Relato de Hans Staden no Brasil

Relato de Hans Staden no Brasil

Relato de Hans Staden no BrasilRelatos de Hans Staden sobre seu aprisionamento e convivência com os indígenas De como me trataram na taba

Partimos na manhã seguinte e vogamos o dia inteiro, alcançando às aves-marias a taba, depois de três dias de viagem. Devia distar da Bertioga umas trinta milhas, chamava-se Ubatuba e compunha-se de sete casas. Entramos por uma praia perto da qual se achavam as mulheres lidando numa plantação de mandioca. Ao defronta-las fui obrigado a gritar na língua deles:

– Vossa comida está chegando!

As casas localizavam-se em certa elevação; delas saíram os moradores a ver-me. Os guerreiros entregaram-me às mulheres e recolheram-se às suas cabanas com as armas. As mulheres me conduziram, umas adiante, outras atrás, entoando os cantos que usam quando vão devorar algum prisioneiro. E assim fui levado até a caiçara, isto é, à estacada de grossas achas de madeira que lhes cerca a taba. Quando entrei, outras mulheres vieram-me ao encontro com bofetadas e arrancaram-me punhados da barba, exclamando:

– Che anama pipike aé! o que quer dizer: vingo-me em ti do que os teus fizeram aos nossos.
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