Expansão do Luteranismo


Expansão do Luteranismo


Expansão do LuteranismoAo lado dos problemas meramente religio­sos, houve urna série de fatores sociais e econô­micos que favoreceu a difusão das ideias de Lutero na Alemanha. Destaca-se, entre eles, o fato de a maioria das terras alemãs perten­cer à Igreja católica. A nobreza local cobiçava o domínio dessas propriedades. Nessa época, o que chamamos de Alema­nha nada mais era do que um conjunto de prin­cipados e cidades independentes. Não existia, portanto, um país unificado, com unidade polí­tica. A região fazia parte dos domínios do Sa­cro Império Romano Germânico, controlado pela dinastia dos Habsburg. A sede do império ficava na Espanha, e o imperador, aliado do papa, procurava preservar certa unidade em terras alemãs e a autoridade sobre seus prínci­pes e nobres. Com fome de poder e de riqueza, as clas­ses elevadas (nobreza e alta burguesia) estavam descontentes com a Igreja e o comando do imperador. Por outro lado, as classes sociais ex­ploradas (camponeses e artesa os urbanos) também culpavam a Igreja pela situação de misé­ria de que eram vítimas. Havia, portanto, en­tre as diversas classes sociais, certa opinião comum contra a Igreja. Liderados por Thomas Münzer, os campo­neses, a partir de 1524, passaram a organizar urna série de revoltas contra sacerdotes ricos e nobres alemães, donos de grandes propriedades (movimento anabatista). Os camponeses lutavam violentamente pela posse de terras, pela igualdade social e pelo fim da exploração. As classes dominantes, então, uniram-se para acabar com a revolta camponesa. Lutero apoiou os ricos e publicou um manifesto de ódio contra os camponeses revoltados. O tex­to escrito por ele dizia: Contra os bandos camponeses assassinos e ladrões. Nada é mais terrível que um homem revoltado. É preciso despedaça-los e degola-los. Mata-los como se faz com um cachorro touco. Na luta contra os poderosos, os campone­ses foram esmagados. Morreram mais de cem mil e o líder Thomas Münzer teve a cabeça cortada. Em troca do apoio dado às classes ricas, Lutero conseguiu aliados entre a nobreza e a alta burguesia. Os poderosos viram nele um homem confiável e o auxiliaram a divulgar sua doutrina religiosa pelo norte da Alemanha, na Suécia, Dinamarca e Noruega. Em 1529, protestaram contra as medidas, tomadas pelo im­perador contra Lutero, que impediam cada Es­tado de adotar sua própria religião. Foi a par­tir desse protesto que se espalhou o nome protestante para designar os cristãos não-católicos. Não sendo atendidos pelo imperador Car­los V, o grupo de príncipes protestantes for­mou, em 1531, urna liga político-militar (Liga de Schmalkalden) para lutar contra as forças católicas ligadas ao império. Somente em 1555 o imperador aceitou a existência das Igrejas luteranas, assinando com os protes­tantes a Paz de Augsburgo. Era o reco­nhecimento oficial da separação religiosa do mundo cristão.

www.klimanaturali.org
www.megatimes.com.br

www.geografiatotal.com.br

Please Select Embedded Mode To Show The Comment System.*

Postagem Anterior Próxima Postagem