Meios de Transportes no Brasil

Meios de Transportes no Brasil

#MEIOS DE TRANSPORTES NO BRASILApós o crescimento em 2014, os serviços de transportes registrou crescimento menor em 2015 devido a crise mundial que se iniciou no fim de 2008 e se agravou no Brasil em 2015. A participação do setor no Produto Interno Bruto (PIB) também vem caindo nos últimos anos: de 3,2%, em 1995, para 2,4%, em 2000, e com alta significativa de 2,1% em 2010.

Estrutura - A participação dos diferentes meios – rodoviário, ferroviário, aquaviário (cabotagem e fluvial), aéreo e dutoviário – no total de carga transportada permanece praticamente inalterada entre 1996 e 2015, de acordo com informações do Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (DNIT). O transporte por rodovias lidera, seguido pelo ferroviário, e pelo aquaviário. Segundo especialistas do setor, a matriz de transportes tem distorções que precisam ser corrigidas. Uma das mais graves é o uso de caminhões para transportar cargas por grandes extensões, encarecendo o frete e saturando as já precárias rodovias brasileiras. Ferrovias e hidrovias, cujos custos são mais baixos, ainda são subutilizadas.

Transporte Rodoviário - Segundo o DNIT, do 1,7 milhão de quilômetros de estradas brasileiras, somente 193 mil quilômetros estão asfaltados em 2008. A Pesquisa Rodoviária CNT 2008, ao avaliar 74.681 quilômetros de estradas, conclui que o estado geral de conservação, sinalização e pavimentação das rodovias é deficiente, ruim ou péssimo em 74,7% da área percorrida. Ainda assim é o sistema mais usado no país. Responde por 60,5% do movimento de cargas.

Transporte de carga - O transporte rodoviário de cargas no Brasil tem 39,6 mil empresas prestadoras de serviços, 50 mil transportadores de carga própria e 402 mil autônomos e responde por 60,5% da movimentação no mercado interno. O faturamento anual do segmento gira em torno de 21,4 bilhões de reais, gerando quase 400 mil empregos diretos, segundo dados da Associação Nacional do Transporte de Cargas.

Frota de veículos - Estima-se que a frota nacional tenha cerca de 42,7 milhões de veículos em 2008, e o estado de São Paulo concentra 36,8% da frota do país. A idade média dos veículos é de 9,4 anos, segundo o Sindipeças. Já a taxa média de habitantes por veículo é de 8,6. As nações desenvolvidas registram 1,2 habitantes por veículo.

Transporte Ferroviário - O sistema ferroviário brasileiro totaliza apenas 29.798 quilômetros, concentrando-se nas regiões Sul, Sudeste e Nordeste. Na Argentina, por exemplo, são 34.091 quilômetros e nos Estados Unidos, 228.464 quilômetros. Do total da rede brasileira, pelo menos 35% têm mais de 60 anos. Embora a malha ferroviária não seja extensa, o sistema ferroviário nacional é o maior da América Latina em termos de carga transportada, atingindo 186 bilhões de tku (tonelada por quilômetro útil) em 2008. Depois de anos de abandono, a partir de 2002 – com a privatização – o setor voltou a receber investimentos.

Metrô - Seis cidades brasileiras têm rede metroviária: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife e o Brasília. O metrô de São Paulo é o maior e mais antigo: tem 57,6 quilômetros, transporta 506 milhões de passageiros por ano e entrou em operação em 1974. No Rio de Janeiro, o segundo maior, a rede de 34,9 quilômetros transporta 113 milhões de passageiros por ano.

Transporte Hidroviário - Existem 82 portos em território nacional. Em 2002, os portos movimentam 529 milhões de toneladas, 4% mais que no ano anterior. O sistema é responsável por 13,9% do movimento de cargas no Brasil.

Navegação marítima - A via marítima é o principal meio de transporte do comércio exterior brasileiro. Em 2008, a frota nacional tem 128 navios. A navegação de longo curso – que realiza viagens internacionais – é responsável por 70% da carga transportada e a de cabotagem, que faz navegação entre portos brasileiros, 26%, segundo a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq).

Navegação fluvial – Dos 42 mil quilômetros de rios navegáveis no país, apenas 8,5 mil são efetivamente utilizados. A navegação fluvial deveria ser usada em maior escala como forma de baratear o preço de produtos, principalmente os de exportação – o custohidroviário é 50% menor que o ferroviário e 80% mais baixo que o rodoviário. Os desafios do setor são o alto custo de transformação de rios em hidrovias e a construção de plataformas para interligar o sistema hidroviário aos demais modos de transporte.

Transporte Aeroviário – O transporte aeroviário é responsável por 2,4% do movimento total de passageiros e 0,3% no de cargas no Brasil, em 2014. Em 2015, as companhias aéreas brasileiras transportam 74,2 milhões de passageiros, registrando queda de 5% em relação ao ano anterior, quando foram transportados 35,9 milhões, de acordo com a Infraero. Os vôos nacionais respondem por 86,6% do total (29,6 milhões de passageiros) e os internacionais, por 13,4% (4,5 milhões de pessoas). Em 2008, o aumento de exportações gera falta de navios e contêineres, o que aumenta o transporte aeroviário de cargas. Até novembro de 2008, a receita da Infraero (estatal que administra a maioria dos aeroportos brasileiros) é de 609 milhões de reais com a movimentação de cargas em seus aeroportos. Trata-se de um aumento de 17,4% em relação ao ano anterior.

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