Estônia | Aspectos Geográficos e Socioeconômicos da Estônia

Estônia | Aspectos Geográficos e Socioeconômicos da Estônia


Geografia: Área: 45.100 km². Hora local: +5h. Clima: temperado continental. Capital: Tallinn. Cidades: Tallinn (397.150), Tartu (101.190), Narva (67.752), Kohtla-Järve (46.765), Pärnu (44.781).

População: 1,31 milhão; nacionalidade: estoniana; composição: estonianos 62%, russos 30%, ucranianos 3%, bielo-russos 1,8%, finlandeses 1,1%, outros 2,1%. Idiomas: estoniano (oficial), russo. Religião: cristianismo 63,5% (sem filiação 25,6%, protestantes 17,2%, ortodoxos 16,5%, outros 4,3%), sem religião 25,1%, ateísmo 10,9%, outras 0,5%.

Relações Exteriores: Organizações: Banco Mundial, FMI, OMC, ONU, Otan, UE.Consulado Geral Honorário: Tel. (11) 4667-1530, fax (11) 4667-1543 – São Paulo (SP); e-mail: jsaukas@cimcorp.com.br, site na internet: www.angelfire.com.

Governo: República com forma mista de governo. Div. Administrativa: 15 condados e 6 cidades. Partidos: de Centro Estoniano (EK), União para a República Res Publica (RP), da Reforma Estoniana (ER), União Pró-Pátria (I), União do Povo Estoniano (ERL). Legislativo: unicameral – Assembleia do Estado, com 101 membros. Constituição: 1992.

A Estônia é a menor e a mais ocidentalizada das repúblicas bálticas, assim chamadas por sua localização, na costa do mar Báltico – as outras são Letônia e Lituânia. Sua população divide com a da vizinha Finlândia a mesma origem etno-lingüística. Mais de 800 ilhas e ilhotas se espalham pelo litoral do país: as maiores são Saaremaa e Hiiumaa. O país torna-se importante centro industrial na era soviética. Com a dissolução da União Soviética (URSS), no início dos anos 1990, a Estônia obtém melhores resultados que seus vizinhos na transição ao livre mercado – em parte graças aos novos laços com Finlândia e Suécia. Nos últimos anos, políticas governamentais estimulam o acesso à internet por parte da população.

 Estônia, Aspectos Geográficos e Socioeconômicos da Estônia

História da Estônia

Bandeira da EstôniaNa Idade Média, os estonianos são dominados por diversos invasores, entre os quais os vikings e os russos. No século XIII, o território é dividido entre os dinamarqueses e os cavaleiros teutônicos (germânicos). Em 1629, a Suécia invade a região, que em 1721 é incorporada como província ao Império Russo. Durante a primeira revolução contra o czarismo na Rússia, em 1905, eclode na Estônia um levante nacionalista, duramente reprimido. Em 1920, a nação torna-se independente pela primeira vez, após breve período sob ocupação dos comunistas russos e de tropas alemãs, no fim da I Guerra Mundial. Em 1934, o líder nacionalista Konstantin Päts, no governo desde 1920, dá um golpe de Estado e estabelece uma ditadura, com o apoio da Alemanha.
Anexação à URSS - O tratado de não agressão assinado por soviéticos e alemães em 1939 abre espaço para que a URSS anexe o país, em 1940. Milhares de estonianos são deportados para a Sibéria. Em 1941, a Alemanha entra em guerra contra a URSS. A Estônia é invadida pelos nazistas, que por sua vez são expulsos pelos soviéticos em 1944. Com o fim da II Guerra Mundial, a Estônia reintegra-se à URSS e é submetida à russificação – transferência maciça de russos para o país. Em 1940, 90% de sua população era etnicamente estoniana; em 1989, esse percentual caíra para 61,5%.Nacionalismo Aspirações nacionalistas afloram com a abertura política (glasnost) do presidente soviético Mikhail Gorbatchov, a partir de 1985. Nas repúblicas bálticas da Estônia, Letônia e Lituânia, a oposição forma frentes populares que lutam pela independência. Sob pressão do movimento separatista, em 1988 o Soviete Supremo (Parlamento) da Estônia declara soberania. Em fevereiro de 1990, os nacionalistas obtêm dois terços das cadeiras nas eleições legislativas. Em maio, o Parlamento restaura os artigos da Constituição de 1938, que definiam a Estônia como Estado independente. Um plebiscito realizado em março de 1991 aprova a independência – com 78% dos votos –, reconhecida em setembro pelos soviéticos. A nação não adere à Comunidade dos Estados Independentes (CEI), criada com a extinção da URSS.

Tallinn, Capital da Estônia
Tallinn, Capital da Estônia
Russos étnicos - A Lei da Cidadania, aprovada em 1992, restringe o direito de voto a quem já era cidadão estoniano em 1940, a seus descendentes e aos raros estrangeiros com cidadania concedida. Assim, a comunidade russa e outras minorias são excluídas das eleições naquele ano. A coligação nacionalista União Pró-Pátria (I), vencedora, aprova um rigoroso Estatuto dos Estrangeiros. A Federação Russa, em contrapartida, interrompe a retirada de suas forças do país. A Estônia então ingressa, em 1994, no Programa de Parceria para a Paz, da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), etapa preliminar para a adesão à aliança militar ocidental. A mediação dos Estados Unidos (EUA) leva a Federação Russa a completar a desocupação militar da Estônia em 1995.

Eleições - Nas eleições gerais de 1995, o governo é derrotado por uma aliança liderada pelo ex-premiê Tiit Váhi, do Partido da Coalizão Estoniana. Váhi é nomeado primeiro-ministro com um programa que aprofunda as reformas econômicas e prioriza a adesão à União Européia (UE). O liberal Lennart Meri, na Presidência desde 1992, é reeleito em 1996. Em 1999, o Parlamento aprova uma lei que exige dos funcionários públicos fluência no idioma estoniano, sob protestos da minoria russa. Mart Laar, líder do segundo partido mais votado, o nacionalista Pró-Pátria (I), compõe uma coalizão com a centro-direita e assume como primeiro-ministro.

Em janeiro de 2001, após cinco votações, a Assembleia do Estado elege como presidente do país Arnold Rüütel, antigo líder do Partido Comunista da Estônia e dirigente da União do Povo Estoniano (ERL), que revoga a lei do idioma estoniano. Mart Laar renuncia em 2002, e Siim Kallas, do Partido da Reforma Estoniana (ER), assume como primeiro-ministro.

Entrada na UE - Nas eleições parlamentares de março de 2003, o partido de centro-direita União para a República Res Publica (RP) obtém 28 das 101 cadeiras. O Partido de Centro Estoniano (EK) elege o mesmo número de parlamentares. O líder do RP, Juhan Parts, torna-se o novo primeiro-ministro, em governo de coalizão com o ER e o ERL. Um plebiscito realizado em setembro aprova, por ampla maioria, a adesão do país à UE. Em março de 2004, a Estônia é admitida oficialmente na Otan. Em maio, ingressa na UE.

Alfred Rosenberg

Alfred RosenbergAlfred Rosenberg nasceu em Reval, posterior Tallinn, Estônia, em 12 de janeiro de 1893. Filho de um sapateiro, estudou arquitetura em Moscou -- a futura Estônia era então parte da Rússia -- até a revolução de 1917. Dois anos depois, foi para Munique, onde se juntou a Adolf Hitler, Ernest Röhm e Rudolf Hess no nascente Partido Nacional-Socialista. Como editor do jornal do partido nazista, o Völkischer Beobachter, entrou em contato com as idéias racistas do inglês Houston Stewart Chamberlain e os textos apócrifos dos Protocolos dos Sábios de Sion, do século XIX, sobre um suposto golpe judeu para dominar o mundo. Em 1923, Hitler foi aprisionado após o golpe na cervejaria de Munique e colocou Rosenberg à frente do partido, embora o soubesse incompetente como organizador e para estabelecer posição de poder.

Responsabilizado pela morte de milhões de judeus durante a segunda guerra mundial, Alfred Rosenberg -- o mais importante ideólogo do nazismo -- foi racista empedernido e combateu semitas, latinos e cristãos.

O teórico nazista exigiu a conquista da Polônia e da Rússia no livro Der Zukunftsweg einer deutschen Aussenpolitik (1927; Futuras diretivas de uma política externa alemã). Expôs a "pureza racial" dos alemães -- que por isso teriam o direito de dominar a Europa e o mundo -- em Der Mythus des 20 Jahrhunderts (1934; O mito do século XX). No início da segunda guerra mundial, como ministro dos territórios orientais ocupados, Rosenberg apresentou a Hitler o fascista norueguês Vidkun Quisling, para discutir um golpe de estado na Noruega. Discursos e escritos seus foram publicados em Blut und Ehre (1934-1941; Sangue e honra). Rosenberg, condenado pelo Tribunal de Nuremberg, foi enforcado em 16 de outubro de 1946.

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