iniciar a guerra contra o Iraque. Nas eleições de julho, os aliados da família real e candidatos islâmicos aumentam sua participação no Parlamento. O emir indica para primeiro-ministro seu irmão, o xeque Sabah al-Ahmad al-Jabir al-Sabah. Pela primeira vez desde a independência, desvincula-se a figura do príncipe herdeiro do cargo de premiê. Em maio de 2004, o governo aprova projeto de lei que concede às mulheres o direito de votar e de ser candidatas à Assembleia Nacional.
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