Cupuaçu, Cultura do Cupuaçu

Também chamado de cupu o cupuaçueiro é originário da Amazônia; a planta foi domada pelos japoneses a partir de 1980 e, nos últimos cinco anos, iniciou-se o plantio de cupuaçueiro em escala comercial. O estado do Pará é considerado a "terra do cupuaçueiro".
É uma planta dicotiledonae,
da família Sterculiaceae e conhecida como Theobroma grandiflorum. Schum. O
cupuaçueiro pode viver 80 anos, alcança 20-30m. de altura (estado silvestre) e
8m. (cultivado), copa com 7m. de diâmetro. Fruto considerado dentre os melhores
da flora amazônica, tem 12 a 25cm. de comprimento, 10-12cm. de largura e 1,2 a
4,0Kg. de peso; casca dura, lenhosa, quebrável, polpa amarela ou esbranquiçada,
tem sabor acido e cheiro agradável. O fruto tem 30 a 40 sementes e se desprende
com facilidade da planta.
Entre as variedades do
cupuaçueiro encontram-se: cupuaçu - redondo: frutos arredondados com
peso médio de 1,5Kg.; cupuaçu - mamona: frutos com extremidades
alongadas e 2,5 Kg. de peso; cupuaçu - mamaú: fruto arredondado sem
sementes, peso de 1,5Kg. (cupuaçu de massa). Fala-se ainda nas variedades -
de-colares - casca fina - marmorama.
A composição por 100g. de
polpa é: 72 calorias, 1,76g. proteínas, 23mg. cálcio, 26mg. fósforo, 2,6mg.
ferro, 30mg. Vit. A, 33mg. Vit. C, 0,04mg. Vit.B.
Cupuaçuzeiro
A polpa do fruto é matéria - prima para sucos, doces, néctares, compotas, geleias, sorvetes, cremes, tortas, licores, biscoitos e bolos. A polpa também é consumida ao natural e exportada para Japão e Suécia.
A polpa do fruto é matéria - prima para sucos, doces, néctares, compotas, geleias, sorvetes, cremes, tortas, licores, biscoitos e bolos. A polpa também é consumida ao natural e exportada para Japão e Suécia.
Anutritivas que a polpa,
contém 48% de substância gordurosa comestível - semelhante à manteiga de cacau
- . sementes, mais O conteúdo da semente é matéria - prima - cupulate - para
preparo de chocolate claro de qualidade "fina".
A casca do fruto pode ser
usada como adubo orgânico e como ração animal.
Necessidades para o cultivo
Clima: - Temperatura média anual entre 22 e 27ºC, umidade relativa do ar média entre 77 e 88%, chuvas anuais entre 1.900mm. e 3.100mm.
Clima: - Temperatura média anual entre 22 e 27ºC, umidade relativa do ar média entre 77 e 88%, chuvas anuais entre 1.900mm. e 3.100mm.
Solos: - Solos de terra firme, profundos; com boa retenção de água, boa fertilidade, com boa constituição física e pH entre 6,0 e 6,5.
Mudas: - O cupuaçueiro pode ser multiplicado via vegetativa (enxertia por borbulhia ou garfagem de topo) e por sementes.
Via sementes: estas devem vir de plantas de boa produção, de porte baixo, de frutos grandes e plantas sadias; escolhe-se as sementes maiores e mais pesadas, devem ser esfregadas com serragem fina e seca, lavadas e postas a secar em local ventilado por 24 horas. No fruto a semente não deve permanecer por mais de 10 dias. Um kg. de semente contém 200 unidades; o plantio de um hectare (179 plantas) requer 200 sementes. No semeio trata-se a semente com fungicida à base de cobre (oxicloreto, óxido) e coloca-se em local úmido cobertas com aniagem até aparecer ponto branco na semente (raiz). Semeia-se em sacos furados de polietileno preto, dimensão 17cm. x 28cm., cheios com mistura composta por terra da mata + esterco de curral curtido + areia lavada + cinza na proporção 4:3:1:1. Enche-se o saco até 3cm. abaixo da parte superior, coloca-se 10g. de superfosfato e, pós semeio, completa-se com serragem curtida úmida. Sacos em canteiros com 1,2m. de largura. O viveiro deve estar sob 50% de luz solar, deve-se eliminar manualmente as ervas, irrigação sem encharcar e adubação foliar a cada 15 dias. Vassoura-de-bruxa controlada por eliminação (queima) de plantas atacadas e pulverizações preventivas quinzenais com agroquímicos à base de oxicloreto de cobre (calda a 0,3%) e triadimefon (calda a 0,1%). Muda com 80cm. de altura apta ao plantio.
Via borbulhia ou garfagem: as mudas devem ser obtidas de viveiros credenciados por órgãos oficiais. A muda deve ter 80cm. de altura.
Plantio: - A planta jovem requer sombreamento parcial e a adulta sombreamento relativo; pode-se cultivá-la em sub-bosque.
Para plantas pé-franco recomenda-se espaçamento de 8m. x 8m. (179 plantas/ha em triângulo equilátero) e para enxertos 6. X 6m. (319 plantas/ha). A cova deve ter dimensões 0,4m. x 0,4m. x 0,4m.; na abertura separar terra dos primeiros 15cm.. Para enchimento misturar 50g. de superfosfato triplo + 10l. de esterco de curral, misturar à terra separada e colocar no fundo da cova até 15cm. de altura; não colocar terra de baixo.
Retirar fundo do saco, colocar muda sobre a terra dentro da cova, retirar saco e colocar resto da terra de superfície deixando o colo da planta 5cm. acima da superfície. Irrigar com 10 litros de água e cobrir com capim seco (sem sementes) ao redor da muda.
Tratos
culturais
Roçagem: - nas linhas e entrelinhas do
plantio; nas linhas a roçagem precede o coroamento (a cada 3 meses) e nas
entrelinhas a cada 6 meses.
Coroamento: - feito à enxada, sem cavar, em
volta da muda, num raio de 0,75m. á 1,0m.
Podas: com retirada de ramos secos, frutos
mumificados, superbrotaçramos baixos e brotações abaixo de 1,5m.; de limpeza de Planejadas para o fim de safra.- de formação com retirada dos vassoura-de-bruxa.
Adubações em
coberturas: Plantas
em crescimento: usar fórmula NPK 12-12-12+Mg. segundo quadro abaixo;
Quadro I - Aplicação de
adubos (g.) /ano.
ANO
|
1º
|
2º
|
3º
|
TOTAL
|
1
|
30
|
30
|
40
|
100
|
2
|
45
|
45
|
60
|
150
|
3
|
60
|
60
|
80
|
200
|
4
|
90
|
90
|
120
|
300
|
Obs.: aplicar no início, no
meio e pouco antes do fim da estação chuvosa.
Plantas em produção: usar
fórmula NPK 15-15-23+Mg., acrescida de 15l. esterco por planta/ano. Da fórmula
NPK, usar 300-600g./planta/ano no coroamento da planta.
Pragas e doenças
Pragas - Besouro (Costalimaita sp.); amarelo- queimado, ataca mudas pequenas perfurando folhas severamente. Controlar notadamente na época chuvosa.
Pragas - Besouro (Costalimaita sp.); amarelo- queimado, ataca mudas pequenas perfurando folhas severamente. Controlar notadamente na época chuvosa.
Gafanhotos, saúva, pulgão,
broca-do-tronco também atacam o cupuaçueiro.
O controle é feito através
pulverizações periódicas com agroquímicos à base de malatiom, paratiom e
carbaryl.
Doenças
Vassoura-de-bruxa (fungo Crinipellis perniciosa). A doença causa superbrotamento dos ramos levando-os à morte. Poda e queima dos ramos atacados por 2 vezes/ano, podem controlar a vassoura.
Vassoura-de-bruxa (fungo Crinipellis perniciosa). A doença causa superbrotamento dos ramos levando-os à morte. Poda e queima dos ramos atacados por 2 vezes/ano, podem controlar a vassoura.
Antracnose e
queima-do-fio são
doenças controladas por pulverizações quinzenais com agroquímicos à base de
cobre.
Produção/colheita/rendimento: - As plantas iniciam a floração com
2,5 anos (enxertos) e 3 anos pós plantio (pé-franco). Flores aparecem em junho
e desaparecem em março (pico novembro a janeiro).
Frutificação entre novembro
e março (pico em fevereiro).
O rendimento do fruto, em
polpa, é de 30% e em sementes, 21%.
Cada planta pode produzir
até 40 frutos -média 12 frutos. Um hectare com 179 plantas (2.148 frutos)
renderia 644kg. de polpa e 451 de sementes frescas e limpas.
Quatro a quatro meses e
meio após a floração, o fruto está maduro e cai da planta. A colheita é feita
apanhando-se os frutos caídos.
O beneficiamento - retirada
da polpa - é feito via manual (emprega-se mulheres) e na mecanizada (polpa e
semente) por máquina despolpadora.
diferença de produção entre
o algodão isolado e o consorciado no primeiro ano.
BIBLIOGRAFIA
CONSULTADA
EDITORA GLOBO S/A - Revista o Globo Rural.
Edição nov. 95, pg. 18 e Edição ago. 97, pg. 23
São Paulo - SP
Edição nov. 95, pg. 18 e Edição ago. 97, pg. 23
São Paulo - SP
EDITORA ABRIL S/A - Revista Guia Rural Plantar
Edição 1993 pg. 98.
São Paulo - SP
www.klimanaturali.org
Edição 1993 pg. 98.
São Paulo - SP
www.klimanaturali.org