Amadís de Gaula | Espanha

Amadís de Gaula | Espanha

Amadís de Gaula | Espanha
A primeira versão conhecida, escrita em castelhano por Garci Ordóñez (ou Rodríguez) de Montalvo, são Los quatro libros del virtuoso caballero Amadís de Gaula (1508). Com títulos diferentes, inúmeras traduções e adaptações surgiram outras em diferentes partes da Europa. Em português, a versão mais conhecida é a Chronica do Emperador Clarimundo... (1520), de João de Barros. Ainda no século XV, o português Gomes Eanes de Zurara reivindicara para sua terra a autoria do Amadís, atribuindo-a a Vasco de Lobeira, trovador do século XIII. Todavia, nada existe de conclusivo quanto à origem da obra, a não ser que surgiu na península ibérica e difundiu-se através da versão de Garci Ordóñez.

Antiga e por vezes apaixonada é a controvérsia sobre o idioma e o país de origem de Amadís de Gaula, o mais famoso ciclo de romances de cavalaria.

O Amadís de Gaula, embora lembre os romances franceses do ciclo arturiano, não parte de nenhum conjunto de lendas determinado. A personalidade de Amadís, com suas aventuras em castelos encantados, lutando contra feras, feiticeiros, anões e gigantes, tudo para merecer o amor de Oriana, difere muito do caráter de heróis como Tristão e Lancelote, pela sublimação do elemento erótico, pela idealização quase casta da conquista amorosa e da própria conduta do cavaleiro, o que prenuncia as formas estéticas renascentistas.

Observa-se ainda o conflito entre um individualismo anárquico -- representativo da decadência do sistema feudal -- e a solenidade da autoridade monárquica, que prenuncia o absolutismo. Em todos esses elementos, pode-se ver um novo conceito de cavalaria, sua última tentativa de afirmação literária enquanto ainda não se tornara alvo de críticas e sátiras.

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