Filosofia Pré-Socrática

Nascido em Éfeso, outra colônia grega, Heráclito (544 a.C.?-480 a.C.?) defende que as coisas se produzem a partir da estrutura contraditória e movediça do real e do logos (a razão). Daí elas existirem em permanente contradição e fluência. A escola de Eleia opõe-se a essa tese e, com Parmênides (530 a.C.?-460 a.C.?) e outros filósofos, identifica a existência de uma verdade imutável e um ser completo, uno e imóvel. Discípulo dessa escola, Empédocles (493 a.C.?-430 a.C.?) de Agrigento nomeia como substâncias fundamentais os quatro elementos: a terra, a água, o ar e o fogo. Sua tese e a filosofia do atomismo, de Demócrito, da escola de Abdera, procuram conciliar a mobilidade e a multiplicidade do ser, de Heráclito, com a ideia da unidade e imobilidade, de Parmênides. No lugar dos quatro elementos, Demócrito acredita que a realidade é composta de átomos e do vazio. O eterno movimento entre eles e suas diferentes combinações explicam a formação dos diversos mundos. Ao apontar como verdadeira substância do mundo algo imaterial, como a alma imortal e as essências eternas, que constituem o mundo da harmonia e dos números, Pitágoras (582 a.C.?-500 a.C.?) encerra essa fase, tornando-se o primeiro pensador do século VI a antecipar o mundo platônico das ideias.
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