Planos Econômicos do Brasil

A partir de 1986, o Brasil passa por diversos planos de estabilização econômica. Todos têm o mesmo objetivo: acabar com a inflação e criar condições favoráveis para um desenvolvimento econômico sustentado.
Plano Cruzado – Implantado em fevereiro de 1986 pelo ministro da Fazenda, Dilson Funaro, do governo José Sarney, o Plano Cruzado combina austeridade fiscal e monetária com a preocupação de elevar a renda dos assalariados. Muda a moeda de cruzeiro para cruzado, congela preços e salários, extingue a correção monetária e cria o seguro-desemprego e o gatilho salarial. O cálculo da inflação passa a levar em conta apenas o custo de vida das famílias com renda até cinco salários mínimos. Entretanto, medidas necessárias de ajuste do Plano Cruzado, chamadas de Cruzado II, como o aumento de preço dos serviços públicos e de alguns produtos de consumo, são adiadas para depois das eleições de novembro de 1986, comprometendo o equilíbrio e a eficácia de todo o programa de estabilização. No plano externo, o governo decreta moratória e suspende o pagamento das dívidas do país. Passado um ano, a inflação volta à casa dos 20% ao mês.
Plano Bresser – Em 1987, o novo ministro da Fazenda do governo Sarney, Luís Carlos Bresser Pereira, lança o Plano Bresser, voltado principalmente para o equilíbrio das contas públicas. Além do congelamento de preços e salários, aumenta as tarifas públicas e extingue o gatilho salarial. No plano externo mantém a moratória. O plano também não dá resultado no que se refere ao controle da inflação. Provoca perdas salariais e retaliações de governos estrangeiros, por causa do não-pagamento da dívida externa.
Plano Verão – Em 1989, ainda durante o governo Sarney, o ministro da Fazenda Mailson da Nóbrega implanta o Plano Verão. Busca deter a inflação pelo controle do déficit público, privatização de empresas estatais, demissão de funcionários e contração da demanda interna. A moeda muda de cruzado para cruzado novo. Além de não evitar a elevação contínua e acelerada da inflação, o plano causa forte recessão.


Embora a volta do regime democrático no Brasil tenha sido um grande marco positivo na história da nação, não se pode dizer o mesmo quando se estuda as condições socioeconômicas do país nos primeiros anos da democracia. Inúmeras foram as desastrosas experiências que pretendiam conter a inflação desenfreada, como o Plano Cruzado (1986), por exemplo, o qual se baseou no congelamento artificial de preços, mas acabou levando ao desabastecimento de muitos produtos. Um ano depois, em 1987, o Brasil anunciava a suspensão dos pagamentos aos credores da dívida externa, selando um calote histórico.
Coube ao ministro da fazenda do governo de Itamar Franco, Fernando Henrique Cardoso, a tarefa de criar um plano que de fato solucionasse o pesadelo da inflação no país. Lançado ainda no final de 1993, o Plano Real baseou-se na criação de uma nova moeda dentro de um regime cambial fixo em relação ao dólar americano. O real passou a ter um teto e um piso pré-definido. Se o valor do real se tornasse acima do patamar escolhido, comprava-se dólar para desvalorizar a moeda brasileira, funcionando de forma equivalente em situações inversas.
O Plano Real foi um sucesso, pois os produtos se tornaram incrivelmente baratos, proporcionando um grande poder de compra e melhorando a vida dos trabalhadores, que não sentiam a necessidade de reivindicar melhores salários, e das empresas, que podiam importar máquinas e matéria-prima com um custo muito menor. Desta forma, após vários anos de fracassos econômicos e recessão, finalmente a economia brasileira começava a se reaquecer.
Entretanto, em janeiro de 1999, após o Brasil passar por uma de suas maiores crises financeiras, o Banco Central do Brasil determinou que o real deixasse de ter câmbio fixo e adotasse um câmbio flutuante, seguindo as necessidades do mercado. Após esta medida, a moeda se desvalorizou grandemente.
Para se ter uma ideia, em 1995, R$1 valia US$ 1,20. Já no final de 2002, devido à preocupação em torno da instabilidade política no Brasil, o real ficou tão desvalorizado, que U$1 quase chegou a valer R$4. Mesmo assim, o Plano Real é considerado o mais bem-sucedido de todos os planos econômicos da história do Brasil. Em 2016, devido a grave crise econômica e política do Brasil, o Real tem se desvalorizado diante do dólar, ficando sempre acima de R$3,20 para cada U$1
http://www-storia.blogspot.com.br/Coube ao ministro da fazenda do governo de Itamar Franco, Fernando Henrique Cardoso, a tarefa de criar um plano que de fato solucionasse o pesadelo da inflação no país. Lançado ainda no final de 1993, o Plano Real baseou-se na criação de uma nova moeda dentro de um regime cambial fixo em relação ao dólar americano. O real passou a ter um teto e um piso pré-definido. Se o valor do real se tornasse acima do patamar escolhido, comprava-se dólar para desvalorizar a moeda brasileira, funcionando de forma equivalente em situações inversas.
O Plano Real foi um sucesso, pois os produtos se tornaram incrivelmente baratos, proporcionando um grande poder de compra e melhorando a vida dos trabalhadores, que não sentiam a necessidade de reivindicar melhores salários, e das empresas, que podiam importar máquinas e matéria-prima com um custo muito menor. Desta forma, após vários anos de fracassos econômicos e recessão, finalmente a economia brasileira começava a se reaquecer.
Entretanto, em janeiro de 1999, após o Brasil passar por uma de suas maiores crises financeiras, o Banco Central do Brasil determinou que o real deixasse de ter câmbio fixo e adotasse um câmbio flutuante, seguindo as necessidades do mercado. Após esta medida, a moeda se desvalorizou grandemente.
Para se ter uma ideia, em 1995, R$1 valia US$ 1,20. Já no final de 2002, devido à preocupação em torno da instabilidade política no Brasil, o real ficou tão desvalorizado, que U$1 quase chegou a valer R$4. Mesmo assim, o Plano Real é considerado o mais bem-sucedido de todos os planos econômicos da história do Brasil. Em 2016, devido a grave crise econômica e política do Brasil, o Real tem se desvalorizado diante do dólar, ficando sempre acima de R$3,20 para cada U$1