Adesivo | Tecnologia

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Adesivo

Os adesivos são substâncias capazes de manter unidos dois ou mais corpos por contato superficial. Classificam-se em dois grandes grupos: naturais e artificiais. Os primeiros são fabricados a partir de substâncias extraídas de animais principalmente peixes, ou plantas. As colas de origem vegetal subdividem-se em gomas, cuja matéria-prima é o amido, como no caso da goma de polvilho, e em resinas, cujo exemplo mais conhecido é o da goma-arábica. O látex das seringueiras também se presta à fabricação de adesivos desse subgrupo.


Há milhares de anos, os egípcios já usavam certas substâncias extraídas de plantas para manter coladas duas superfícies. Na atualidade, a indústria de adesivos ainda se guia por critérios mais experimentais do que teóricos, pois pouco se sabe, mesmo hoje, sobre o mecanismo do processo de aderência.


O único adesivo mineral que se conhece é o silicato de sódio, que resiste a altas temperaturas, mas se torna quebradiço com o passar do tempo. De modo geral, as colas naturais são empregadas para unir materiais porosos. Esse tipo de adesivo se apresenta fisicamente sob a forma de gel ou suspensão coloidal, que tem a água como meio dispersante. Eliminada a água, as partículas da suspensão se aglutinam e aderem às superfícies.


Historicamente, o uso das colas de origem animal, das procedentes de material asfáltico e de resinas vegetais precedeu a utilização moderna do amido vegetal e do látex. A tecnologia dos produtos aderentes evoluiu com muita lentidão até o final do século XIX, quando teve início a fabricação de colas à base de borracha.


Os adesivos sintéticos, descobertos como resultado do desenvolvimento da indústria química, vêm substituindo progressivamente as colas naturais e outros meios de junção de superfícies, como o emprego de parafusos e soldas. A resina sintética epóxi, por exemplo, constitui a base de adesivos utilizados na construção de aviões, navios e equipamentos eletrônicos. Essa resina tem a consistência de uma pasta e só endurece quando misturada a uma substância que provoca a união de suas moléculas.


A escolha do adesivo adequado a cada caso deve levar em conta os seguintes fatores: (1) se a superfície a colar for impermeável, o adesivo deve estar livre de água ou solventes orgânicos; (2) o adesivo não pode ser mais rígido que os aderentes, para que as tensões não se concentrem na camada adesiva; (3) a junta colada estará sujeita a condições ambientais específicas, às quais deverá resistir.


Do ponto de vista físico-químico, para que se processe a ligação entre o adesivo e a superfície deve haver um decréscimo da energia livre quando ambos são postos em contato. O adesivo precisa ser suficientemente fluido para molhar bem a superfície a colar, no momento da aplicação, e evoluir posteriormente para um estado viscoso. A colagem se dá por meio de ligações cruzadas intermoleculares ou por cristalização.


O processo de resfriamento de um sólido fundido tem ampla aplicação como adesivo desde a antiguidade. Os romanos já empregavam o betume na fabricação de barcos, e o asfalto, impermeável e de baixo custo, tem utilização variada e tradicional. O próprio polietileno, usado para embalagens, pode ter suas extremidades unidas por um simples aquecimento seguido de pressão, sem emprego de outra substância, pois funciona como auto-adesivo.


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