Os 12 Apóstolos de Jesus Cristo

Os 12 Apóstolos de Jesus Cristo

Os 12 Apóstolos de Jesus CristoEm três dos quatro evangelhos -- os de Mateus, Marcos e Lucas --, descreve-se o modo como foram escolhidos os 12, entre os discípulos que seguiam Jesus. Marcos relata que Jesus subiu ao monte para orar e chamou "os que ele quis... E constituiu 12, para que ficassem com ele, e para enviá-los a pregar... Ele constituiu, pois, os 12, e impôs a Simão o nome de Pedro; a Tiago, o filho de Zebedeu, e a João, irmão de Tiago, impôs o nome de Boanerges, isto é, filhos do trovão, depois André, Filipe, Bartolomeu, Mateus, Tomé, Tiago, filho de Alfeu, Tadeu, Simão o Zelota e Judas Iscariotes, aquele que  o traiu" (Mc 3:13-19).

O termo apóstolo procede do grego apostolos, que significa enviado, emissário; nesse sentido, e com caráter geral, era utilizado naquela língua, sobretudo no âmbito do comércio. No cristianismo, porém, a palavra se aplica, por antonomásia, a cada um dos 12 homens escolhidos por Jesus para constituir a igreja, aos quais se deve acrescer são Paulo. Embora o próprio Paulo, em mais de uma ocasião, tenha chamado de apóstolos "os irmãos do Senhor", os apóstolos, no sentido mais rigoroso, foram aqueles homens a quem Jesus Cristo, depois da ressurreição, outorgou todo o seu poder, enviando-os para que dessem testemunho permanente de sua mensagem.

A esses apóstolos diretamente designados por Jesus devem acrescentar-se outros dois: Matias, eleito depois da Ascensão pelos apóstolos para substituir Judas Iscariotes, e Paulo de Tarso. Também se costuma designar como apóstolo Barnabé, discípulo de Paulo que o apresentara aos 12.

Quase todos os apóstolos eram pessoas humildes, do ambiente em que Jesus circulava, alguns unidos entre si por vínculos familiares: Pedro e seu irmão André, pescadores de Betsaida, como Filipe; Bartolomeu de Canaã, que chegou a Jesus através de Filipe; Tiago Maior e João eram parentes do Senhor; e Tiago Menor -- o filho de Alfeu -- era parente de Tadeu. Outros apóstolos se distinguiam um pouco desses; Mateus, por exemplo, era coletor de impostos e Simão o Zelota (ou o cananeu) tinha certamente atividade política. Quanto a Tomé e a Judas Iscariotes, conhecem-se poucos detalhes.

Os Atos dos Apóstolos, escritos por Lucas, descrevem a peregrinação e pregação destes, que começou depois da descida do Espírito Santo sobre os 12, no dia de Pentecostes. O livro dá atenção particular aos mais chegados a Jesus, como Pedro, João, Tiago Maior e Filipe. Depois de relatar a conversão de Paulo quando Jesus lhe apareceu no caminho de Damasco, Lucas se concentrou nos atos desse apóstolo, cuja pregação levou a palavra divina para fora da Palestina, até a própria Roma. Os textos patrísticos acrescentaram novos dados sobre a vida dos apóstolos. Teve particular importância a tradição popular, difundida já no século IX, de que os restos de Tiago Maior repousavam na Espanha, no lugar sobre o qual seria construída a catedral de Santiago de Compostela, principal centro de peregrinação na Europa medieval.

O chefe dos apóstolos é Cefas (em aramaico, "pedra", "rocha"), isto é, Pedro. Nos três evangelhos sinópticos citados relata-se a "confissão" de Pedro, e é Mateus quem põe estas palavras na boca de Jesus: "Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei minha Igreja, e as portas do Inferno nunca prevalecerão contra ela. Eu te darei as chaves do reino dos céus..." (Mt 16:18-19). Este primado, claramente destacado nos Atos dos Apóstolos, não é simplesmente um primado de honra nem de direção, mas de jurisdição. É o primado que a Igreja Católica reconhece em são Pedro e em seus sucessores, os pontífices de Roma, e o fundamento da própria igreja.

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