Iêmen | Aspectos Geográficos e Socioeconômicos do Iêmen

Iêmen | Aspectos Geográficos e  Socioeconômicos do Iêmen


Geografia: Área: 527.968 km². Hora local: +6h. Clima: árido tropical (N) e tropical (S). Capital: Sanaa. Cidades: Sanaa (1.500.000) (aglomeração urbana), Áden (450.000), Ta'izz (350.000), Hodeida (320.000). Moeda: rial iemenita.

População: 23 milhões; nacionalidade: iemenita; composição: árabes iemenitas 80%, outros árabes, africanos e sul-asiáticos 20%. Idioma: árabe (oficial). Religião: islamismo 98,9%, outras 0,9%, sem religião 0,1%.

Relações Exteriores: Organizações: Banco Mundial, FMI, ONU. Embaixada: 2600, Virginia Avenue NW, suite 705, Washington D.C. 20037, EUA; e-mail: info@yemenembassy.org, site na internet: www.yemenembassy.org.

Governo: República com forma mista de governo. Div. administrativa: 19 governadorias. Partidos: Congresso Geral do Povo (GCP), Iemenita Islah, Socialista do Iêmen. Legislativo: unicameral – Casa dos Representantes, com 301 membros. Constituição: 1991.

O atual Iêmen é resultado da fusão, em 1990, do Iêmen do Norte – nação de forte tradição islâmica – com o Iêmen do Sul, mais ocidentalizado e pró-socialista. Montanhoso, localizado na entrada do mar Vermelho, o país tem as terras mais férteis da península Arábica e numerosas fontes de água, que favorecem a cultura de cereais, café, algodão e frutas. O petróleo responde por mais de 90% do valor das exportações, mas as reservas são modestas, em comparação às de outros Estados da região. O desemprego atinge 25% da força de trabalho. O problema se agrava em 1990, quando cerca de 850 mil iemenitas que trabalhavam na Arábia Saudita são expulsos do país, em represália à posição do governo do Iêmen, que não condenou a invasão do Kuweit pelo Iraque. As tribos formam a base social do Iêmen, principalmente no norte, e nunca foram totalmente subjugadas pelo Estado.

IÊMEN, ASPECTOS GEOGRÁFICOS E SOCIOECONÔMICOS DO IÊMEN

História do Iêmen

Bandeira do IêmenA região é chamada pelos romanos de Arábia Feliz, por causa de suas terras férteis, em contraste com o deserto que domina o restante da península Arábica. Abriga na Antiguidade vários Estados. O mais famoso, o Reino de Sabá, é mencionado no Velho Testamento. No século VII converte-se ao islamismo. A partir do século IX, o norte do território é governado por uma dinastia de sacerdotes zaiditas, uma das seitas xiitas islâmicas. A costa e a cidade de Ta’izz permanecem sunitas, embora muitas vezes tenham caído sob o poder das dinastias do norte.

Iêmen do Norte - É ocupado pelos turcos otomanos entre 1597 e 1630 e, mais tarde, de 1849 a 1918. Com a derrota dos turcos na I Guerra Mundial, em 1918, o poder volta às mãos dos zaiditas. Em 1962, militares dão um golpe de Estado, derrubam a monarquia e proclamam a República. Tribos fiéis à monarquia resistem, ajudadas pela Arábia Saudita e pelo Reino Unido. Tropas do Egito intervêm na guerra civil para auxiliar os republicanos, que por fim saem vitoriosos. Um cessar-fogo é assinado em 1970. Durante a década de 1970, diversas facções militares tomam o governo, numa sucessão de golpes de Estado, até que, em 1988, nas primeiras eleições livres, o coronel Ali Abdullah Saleh – no poder desde 1978 – é escolhido para a Presidência.

Sanaa, Capital do Iêmen
Sanaa, Capital do Iêmen
Iêmen do Sul - Os turcos otomanos ocupam a planície costeira em 1517. Em 1538 tomam o porto de Áden, importante entreposto comercial entre a África e a Índia. Em 1839, os ingleses ocupam o porto e estabelecem um protetorado que inclui as áreas tribais do sul da península Arábica. Em 1967 concedem-lhe a independência. O poder fica nas mãos da Frente de Libertação Nacional (depois transformada em Partido Socialista do Iêmen). O partido instaura o único regime comunista no Oriente Médio, com ajuda econômica e militar da União Soviética (URSS), ao fundar, em 1970, a República Democrática Popular do Iêmen.

Unificação - Apesar das divergências políticas, a unificação do Iêmen é objetivo declarado do governo dos dois países desde 1972, quando firmam acordo que prevê sua futura união. A idéia desagrada à Arábia Saudita, que fomenta uma guerra entre os dois Estados em 1979. No fim da década de 1980, sob o impacto da liberalização soviética, o Iêmen do Sul renuncia ao comunismo e inicia diálogo com o Iêmen do Norte. Em maio de 1990, o Iêmen torna-se uma única nação e passa a ser governado por um presidente do norte, Ali Abdullah Saleh, e por um primeiro-ministro do sul, Haidar al-Attas.

Guerra civil - O Congresso Geral do Povo (GCP), partido do presidente Saleh, obtém maioria nas eleições legislativas de 1993. A permanência de Saleh não agrada aos sul-iemenitas. Em maio de 1994, o sul tenta se separar outra vez, mas é derrotado após dois meses de guerra civil. Saleh reforça sua posição política em setembro com emendas à Constituição que diminuem o poder do antigo Iêmen do Sul. A lei islâmica torna-se a base de toda a legislação. Em 1997, o GCP conquista 187 das 301 cadeiras do Parlamento nas primeiras eleições após a guerra civil. Saleh é reeleito, em 1999, com 96,3% dos votos.

USS Cole - Dois extremistas islâmicos realizam, em outubro de 2000, ataque suicida com bombas contra o destróier norte-americano USS Cole, no porto de Áden. Morrem 17 marinheiros e 37 ficam feridos. Os Estados Unidos (EUA) suspeitam de envolvimento do terrorista saudita Osama bin Laden, refugiado no Afeganistão. Nos meses seguintes são presos mais de 40 militantes acusados de colaborar com o ataque.

Depois dos atentados de 11 de setembro de 2001 nos EUA, o presidente Saleh se empenha em provar que é um aliado na luta contra o terror. Em 2002 são expulsos mais de 100 estrangeiros que estudavam em escolas islâmicas, como parte de ofensiva contra a rede terrorista Al Qaeda, de Bin Laden. O país recebe cerca de 100 conselheiros e instrutores militares norte-americanos para treinar suas forças. Essa cooperação leva a diversas prisões. O GCP obtém ampla vitória nas eleições legislativas de abril de 2003, conquistando 228 das 301 cadeiras. Entre agosto e setembro de 2004, são concluídos julgamentos de suspeitos de participar de atentados terroristas, entre os quais o ataque ao USS Cole. Três homens são condenados à morte e outros 18 recebem penas de até dez anos de prisão.

Rebelião - Ainda em setembro, o Exército anuncia a morte do clérigo Husain Badr al-Din al-Huthi, que liderou rebelião contra o governo central, entre junho e agosto, na província de Saada, no norte do país. Centenas de soldados e rebeldes morrem nesse conflito, considerado o mais sangrento desde a guerra civil de 1994.

Revoltas em 2011 - As recentes revoltas no Iêmen tiveram inicio no dia 12 de fevereiro de 2011, quando milhares de pessoas foram às ruas pedir a renuncia de seu atual presidente Ali Abdullah Saleh que está no poder desde 1978. As tradições tribais e as disputas entre grupos sunitas e xiitas foram e são agravantes nas revoltas e guerras ocorridas no Iêmen. Após á renuncia de Hosni Mubarak no Egito, as manifestações se intensificaram e a população quer a qualquer custo a renuncia de Saleh antes de 2013 ultimo ano de seu atual mandato.

ÁdenÁden
Áden está situada no extremo sul da península arábica e a apenas 160km do estreito de Bab al- Mandeb, que separa a Ásia da África. Construída à beira de uma baía protegida por dois vulcões extintos, tornou-se na antiguidade um importante porto da Arábia. Na Idade Média, foi ativo centro do comércio entre o Ocidente e o Oriente. Em 1839, quando sua população não passava de 500 habitantes, foi conquistada pelos britânicos e incorporada ao protetorado de Áden. Com a abertura do canal de Suez, em 1869, a cidade ganhou novo impulso. Em 1968, Áden tornou-se capital da República Democrática Popular do Iêmen, criada em 1967. Perdeu porém esta situação quando o país foi reunificado em 1990 como República do Iêmen.

Cidade e porto mais importante do Iêmen, Áden tem como atividade predominante o abastecimento, principalmente de combustível, dos milhares de navios que ali atracam todo ano.

A cidade conta com uma refinaria de petróleo e indústrias de sal, cigarros e sabão. A capacidade insuficiente dos poços artesianos fez da dessalinização da água uma atividade importante. E as necessidades da exportação levaram o governo a construir um porto com ancoradouros de primeira classe para navios petroleiros.

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