Arco, Construções em Forma de Arco
Arco. Em termos técnicos, o arco se define como um elemento construtivo e de
sustentação que, de forma mais ou menos curva, cobre o vão ou espaço,
existente entre dois pontos fixos. Tradicionalmente construído em pedra
ou tijolo, o arco é constituído por uma série de aduelas, ou peças em
forma de uma cunha truncada; a inferior de cada lado se chama emposta e a
central e mais elevada, chave. Como a circunferência do extradorso é
maior que a do intradorso, as aduelas se mantêm unidas pela pressão que
umas exercem sobre as outras. Numa parede, as aduelas transmitem os
empuxos desta sobre pontos fixos, em geral pilares ou colunas, e isso
possibilita a abertura de espaços nas paredes sem afetar-lhes a
resistência.
Peça fundamental no desenvolvimento das técnicas de edificação, a evolução do arco foi paralela à da própria arquitetura, levando à criação da abóbada.
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Arco do Triunfo em Paris, França |
O arco já era conhecido nas antigas civilizações orientais, mas os primeiros a fazerem uso generalizado dele foram os romanos. Empregavam sobretudo o de meio ponto, cuja curva é semicircular, para equilibrar os empuxos horizontais e verticais. Essa técnica permitiu aos romanos utilizar menos material em suas edificações e possibilitou a criação de construções arquitetônicas como a abóbada e a cúpula. Os monumentos comemorativos chamados arcos do triunfo constituíam uma peculiar aplicação desse elemento.
Nos séculos posteriores, foi-se aperfeiçoando a técnica do arco. No estilo românico utilizaram-se contrafortes como reforço ao clássico arco romano; a arquitetura árabe empregou sobretudo o de ferradura e a arte gótica introduziu o arco em ogiva, também chamado ogival ou pontiagudo. Este tipo, constituído por dois arcos semicirculares que se cortavam formando um ângulo ou vértice, tinha portanto dois centros e se apoiava em outros arcos exteriores, ou arcobotantes, que transmitiam aos contrafortes os empuxos da abóbada. Isso permitiu reduzir a espessura das paredes e realizar construções majestosas como as grandes catedrais medievais.
A arquitetura moderna continuou a utilizar esse fundamental elemento construtivo, do qual, aliás, existem muitos outros tipos.