Guerra do Paraguai (1865 a 1870)

Guerra do Paraguai (1865 a 1870)

Guerra do Paraguai (1865 a 1870)A Guerra do Paraguai foi o maior conflito da história da América do Sul, entre o Paraguai e uma aliança formada por Brasil, Argentina e Uruguai. A guerra dura de 1865 a 1870 e dizima quase dois terços da população paraguaia. As disputas pela estratégica região do rio da Prata entre brasileiros, argentinos, uruguaios e paraguaios crescem nas guerras de independência e transformam-se em luta pela hegemonia regional. Além dos interesses econômicos em torno da navegação no Prata, a questão é usada pelos caudilhos das repúblicas platinas e pelas elites dirigentes do império brasileiro para consolidar seu poder interno. A rivalidade e as tensões entre o Brasil e a Argentina na região são aumentadas pela instabilidade política no Uruguai e pela determinação do Paraguai de participar da disputa regional.

Antecedentes imediatos – Em 1851, com a alegação de que os blancos uruguaios, compostos principalmente de proprietários rurais, estariam atacando e pilhando fazendas e estâncias na fronteira gaúcha, o império brasileiro intervém no Uruguai para derrubar o governo de Manuel Oribe, do Partido Blanco, apoiado pelos argentinos. No ano seguinte, o Brasil invade o território argentino para destituir o ditador Manuel Rosas. Em 1864, os brasileiros voltam a atacar o governo blanco do Uruguai, agora chefiado por Atanásio Aguirre.

Intervenção paraguaia – Aguirre é apoiado pelo presidente paraguaio Francisco Solano López, que reivindica os mesmos direitos dos países vizinhos quanto à navegação e ao comércio no rio da Prata. Em 11 de novembro de 1864, López manda apreender o navio brasileiro Marquês de Olinda, em trânsito pelo rio Paraguai rumo a Cuiabá. Em dezembro declara guerra ao Brasil e ordena a invasão da província de Mato Grosso. O primeiro ano da guerra é de ofensiva paraguaia, sustentada pela surpresa da iniciativa, pela boa estrutura produtiva e pela eficiente preparação militar. Os paraguaios abrem várias frentes de guerra na fronteira com o Brasil, de Mato Grosso ao Rio Grande do Sul. Contando com a neutralidade da Argentina, López cruza seu território e entra no Rio Grande do Sul. Seu objetivo é chegar ao Uruguai e, com uma aliança com os blancos, estabelecer uma sólida posição político-militar na entrada do estuário do Prata.

Tríplice Aliança – A estratégia começa a falhar em maio de 1865, quando Brasil, Argentina e Uruguai reagem e firmam o Tratado da Tríplice Aliança. A partir daí, o império brasileiro passa ao contra-ataque: adquire canhões e navios no exterior, intensifica o recrutamento de soldados e convoca batalhões de "voluntários da pátria", na maioria pobres, escravos e libertos negros e mulatos. Em 11 de junho, as esquadras dos almirantes Tamandaré e Barroso destroem a frota paraguaia na Batalha do Riachuelo. Em 18 de setembro, tropas paraguaias rendem-se em Uruguaiana, no Rio Grande do Sul, na presença do imperador dom Pedro II.Solano López recua da estratégia ofensiva e concentra as forças em torno do sistema de fortalezas que resguardam o território paraguaio, como as de Curupaiti, Humaitá e Curuzu. Em 1866, as primeiras divisões de soldados aliados, comandadas pelo general argentino Bartolomeu Mitre, invadem o Paraguai. A contra-ofensiva da Tríplice Aliança cresce em 1867 e 1868, sob o comando dos brasileiros Manuel Luís Osório e Luís Alves de Lima e Silva, o duque de Caxias. De julho a dezembro de 1868, os Aliados vencem os paraguaios em Curupaiti, Humaitá, Itororó, Lomas Valentinas e Angostura. Em janeiro de 1869 entram em Assunção, capital do Paraguai. Solano López retira-se para o norte do Paraguai, onde resiste até ser cercado e morto em Cerro Corá, em 1º de março de 1870.

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