Hanseníase - Contágio, Sintomas, Controle e Tratamento

Hanseníase - Contágio, Sintomas, Controle e Tratamento

#Hanseníase - Contágio, Sintomas, Controle e Tratamento

A Hanseníase é uma doença infecciosa causada pela bactéria Mycobacterium leprae, chamada de bacilo de Hansen. A moléstia é conhecida também por lepra, termo hoje evitado por ser considerado marginalizante. Caracteriza-se pelo surgimento de lesões cutâneas com perda de sensibilidade e de distúrbios nos nervos periféricos. A doença tem evolução lenta, com período de incubação de um a 30 anos. O Brasil é o segundo país em números absolutos de casos de hanseníase. Perde apenas para a Índia. Apesar da expressiva queda nos últimos anos, a taxa de incidência no Brasil é quase quatro vezes maior que a meta estabelecida pela OMS – um caso por 10 mil habitantes até 2005. Em 2001 foram notificados 36 mil novos casos no país.

Contágio - Ocorre quando os bacilos presentes nas lesões e secreções dos doentes atingem o indivíduo sadio pela mucosa nasal ou por ferimentos na pele. Quanto mais íntimo e prolongado for o contato com o doente, maior será o risco de contrair a doença. No ambiente familiar, o risco de contágio é de cerca de 30%; nos contatos eventuais, a incidência é de 2% a 5%. A manifestação da hanseníase depende da resistência natural de cada pessoa, que pode reagir ao bacilo em grau variado. Algumas não apresentam a doença; outras só desenvolvem formas não contagiantes. Entre 70% e 90% da população adulta é resistente ao bacilo.

Sintomas - Os primeiros sintomas são dormência na pele, manchas esbranquiçadas ou avermelhadas, com diminuição da sensibilidade, dos pelos e do suor. Mais tarde podem surgir distúrbios motores e atrofiamento das mãos, das pernas e dos pés. Outras complicações são a rinite, a perfuração do septo nasal, as lesões no palato e na laringe, a perda dos cílios e o aparecimento de nódulos. A complicação mais grave é a inflamação da úvea dos olhos. Alguns doentes desenvolvem ainda glaucoma, lagoftalmo, que impede o fechamento completo das pálpebras, e infecções no fígado, no baço e nos testículos.

Controle - A grande dificuldade para o controle da hanseníase é que 75% dos casos só são diagnosticados quando a doença já evoluiu e o paciente apresenta alguma incapacidade física. Cerca de 65% dos doentes são contagiantes, isto é, apresentam grande número de bacilos, principalmente nas secreções nasais e nas lesões cutâneas. Se não tratados, cada um produz cinco novos doentes por ano. Outra dificuldade é que muitos não seguem regularmente o tratamento ou o abandonam antes do período indicado, o que facilita a propagação de bacilos resistentes às medicações.

Tratamento - Se tratada logo, a hanseníase tem cura. Caso contrário, os doentes necessitam de medicação por mais tempo e têm maior probabilidade de apresentar sequelas. Os não contagiantes devem tomar dois medicamentos por seis meses - um antibiótico e um bacteriostático (que evita a multiplicação dos bacilos). Os contagiantes precisam tomar um antibiótico e dois bacteriostáticos durante pelo menos 24 meses. A medicação não pode ser interrompida, a não ser que haja reação aos remédios. Senão, os bacilos ficam resistentes, o que dificulta o tratamento.

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