Uzbequistão | Aspectos Geográficos e Socioeconômicos do Uzbequistão
Geografia – Área: 447.400 km². Hora local: +8h. Clima: árido frio. Capital: Tashkent. Cidades: Tashkent (2.300.000) (aglomeração urbana), Namangan (400.600), Samarqand (390.300) (2017).
População – 27 milhões (2016); nacionalidade: uzbeque; composição: uzbeques 71%, russos 8%, tadjiques 5%, cazaques 4%, outros 12%. Idiomas: uzbeque (oficial), russo. Religião: islamismo 76,2%, sem religião 18,1%, ateísmo 3,5%, outras 2,3%. Moeda: sum.
Relações Exteriores – Organizações: Banco Mundial, CEI, FMI, ONU. Embaixada: 1746, Massachusetts Avenue NW, Washington D.C. 20036, EUA; e-mail: emb@uzbekistan.org, site na internet: www.uzbekistan.org.
Governo – República presidencialista. Div. administrativa: 13 regiões e 1 república autônoma (Karakalpakstan). Presidente: Islam Karímov (KDP) (desde 1990, reeleito em 1991 e em 2000). Partidos: Democrático do Povo (KDP), Nacional Democrático Fidokorlar, Progresso da Pátria (VT), da Unidade (Birlik) (na ilegalidade desde 1991). Legislativo: unicameral – Assembleia Suprema, com 250 membros. Constituição: 1992.
País do centro-oeste da Ásia com população majoritariamente muçulmana, o Uzbequistão tem grande parte de seu território ocupada por desertos e estepes secas. Ao contrário de outros povos da região, os uzbeques possuem longa tradição sedentária, ligada ao comércio da Rota da Seda (caminho secular que ligava a Europa à China) e à agricultura. A irrigação transforma o país num dos maiores produtores mundiais de algodão e, ao mesmo tempo, provoca uma catástrofe ambiental no mar de Aral. Ex-república soviética, sua transição para a economia de mercado traz aumento do desemprego e da pobreza. Politicamente, a nação continua sendo uma ditadura.
País do centro-oeste da Ásia com população majoritariamente muçulmana, o Uzbequistão tem grande parte de seu território ocupada por desertos e estepes secas. Ao contrário de outros povos da região, os uzbeques possuem longa tradição sedentária, ligada ao comércio da Rota da Seda (caminho secular que ligava a Europa à China) e à agricultura. A irrigação transforma o país num dos maiores produtores mundiais de algodão e, ao mesmo tempo, provoca uma catástrofe ambiental no mar de Aral. Ex-república soviética, sua transição para a economia de mercado traz aumento do desemprego e da pobreza. Politicamente, a nação continua sendo uma ditadura.
Durante o primeiro milênio antes de Cristo, a região é berço da Civilização Bactriana. Desenvolve-se aí uma cultura original, síntese de elementos indianos, persas e gregos. É conquistada pelos persas (século VI a.C.), pelos macedônios (século IV a.C.) e pelos turcos (século VI d.C). No século VIII, o Uzbequistão é incorporado ao Império Árabe, retornando mais tarde ao controle turco. O conquistador mongol Tamerlão invade o território no século XIV. No século XVIII e no XIX fica dividido entre os canatos (reinos) de Bukhara, Khiva e Kokanda. Entre 1868 e 1876, a Rússia domina o país. Vitoriosos na Revolução Russa de 1917, os bolcheviques têm dificuldade em impor o poder soviético à região. A República Socialista Soviética do Uzbequistão é criada somente em 1924, com a divisão do Turcomenistão, e incorporada à União Soviética (URSS) no ano seguinte.
Independência – Em 1985, o início do governo reformista do dirigente soviético Mikhail Gorbatchov abre espaço para o movimento nacionalista no Uzbequistão. Em 1989 é criado o Partido da Unidade (Birlik), que impulsiona a campanha vitoriosa pela adoção do uzbeque como língua oficial em lugar do russo. O Soviete Supremo (Parlamento) do Uzbequistão proclama a independência em 1991 e o Partido Comunista, renomeado Partido Democrático do Povo (KDP), permanece no poder, aliado a Moscou. Em dezembro, o país adere à Comunidade dos Estados Independentes (CEI). Nas eleições presidenciais do mesmo mês, o Birlik e o Partido da Renascença Islâmica são impedidos de concorrer. O presidente, Islam Karímov, elege-se e persegue a oposição.
Cerco ao extremismo islâmico – Em 1998, o Parlamento impõe restrições ao funcionamento de grupos religiosos, e centenas de ativistas islâmicos são presos. Atentados em Tashkent matam 15 pessoas em 1999. O principal acusado é o Movimento Islâmico do Uzbequistão, apoiado pela milícia fundamentalista Taliban, que detém o poder no vizinho Afeganistão. Por sua vez, Karímov dá suporte ao general da etnia afegã-uzbeque Abdul Rashid Dostan, um dos líderes da Aliança do Norte, grupo de resistência ao Taliban. O Uzbequistão anuncia, em 1999, sua saída do acordo de segurança da CEI em protesto contra o aumento da presença de tropas russas no Tadjiquistão. Nesse mesmo ano, assina tratado de cooperação militar com os Estados Unidos (EUA). Em 2000, o presidente Islam Karímov é reeleito, com 91,9% dos votos.
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Tashkent |
Desastre no Mar de Aral na Ásia Central
Situado na Ásia central, o Mar de Aral serve de fronteira entre o
Cazaquistão e o Uzbequistão. Em 1960 o Aral ocupava uma superfície de
68.000Km2, com um volume de 1.060km3, mas em 1987 estava reduzido a
41.000Km2. Sua profundidade era baixa, em média de 21m, mas a margem
ocidental alcançava um máximo de 68m. O nível de salinidade variava de
10 a 11 por mil.
O "mar de ilhas" (Aral-denghiz, em quirguiz), quarto lago salgado do mundo em tamanho, vem despertando preocupação pelo aumento de sua salinidade, que se espalha sobre as áreas circundantes.
O mar de Aral é alimentado por apenas dois rios, o Amu Daria e o Sir Daria, procedentes dos pequenos planaltos orientais. Considerável parte da água desses rios é, porém, empregada para irrigação e não chega até ele, o que representa o principal fator de redução de sua área. As moderadas contribuições fluviais, aliadas ao escasso volume anual de precipitações, inferiores a cem milímetros, explicam as estepes salinas que rodeiam o mar, originadas pela progressiva evaporação.
As margens são muito pouco povoadas e a cidade mais importante, Aralsk, fica a nordeste. A região dispõe de instalações industriais (fosfato e sal) e pesqueiras. O nome em quirguiz, "mar de ilhas", deve-se ao fato de ser a margem oriental orlada por uma profusão de pequenas ilhas, enquanto outras, de tamanho considerável, encontram-se afastadas da costa, ao norte e oeste.
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