Protestos Pelo Mundo

Protestos Pelo Mundo

Protestos Pelo MundoO movimento dos direitos civis dos negros nos Estados Unidos foi a campanha por direitos civis e igualdade para a comunidade afroamericana nos Estados Unidos, tendo como principal líder, Martin Luther King. Dois momentos-chaves na luta por direitos iguais foram a marcha sobre Washington, que reuniu mais de 250.000 pessoas, e a concessão do Prêmio Nobel da Paz a King em 1964, que ajudaram a trazer atenção mundial para a causa. Entre as principais conquistas da época estão a aprovação da Lei dos Direitos Civis, 2 de julho 1964, que estabelecia o fim da discriminação racial nas acomodações públicas, no emprego, na educação e no registro de eleitores, e o direito ao voto pelo negros do sul, em 1965.

"Eu tenho um sonho. O sonho de ver meus filhos julgados pelo caráter, e não pela cor da pele." Este é um trecho do famoso discurso de Martin Luther King em Washington, capital dos Estados Unidos, proferido no dia de 28 de agosto de 1963, numa manifestação que reuniu milhares de pessoas pelo fim do preconceito e da discriminação racial.

Martin Luther King Jr. era filho e neto de pastores protestantes batistas. Fez seus primeiros estudos em escolas públicas segregadas e graduou-se no prestigioso Morehouse College, em 1948.

Formou-se em teologia pelo Seminário Teológico Crozer e, em 1955, concluiu o doutorado em filosofia pela Universidade de Boston. Lá conheceu sua futura esposa, Coretta Scott, com quem teve quatro filhos.

Em 1954 Martin Luther King iniciou suas atividades como pastor em Montgomery, capital do estado do Alabama. Envolvendo-se no incidente em que Rosa Parks se recusou a ceder seu lugar para um branco num ônibus, King liderou um forte boicote contra a segregação racial. O movimento durou quase um ano, King chegou a ser preso, mas ao final a Suprema Corte decidiu pelo fim da segregação racial nos transportes públicos.


Em 1957 tornou-se presidente da Conferência da Liderança Cristã do Sul, intensificando sua atuação como defensor dos direitos civis por vias pacíficas, tendo como referência o líder indiano Mahatma Gandhi.

Em 1959, King voltou para Atlanta para se tornar vice-pastor na igreja de seu pai. Nos anos seguintes participou de inúmeros protestos, marchas e passeatas, sempre lutando pelas liberdades civis dos negros.

Os eventos mais importantes aconteceram nas cidades de Birmingham, no Alabama, St. Augustine, na Flórida, e Selma, também no Alabama. Luther King foi preso e torturado diversas vezes, e sua casa chegou a ser atacada por bombas.

Em 1963 Martin Luther King conseguiu que mais de 200.000 pessoas marchassem pelo fim da segregação racial em Washington. Nesta ocasião proferiu seu discurso mais conhecido, "Eu Tenho um Sonho". Dessas manifestações nasceram a lei dos Direitos Civis, de 1964, e a lei dos Direitos de Voto, de 1965.

Em 1964, Martin Luther King recebeu o Prêmio Nobel da Paz. No início de 1967, King uniu-se aos movimentos contra a Guerra do Vietnã. Em abril de 1968, foi assassinado a tiros por um opositor, num hotel na cidade de Memphis, onde estava em apoio a uma greve de coletores de lixo.

APARTHEID - ÁFRICA DO SUL
O apartheid foi um regime de segregação racial adotado de 1948 a 1994 na África do Sul, favorecendo uma minoria branca e impondo restrições à população negra, com direito a massacres (em 1960, 67 negros foram mortos pela polícia), prisão de diversos líderes, como Nelson Mandela e Johnny Issel, entre outras punições. Com o declínio do domínio dos brancos, as manifestações contra o apartheid foram intensificadas. Com a posse de Frederick de Klerk na presidência, em 1989, ocorreram várias mudanças. Sua política foi legitimada por um plebiscito só para brancos, 1992, no qual 69% dos eleitores (brancos) votaram pelo fim do regime de segregação.

DIRETAS JÁ - BRASIL

O movimento Diretas Já foi uma manifestação que reivindicava a volta das eleições presidenciais diretas no Brasil, e ocorreu entre 1983 e 1984, com o país há mais de 30 anos vivendo sob o regime militar. Dezenas de protestos aconteceram com a bandeira das Diretas Já, mais foi a manifestação realizada em 16 de abril, no Vale do Anhangabaú, centro de São Paulo, que entrou para a história. Cerca de 1.500.000 participaram do protesto pedindo a volta do regime democrático ao país. Até hoje, essa é considerada a maior manifestação popular da história do Brasil. Os resultados da pressão popular vieram poucos anos depois, com a aprovação de uma nova Constituição, em 1988, e eleições diretas para presidente em 1989.

PANELAÇO - ARGENTINA
Os argentinos saíram às ruas com panelas na mão, em dezembro de 2001, para pedir a saída do presidente Fernando De la Rúa. O protesto foi motivado pelo agravamento da crise financeira no país e pela medida anunciada pelo presidente de confiscar os depósitos bancários. O centro dos protestos foi a Praça de Maio, onde está localizada a Casa Rosada, sede do governo federal. Ao longo dos dias, os protestos foram intensificados, aumentando também o conflito entre policiais e manifestantes. Estima-se que cerca de 30 pessoas morreram nas manifestações, que culminaram com a renúncia de La Rúa, em 20 de dezembro de 2001.

PROTESTOS EM MYANMAR - 2007

Em agosto de 2007, a população e monges budistas iniciaram uma série de protestos antigovernamentais contra a situação econômica de Mianmar (antiga Birmânia). Devido à cor do traje usado pelos monges, o protesto também ficou conhecido como "Revolução Amarelo-Laranja". Os protestos foram considerados o maior levante popular dos últimos anos contra a junta militar que governa o país do Sudeste Asiático. A repressão por parte da polícia foi forte. Acredita-se que pelo menos 3.000 pessoas morreram nos confrontos, além do governo ter restringido o acesso à internet e imposto um toque de recolher à população.

Cronologia da crise em Mianmar
YANGUN, 29 Set 2007 (AFP) - Esta é a cronologia da crise entre civis e budistas que reclamam democracia e a junta militar birmanesa que dirige Mianmar, a antiga Birmânia:

- 15 agosto - O regime do general Than Shwe aumenta bruscamente o preço dos combustíveis provocando a duplicação das tarifas nos transportes.

- 19 - Início em Yangun das manifestações pacíficas contra a carestia, mas a junta condena qualquer forma de contestação.

- 28 - Pela primeira vez, centenas de monges manifestam em Sittwe (costa oeste).

- 30 - Segundo a Anistia Internacional, cerca de 150 pessoas foram presas em 19 de agosto, entre elas Min Ko Naing, uma das principais figuras do movimento democrático junto a Aung San Suu Kyi, Prêmio Nobel da Paz.

- 5 de setembro - Monges são reprimidos durante uma manifestação em Pakokku (norte).

- 19 - Milhares de monges marcham rezando em várias cidades, entre elas Yangun. As manifestações se tornam diárias.

- 22 - Em Mandalay, segunda cidade do país, policiais deixam passar mil monges e mil civis em frente à casa de Aung San Suu Kyi, em regime de prisão domiciliar desde 2003 e que sai aos prantos para saudá-los.

- 24 - Mais de 100.000 manifestantes em Yangun.

. A comunidade internacional pede moderação ao regime

. Dalai Lama, autoridade moral do budismo, dá pleno apoio aos monges

- 25 - Mobilização de soldados e policiais para manifestação de 100.000 pessoas em Yangun. Toque de recolher em Yangun.

- 26 - Início da repressão: pelo menos quatro mortos, dos quais três monges, e 100 feridos em Yangun

. A China, grande aliada de Mianmar, aconselha o regime a "não reagir de forma excessiva"

. Para a Rússia, manifestações são "problema interno"

. O presidente francês, Nicolas Sarkozy, reivindica sanções "sem demora"

. O Conselho de Segurança da ONU pede às autoridades birmanesas que sejam extremamente moderadas

- 27 - Nove mortos, entre eles um jornalista japonês. Centenas de manifestantes detidos em Yangun.

. Prisão domiciliar de dois altos responsáveis do partido de Aung San Suu Kyi.

. A Asean (Associação das Nações do Sudeste asiático) exige o fim das violências contra os manifestantes

. Os Estados Unidos anunciam sanções econômicas

- 28 - Segundo um diplomata australiano, o número de mortos seria "superior em várias dezenas aos dados fornecidos pelas autoridades"

. Jornais privados suspendem sua publicação, o acesso à internet pára de funcionar

. Novas violências contra manifestantes em Yangun

. Novas sanções americanas

- 29 - União Européia, como fizeram os Estados Unidos, pede à China que pressione a junta para acabar com a repressão.

. As forças de segurança birmanesa reprimem cem manifestantes em Yangun, detendo alguns deles.

. O Japão vai pedir à Mianmar que puna os responsáveis da morte do jornalista japonês.

. A China pede à junta militar, assim como aos manifestantes, que usem "métodos pacíficos".

. O enviado especial da ONU, Ibrahim Gambari, chega em Mianmar.

PROTESTOS CONTRA AHMADINEJAD - IRÃ 2009
Centenas de manifestantes foram às ruas de Teerã, em um protesto que durou 10 dias, contra a reeleição do presidente Mahmoud Ahmadinejad, declarado vitorioso nas eleições presidenciais do Irã com 62%. Nomes da oposição, entre eles o candidato derrotado Mir Houssein Mousavi, acusaram o governo de fraude eleitoral e corrupção. Como as emissoras do país não divulgavam os protestos, os manifestantes recorreram a canais como Twitter, You Tube e Flickr para reportar a todo o mundo o que estava acontecendo no Irã.

PROTESTOS CONTRA O PRESIDENTE DA GEÓRGIA EM 2007
Cerca de 40 mil pessoas exigiram eleições antecipadas na Geórgia durante um protesto em novembro de 2007 contra o presidente Mikhail Saakashvili. O protesto foi considerado a maior manifestação de descontentamento público desde a revolução de 2003, que levou Mikhail ao poder. Manifestantes -- 250 ao todo -- da oposição ocuparam a frente do prédio do Parlamento e disseram que não sairiam de lá até que suas exigências sejam cumpridas. A manifestação, organizada por 10 partidos e movimentos de oposição, apresentou uma carta de exigências ao presidente, exigindo a convocação de eleições parlamentares antecipadas; constituição de uma Comissão Eleitoral Central sobre bases paritárias; libertação de todos os presos políticos.

 Dezenas de milhares de opositores pediram nesta sexta-feira a renúncia do presidente da Geórgia, Mikhail Saakashvili, diante do Parlamento em um comício convocado para afastar o presidente da república.

Os primeiros manifestantes começaram a chegar à Avenida Shota Rustaveli --a principal da capital do país-- no começo da madrugada para participar da manifestação cujo lema é "Geórgia sem presidente".

O comício, organizado por dez partidos e movimentos de oposição, é o maior realizado em Tbilisi desde a "Revolução das Rosas", que em 2003 levou à renúncia do então presidente, Eduard Shevardnadze, e colocou Saakashvili no poder.

Logo após o começo da manifestação, chamada de "assembléia popular", cinco pessoas foram delegadas para apresentar uma carta de exigências ao presidente Saakashvili.

As demandas são três: convocação de eleições parlamentares na primavera européia de 2008, constituição de uma Comissão Eleitoral Central sobre bases paritárias e libertação de todos os presos políticos.

A oposição deu a Saakashvili um prazo até as 18h (12h, horário de Brasília) para se pronunciar sobre as reinvindicações e, caso ele não o faça, ameaçou acrescentar ao documento o pedido de renúncia do presidente.

O deputado Zviad Vitsiguri assegurou que a magnitude da manifestação na capital georgiana é uma prova de que o partido de Saakashvili "morreu".

Entre os dirigentes opositores há várias figuras que ocuparam altos cargos no governo de Saakashvili.

"Não descarto a possibilidade de que Mikhail Saakashvili fuja, pois é um governante fraco", disse o ex-ministro de Estado para solução de Conflitos, Gueorgui Jaindrava.

Jaindrava explicou que o objetivo das forças opositoras é realizar eleições parlamentares transparentes e modificar a Constituição para estabelecer uma república parlamentar, dispensando o cargo de presidente.

A ex-ministra de Assuntos Exteriores e líder do partido opositor, Salomé Zurabishvili, assegurou que o país está em uma "crise profunda e que o governo reage de maneira inadequada."

"A convocação de eleições parlamentares abrirá o caminho para a democracia", afirmou Zurabishvili.

Segundo uma emenda constitucional aprovada neste ano, as eleições parlamentares acontecerão entre os dias 1º de outubro e 31 de dezembro, coincidindo com as eleições presidenciais.

O comício aconteceu em meio a grandes medidas de segurança, sem que, até agora, tenham sido registrados incidentes entre os manifestantes e a Polícia.

"É preciso achar um compromisso custe o que custar", disse o ex-presidente Shevardnadze, que defende uma mudança pacífica, sem guerra civil.

CAMISAS VERMELHAS - TAILÂNDIA 2010
A Tailândia estava em crise desde que o premiê Thaksin Shinawatra foi derrubado por um golpe militar, em setembro de 2006. Quando o líder do Partido Democrata, Abhisit Vejjajiva, foi eleito primeiro-ministro, em dezembro de 2008, a expectativa era de que ele pusesse um fim à crise. Mas a situação só se agravou e, em março de 2010, quando os camisas vermelhas, passaram a exigir a renúncia do governo atual. Os protestos duraram mais de uma semana e chegaram a reunir 65 mil pessoas em uma caravana na capital tailandesa. Depois de dois meses, o movimento parou a cidade e levou o governo a lançar uma ofensiva para retirar os manifestantes das ruas. O número de mortos passou de 30.

MANIFESTAÇÕES CONTRA BEN ALI NA TUNÍSIA 2011
As manifestações em janeiro deste ano contra o governo do presidente da Tunísia, Zine al-Abidine Ben Ali, levaram o líder a renunciar depois de 23 anos no poder. Ben Ali deixou o cargo e o país rumo à Arábia Saudita depois que o governo decretou estado de emergência e um toque de recolher enquanto milhares de manifestantes protestavam no centro da capital, Túnis. Os bens de Ali e de sua família foram confiscados pelo Estado. O primeiro-ministro Mohammed Ghannouchi assumiu a presidência interina e disse que sua prioridade é restaurar a ordem no país e convocar novas eleições em até 6 meses, o que não acalmou os manifestantes, que seguem protestando contra a participação de membros do partido de Ben Ali, o RDC, no governo de transição. Segundo a ONU, 219 pessoas já morreram e 510 ficaram feridas nos confrontos.

PROTESTOS CONTRA HOSNI MUBARAK NO EGITO 2011
Manifestantes protestam desde a última semana de janeiro contra o governo do presidente Hosni Mubarak, há 30 anos no poder. Os egípcios querem que o presidente renuncie e um novo governo seja instaurado no país. Na terça-feira (1º), para celebrar o 8º dia de protesto, os manifestantes realizaram a "marcha do milhão", na praça Tahrir, no centro de Cairo, no maior protesto realizado até então contra o governo Mubarak. O governo bloqueou serviços como internet e telefones, mas mesmo assim os protestos continuaram pela capital egípcia. Tentando amenizar os protestos, Mubarak trocou parte de seu gabinete, sem efeito. O presidente também não conta com a força do Exército, que em nota disse que não vai reagir contra os manifestantes.

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