Bordighera, Imperia | Itália
Bordighera é uma cidade italiana de 10 412 habitantes na província de Imperia, na Ligúria. Quinto município da província em população, a localização geográfica é a área municipal mais ao sul da região.
Geografia física
Bordighera está localizado na costa da Riviera ocidental da Ligúria, localizada no Cabo Sant'Ampelio, a cerca de vinte quilômetros da fronteira com a França, no sopé dos Alpes Marítimos. Fica a cerca de 36 quilômetros da capital da província. A aldeia de Sasso, situada na colina de Bordigotta, é sugestiva. É o município mais ao sul de toda a Ligúria: o ponto mais ao sul do município corresponde ao Cabo Sant'Ampelio.
As montanhas com vista para o mar causam um efeito favônico na presença dos ventos do norte (um fenômeno que ocorre durante o inverno), que torna a estação fria muito amena (a média diária de temperaturas de janeiro é próxima a +10 ° C) e, durante o verão, a brisa fresca e animada do mar suaviza o calor, o que raramente é excessivo (média diária em julho e agosto de cerca de +24 ° C).
O porto é o último porto para barcos turísticos antes da fronteira com a França.
História
A vila nasceu por volta do século V aC. graças à presença dos ligurianos, que se dedicaram à agricultura e ao pastoralismo vivendo em aldeias fortificadas construídas no topo das colinas, em uma posição estratégica. Testemunhos do fato histórico são as duas aldeias, que os arqueólogos chamam de castellari, na área de Bordighera. O primeiro fica na área de Montenero, enquanto o outro em Sapergo, em frente ao povoado de Sasso, na atual saída da rodovia. O de Sapergo, descoberto em 1970, retornou vestígios de paredes de pedra seca da era pré-romana, ao lado de outras paredes romanas e medievais.
Nos tempos romanos, a Via Julia Augusta foi aberta, em 13 aC, para conectar a Ligúria à Gália, ao longo da rota da atual Via Aurelia. Precisamente a partir desta época foi a descoberta, em 1955, de uma tumba da era imperial que testemunhou um provável assentamento agrícola do Império Romano na área.
Nos primeiros anos do século V, um eremita religioso chamado Ampelio desembarcou nessas costas de Thebaid, trazendo como presente - de acordo com a lenda do cristianismo - pedras de data. Talvez seja também graças a essa figura religiosa que Bordighera assumiu o nome de "rainha das palmeiras", dando ao município uma conotação exótica.
Em uma bula do papa Bonifácio VIII de 1296, o nome "Burdigheta" é citado (do qual Bordighera) talvez derivado da palavra francesa bordigue, traduzível para o italiano em "pescaia", que é uma lagoa artificial fechada por anteparas de junco, usadas na época por pescadores que provavelmente já moravam na colina acima de Capo Sant'Ampelio. Sempre com a bolha, descobrimos que Burdigheta já é uma pequena cidade dependente de Ventimiglia.
Em 2 de setembro de 1470, algumas famílias de Castrum Sancti Nicolai, hoje Borghetto San Nicolò (hoje aldeia de Bordighera), reunidas na igreja paroquial local, decidiram reconstruir a cidade, anteriormente abandonada. Esta assembléia marcou o ato fundador de Bordighera em um estilo moderno: uma vila fortificada, no alto da colina e com vista para o mar.
Em 1543, os turcos cercaram a cidade de Nice, depois indo para a Riviera da Ligúria, primeiro cercando Bordighera e depois Seborga e Coldirodi, capturando homens, mulheres e crianças.
Em 20 de abril de 1686, os representantes de oito cidades (Camporosso, Vallebona, Vallecrosia, San Biagio, Soldano, Sasso, Borghetto e Bordighera) reuniram-se no oratório de San Bartolomeo para formar a Magnífica Comunidade dos Oito Lugares e escapar da administração administrativa da região. cidade vizinha intemelia; essa comunidade estava sujeita, no entanto, às dependências da República de Gênova.
Com o domínio napoleônico, a comunidade de Bordighera voltou a entrar no cantão homônimo na jurisdição das Palmas, com Sanremo como sua capital; em 1802, passou para o cantão de Ventimiglia, na jurisdição das Oliveiras (capital Oneglia). Desde 1805, com a passagem da República da Ligúria no Primeiro Império Francês, Bordighera ainda era chefe do cantão do Departamento dos Alpes Marítimos. Três anos depois, a estrada desejada por Napoleão, "La Corniche", chegará a Bordighera, facilitando as conexões e o desenvolvimento de novos bairros próximos ao mar, na época chamada Marina Borgo. Hoje em dia ninguém mais usa esses termos, falamos simplesmente de Bordighera para a parte da cidade que se desenvolveu ao longo da costa e de Bordighera Vecchia ou Bordighera Alta para o núcleo original localizado mais alto.
Foi anexado ao Reino da Sardenha em 1815, após o Congresso de Viena em 1814, após a queda de Napoleão Bonaparte. Parte do Reino da Itália de 1861, de 1859 a 1926, o território foi incluído no primeiro distrito do distrito de Sanremo, pertencente à província de Nice (posteriormente a província de Porto Maurizio e, a partir de 1923, de Imperia).
O século XIX foi a idade de ouro da cidade, graças ao romance de Giovanni Ruffini, Dr. Antonio, que, publicado em Edimburgo em 1855, despertou o interesse dos britânicos pela cidade. Em 1860, ele abriu o primeiro hotel, Hotel d'Angleterre, hoje Villa Eugenia, e em 1861 recebeu seu primeiro hóspede ilustre, o primeiro-ministro inglês John Russell, o conde de Russell.
Em 1873, foi inaugurada a estação ferroviária local, que ligava Paris e Bordighera em apenas vinte e quatro horas. Com a abertura da linha Calais-Roma Express, inaugurada em 8 de dezembro de 1883, serão reduzidos os tempos e serão necessárias 24 horas para conectar Londres e Bordighera.
Em 1887, Stéphen Liégeard, em seu famoso livro La Cote d'Azur, dedicou algumas páginas a Bordighera, com o apelido de "Rainha das Palmeiras" e citando uma estadia da Imperatriz Eugenia, no Grand Hotel Bordighera, no outono de 1886 .
Em Bordighera, em 12 de fevereiro de 1941, ocorreu uma reunião entre Benito Mussolini, então chefe do governo, e o caudillo Francisco Franco para discutir a entrada em guerra da Espanha ao lado do Eixo.
Entre 1947 e 1999, sediou o Bordighera International Humor Show.
De 1973 a 2008, fez parte da comunidade montanhosa de Intemelia.
www.klimanaturali.org
www.megatimes.com.br
