Letônia | Aspectos Geográficos e Socioeconômicos da Letônia
Geografia: Área: 64.500 km². Hora local: +5h. Clima: temperado continental. Capital: Riga. Cidades: Riga (740.000), Daugavpils (113.000), Liepaja (87.000), Jelgava (66.000), Jurmala (56.000).
População: 2,3 milhões; nacionalidade: letã; composição: letões 52%, russos 34%, bielo-russos 5%, ucranianos 3%, poloneses 2%, outros 4%. Idiomas: letão (oficial), russo. Religião: cristianismo 66,9% (protestantes 23,8%, ortodoxos 23,6%, católicos 20,8%, outros 5,1% - dupla filiação 6,4%), sem religião 26%, ateísmo 6%, outras 1%.
Relações Exteriores: Organizações: Banco Mundial, FMI, OMC, ONU, Otan, UE. Consulado Honorário: Tel. (11) 5182-8925, fax (11) 3842-3159 – São Paulo (SP); e-mail: jgrimberg@superig.com.br.
Governo: República parlamentarista. Div. administrativa: 26 distritos e 7 cidades. Partidos: Nova Era (JL), coalizão Por Direitos Humanos em uma Letônia Unida (da Harmonia Popular – TSP, Socialista Letão – LSP, entre outros), do Povo (TP), União pela Pátria e a Liberdade (TB/LNNK), Primeiro da Letônia (LPP), União de Agricultores e Verdes (ZZS). Legislativo: unicameral – Parlamento, com 100 membros. Constituição: 1922.
Banhada pelas águas geladas do mar Báltico, a Letônia tem litoral pantanoso, com dunas de areia e importantes portos pesqueiros. Riga é a maior capital das chamadas repúblicas bálticas, que compreendem também Lituânia e Estônia. No bairro histórico de Riga misturam-se edificações medievais e prédios art nouveau, declarados patrimônio da humanidade. As florestas cobrem quase metade do território, o que favorece o turismo ecológico, em especial na cidade de Sigulda, rodeada de cavernas, bosques e corredeiras. Ex-república da União Soviética (URSS), a Letônia conquista a independência em 1991. Como herança do domínio soviético, os russos constituem mais de 30% da população. Mesmo assim, o país fica fora da Comunidade dos Estados Independentes (CEI). Em 2004, a Letônia ingressa na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e na União Europeia (UE).
No II milênio a.C., tribos bálticas de língua europeia ocupam a região e dão origem ao povo letão. Este mantém estreita ligação com o Império Romano, por meio do comércio de âmbar, atividade interrompida com a invasão dos eslavos no século VII. Vikings, russos, suecos e alemães ocupam a região entre o século IX e o XII. O cristianismo é imposto pelos alemães às tribos locais, submetidas à servidão. O domínio alemão sobre o território prolonga-se por três séculos, até a extinção da Ordem dos Cavaleiros Teutônicos, em 1561. A Letônia é, então, dominada por poloneses e depois por suecos, antes de ser incorporada ao Império Russo, no século XVIII. Com a abolição da servidão, em 1817, os letões passam a reivindicar a propriedade da terra, privilégio dos aristocratas alemães, o que alimenta o nacionalismo letão.
Riga, Capital da Letônia |
Independência - Em 1987, durante as reformas do dirigente soviético Mikhail Gorbatchov, surgem em Riga as primeiras grandes manifestações contra o domínio da URSS. A Frente Popular, que reúne diversos grupos políticos, conquista em 1989 ampla vitória nas eleições legislativas com a proposta de independência, que é proclamada em 21 de agosto de 1991. Em outubro é aprovada a Lei da Cidadania, só concedida a quem já era cidadão letão antes de 1940 e a seus descendentes, o que exclui a grande maioria dos russos. Em 1993, Guntis Ulmanis é eleito presidente pelo Parlamento e se reelege em 1996. A economia enfrenta grave crise nos anos 1990, decorrente do fim da URSS. Há um início de recuperação econômica no fim da década, em virtude das novas relações com a Europa Ocidental. Mas a crise econômica russa, iniciada em 1998, faz com que o Produto Interno Bruto (PIB) cresça apenas 1,1% em 1999.
Uma mulher no poder - O Partido do Povo (TP) e o Caminho Letão (LC) são os mais votados nas eleições legislativas de 1998. Vilis Kristopans (LC) torna-se primeiro-ministro. Em 1999, o Parlamento elege Vaira Vike-Freiberga (sem partido) para presidente. Ela é a primeira mulher a assumir esse cargo em um país no Leste Europeu. Andris Shkele (TP), que já fora primeiro-ministro, torna-se novamente premiê. A Letônia é incluída no segundo grupo de nações que iniciam conversações em 2000 para a adesão à UE. Shkele renuncia em 2000, em meio a disputas em sua base de apoio, e Andris Berzins (LC) assume o cargo.
Em 2002, o Parlamento retira a proibição a russos étnicos de se candidatarem nas eleições. O objetivo é facilitar a entrada do país na Otan e na UE. Nas eleições gerais, o recém-fundado partido de centro-direita Nova Era (JL), de Einars Repse, é o mais votado, conquistando 26 das 100 cadeiras em disputa. Repse torna-se primeiro-ministro, em governo de coalizão.
Governos em crise - A presidente Vaira Vike-Freiberga é reeleita, pelo Parlamento, em junho de 2003. Em setembro, 67% dos votantes aprovam em referendo a entrada da Letônia na UE. O governo de Repse cai em fevereiro de 2004, após vários desentendimentos entre os partidos que o sustentavam. Indulis Emsis, da União de Agricultores e Verdes (ZZS), passa a chefiar novo gabinete de centro-direita, com o TP e o Partido Primeiro da Letônia (LPP). Ainda em fevereiro, milhares de habitantes russos protestam contra uma lei que obriga as escolas a ministrar pelo menos 60% do conteúdo do ensino em idioma letão. A Letônia é admitida na Otan, em março, e na UE, em maio. O governo, minoritário no Parlamento, vê sua proposta de orçamento para o país ser rejeitada em outubro. Emsis renuncia, e a presidente indica Aigars Kalvitis (TP) como novo premiê.
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