Revolta da Cabanagem (1831-1840)

Revolta da Cabanagem (1831-1840)

Revolta da Cabanagem (1831-1840)A cabanagem foi um movimento político e um conflito social, ocorrido no Pará entre 1831-1840, envolvendo homens livres pobres, sobretudo, indígenas e mestiços numa região empobrecida. O nome Revolta da Cabanagem tem origem na população amazônica pobre que morava em cabanas humildes nas margens dos rios. A luta originou-se do combate à penúria e às péssimas condições sociais em que vivia a população paraense, liderado pelo Cônego Batista Campos, que se destacou em várias disputas contra a metrópole até o nascimento do movimento revolucionário mais articulado. Apoiados por grupos armados do interior, os membros da cabanagem tomaram o Palácio do Governo em 1835, assassinando o então presidente da Província do Pará. O primeiro revolucionário a assumir a presidência foi Bernardo Lobo de Souza. Antônio Clemente Malcher. Os cabanos proclamaram a independência do Pará e a República e expropriam armazéns e depósitos de alimentos para distribuí-los entre a população pobre. Mobilizando as populações ribeirinhas do rio Amazonas e do baixo Tocantins, os cabanos mantiveram a rebelião até 1840. Nos seus últimos três anos estima-se que cerca de 30 mil cabanos foram mortos, a maioria homens. Divergências internas, porém, provocaram conflitos entre os próprios cabanos. Malcher é substituído por um líder popular, Francisco Vinagre. Em julho, tropas imperiais do Rio de Janeiro, com o apoio de mercenários ingleses comandados por John Taylor, entram em Belém e expulsaram os cabanos. Estava assim, terminada a revolta que representou o único movimento popular em que camadas inferiores da população conseguiram, com certa estabilidade, ocupar o poder de toda uma província. 

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