Estações Espaciais, Estrutura das Estações Espaciais

Estações Espaciais, Estrutura das Estações Espaciais

Estações Espaciais, Estrutura das Estações Espaciais
Estação Espacial Mir
A primeira tentativa de estabelecer uma habitação humana no espaço é feita com a estação espacial Salyut 1, lançada pelos soviéticos em 1971, que fica quatro anos em órbita. Os norte-americanos lançam a Skylab em 1973, ocupada por diversas tripulações durante os anos que permanece no espaço. Uma delas chega a ficar 84 dias em órbita, batendo o recorde da época de permanência no espaço. A Skylab cai na Terra em 1979, incendiando-se na atmosfera. Em meados da década de 80, os soviéticos lançam a Mir, que significa paz em russo. Ela permanece mais de 14 anos no espaço. A Estação Espacial Internacional (ISS), controlada por uma associação de 16 países, entre eles o Brasil, entra em operação oficialmente em 31 de outubro de 2000.

Mir – Lançada pelos soviéticos em 1986, é o mais bem-sucedido projeto de ocupação humana das órbitas terrestres. Ela permanece no espaço o dobro do período inicialmente previsto e mantém trajetória estável a 390 km de altitude. Completa 86.325 voltas em torno da Terra, o equivalente a um percurso de quase 4 milhões de quilômetros em linha reta.

A Mir hospedava regularmente de dois a três astronautas, alguns por períodos de até um ano. Para estadias mais curtas, de menos de um mês, recebia às vezes até seis visitantes simultaneamente. Seu diário de bordo registra um total de 24 missões e 62 astronautas de mais de 10 países, sobretudo norte-americanos, franceses, ingleses e alemães. O astronauta que mais tempo permaneceu em órbita, tanto em uma única viagem como na soma total de tempo, é o russo Valery Polyakov que acumulou 22 meses passados na Mir. Sua visita recorde, de 14 meses consecutivos, termina em março de 1995.

Em 1999, depois de seguidas panes, a Mir começa a ter seus computadores desligados. No ano seguinte, o governo russo chega a pensar em reativá-la, mas acaba desistindo. Em 2001, ela se choca com a atmosfera, fragmentando-se em quatro pedaços maiores, sete menores e outros 1.500 estilhaços, pesando no total 50 toneladas. Eles se espalham sobre uma vasta área do oceano Pacífico, a cerca de 1.000 km da costa australiana.

Estação Espacial Internacional (ISS)
Estação Espacial Internacional (ISS)
Estação Espacial Internacional (ISS) – Entra em operação oficialmente em 31 de outubro de 2000. O primeiro módulo da ISS havia chegado ao espaço no final de 1998, e o terceiro e último é lançado em meados de 2000.

A estrutura da ISS, que tem as dimensões de um campo de futebol e capacidade para sete astronautas, é fornecida por uma associação de 16 nações. Entre elas está o Brasil, que deveria contribuir com seis componentes em troca do agendamento de seus próprios experimentos científicos, mas que atualmente está renegociando sua participação na estação por problemas orçamentários. O país também tem direito a enviar seu próprio astronauta, o oficial da Aeronáutica Marcos Pontes, à ISS.

A ISS deve funcionar como um laboratório de pesquisas para a criação de novos produtos, medicamentos e materiais, e também para estudar como o organismo humano responde à microgravidade. O objetivo é preparar astronautas para longas jornadas espaciais até outros planetas. Por causa das semelhanças com a Terra, Marte deve ser o destino de uma primeira experiência desse tipo.

Lixo orbital – A exploração espacial encheu a órbita terrestre de 2.000 toneladas de entulho: carcaças de foguetes, material descartado das naves e até ferramentas perdidas pelos astronautas. Calcula-se que existam nada menos de 500 satélites desativados, 8.000 objetos do tamanho de uma bola de tênis, 100 mil lascas com diâmetro entre 1 cm e 10 cm e outros 35 milhões de cacos menores que 1 cm. Os riscos de que algum corpo maior caia sobre a Terra e cause prejuízos são pequenos. Mas esses fragmentos, com uma velocidade média de 25 mil km/h, podem se chocar com uma nave tripulada, o que resultaria em dano e risco de vida para os astronautas.

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