História do Estado do Rio Grande do Sul

História do Estado do Rio Grande do Sul

HISTÓRIA DO RIO GRANDE DO SUL
A história do Rio Grande do Sul inicia-se quase duzentos anos após o descobrimento do Brasil com a fundação de Colônia do Sacramento (no Uruguay), quando tardiamente os portugueses mostraram interesse pela região. A partir daí segue-se um longo período de guerras entre portugueses e espanhóis pela posse da terra. A disputa entre os dois países ibéricos só terminaria com a definição das atuais fronteiras do sul do país, em decorrência da independência do Uruguai, em 1825.

Deste período cabe destacar a atuação dos padres jesuítas espanhóis que em 1634 iniciaram a catequização dos índios guaranis e introduziram o gado bovino. Desta primeira vinda dos jesuítas, após sua expulsão em 1641, ficou espalhado pela vastidão do pampa parte do gado que se tornou "chimarrão", ou selvagem. Este fato deu origem ao gaúcho e toda a tradição campeira do Rio Grande do Sul. Em 1682 voltam os jesuítas fundando 8 reduções ou povos. Destas, 7 prosperaram tornando-se os Sete Povos das Missões. Estes Povos foram verdadeiras cidades que, sob o forte comando dos religiosos, vicejaram a ponto de causar preocupações tanto por parte do governo português como dos espanhóis. A República Guarani teve no Tratado de Madri (1750), quando foi trocada por Colônia do Sacramento, o início de sua queda total, o que veio a ocorrer em 1756 no massacre de Caiboaté, quando pereceram cerca de 1.500 índios.

Por conta da constante luta territorial, o sul foi uma civilização militar e pastoril nas imensas áreas de pasto propícias para a criação de gado bovino, colonizado inicialmente por tropeiros e militares, brasileiros de outras regiões e portugueses, principalmente açorianos. Estes, marcaram profundamente a formação do tipo sul-rio-grandense com a chegada dos casais açorianos a partir de 1747. No século 18 formavam mais da metade da população.

Assim, a origem do gaúcho deu-se pela miscigenação dos indígenas, escravos africanos, portugueses e espanhóis. Hoje, o gaúcho pampeano traz fortes convergências culturais com os gaúchos uruguaios e argentinos, vivendo situações e atividades idênticas. Completando o arcabouço cultural do Rio Grande com seu legado estão os africanos que entraram maciçamente no RS como mão de obra escrava para a produção industrial da carne salgada, as charqueadas, iniciada em 1780. É também etnia integrante do período inicial, embora em menor número, os judeus.

Posteriormente chegaram os alemães (1824) e os italianos (1875) que adentraram em território gaúcho em ondas migratórias incentivadas pelo governo brasileiro. Estes imigrantes, trazendo e mantendo aqui suas tradições e costumes, enriqueceram o panorama cultural rio-grandense enormemente, constituindo-se em poderoso atrativo turístico as regiões em que esses imigrantes, alemães e italianos, se estabeleceram.

Novas migrações continuaram a integrar o mosaico cultural do Rio Grande do Sul. Os poloneses, no fim do século 19, chegaram com forte contingente e os japoneses, após a 2ª Guerra Mundial. Imigrantes árabes, de marcante presença - logo atrás de poloneses - já estavam em todo o Estado por volta de 1880.

Em 1872, o empresário baiano Francisco Antonio Pereira Rocha trouxe da Bahia para o Rio Grande do Sul, um veículo Thomson road steamer. Rocha tinha um contrato com o governo da Província para a construção de uma estrada, segundo a lei provincial n. 774 de 4 de maio de 1871. A estrada funcionaria com o sistema Thomson road steamer, ligando a freguesia de Santo Amaro à vila de Santa Maria.

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