Brasil, da Independência ao Primeiro Reinado
Inicialmente defendendo a manutenção do Reino Unido, logo convenceu-se D. Pedro do interesse dos revolucionários portugueses, reunidos nas Cortes, em recolonizar o Brasil. Apoiado por políticos como José Bonifácio de Andrade e Silva (depois chamado o "Patriarca da Independência), Gonçalves Ledo e José Clemente Pereira, conseguiu isolar tanto os recolonizadores como os republicanos, encaminhando o país, em setembro de 1822, para a independência sob regime monárquico, solução considerada moderada pelos grandes proprietários, que temiam a abolição imediata da escravidão e, que se constituíam na principal força política do país.
A consolidação da independência deu-se por três meios: a Guerra da Independência (1822-1824), que eliminou resistências na Bahia, Ceará, Pará e Província Cisplatina (atual Uruguai); a elaboração de uma constituição, outorgada em 1824 pelo imperador Pedro I, após a dissolução da assembleia constituinte (1823) em meio a uma crise política; e o reconhecimento do novo país por países como os Estados Unidos, Portugal, Inglaterra, Áustria e França.
A constituição imperial determinava um modelo centralizador, com o Imperador nomeando os presidentes de províncias e estas gozando de escassa autonomia. Previam-se quatro poderes: o legislativo, com senado vitalício e câmara; o executivo, representado pelo conselho de ministros presidido pelo Imperador, o judiciário e o moderador, este privativo do imperador. Determinava-se ainda que a religião católica seria oficial e que a representação política teria caráter censitário, podendo votar eleitores com determinada renda.
Com a independência foi reorganizada e ampliada a máquina estatal e criados o exército e a marinha. Este fato, aliado a uma guerra impopular com as Províncias Unidas (atual Argentina) pela posse do Uruguai (1825-1828), cuja independência terminou por ser aceita pelos dois países, determinou aumento das despesas e forte desvalorização monetária. Não tardaram os conflitos com a assembleia e os políticos em geral, levando a uma crise que culminou com a abdicação de Pedro I (1831).
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